Eis a II Guerra Mundial

A notícia não era feliz e ocupava a totalidade da primeira página deste jornal a 4 de setembro de 1939. Começava o que viria a ser a II Guerra Mundial.
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A remodelação do governo britânico chegara, para sentar Winston Churchill no lugar de "Primeiro Lord do Almirantado" e Hitler rejeitara o ultimato recebido de Londres e Paris. A consequência era clara e grave: a guerra era inevitável.

"A Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha", noticiava o DN, relatando que o prazo dado a Berlim, de 3 de setembro às 11.00, para dar provas de ter "suspendido toda a agressão contra a Polónia e retirado as suas tropas do território polaco". Alertara ainda o governo britânico que caso isso não acontecesse, "o governo inglês cumpriria sem hesitações as suas obrigações à Polónia".

O embaixador britânico em Berlim reforçara o aviso de que se a resposta não chegasse "passaria a existir o estado de guerra entre os dois países". Da mesma forma, o embaixador de França informara o governo do Reich que "se este se abstiver de responder ou a sua resposta for negativa, França encontrará na obrigação de cumprir os compromissos que contraiu para com a Polónia, conhecidos do governo alemão".

E visto que Berlim se manteve em silêncio, a declaração de guerra efetivou-se, conforme contava o DN. "Como o governo alemão não houvesse ainda respondido às 11 horas, um quarto de hora depois, o governo britânico, de pleno acordo com o governo francês, declarou o estado de guerra com a Alemanha."

Durante os seis anos que durou, a II Guerra Mundial viria a matar mais de 80 milhões de pessoas, sobretudo civis; três quartos das baixas foram do lado dos Aliados.

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