Ursula von der Leyen e Donald Trump no Fórum Económico Mundial, em Davos, em janeiro de 2020.
Ursula von der Leyen e Donald Trump no Fórum Económico Mundial, em Davos, em janeiro de 2020.Foto: STEFAN WERMUTH/UNIÃO EUROPEIA

Von der Leyen vai à Escócia no domingo para discutir com Trump acordo comercial entre UE e EUA

Escócia será palco do encontro decisivo entre a presidente da Comissão Europeia e o presidente norte-americano, que aponta para 50% de hipóteses de um acordo
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta sexta-feira (25 de julho) que se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no próximo domingo, na Escócia, para discutir as relações comerciais entre União Europeia e Estados Unidos e tentar um novo acordo tarifário.

Após uma boa conversa com o presidente Trump, acordámos reunir-nos na Escócia no domingo para discutir as relações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos, e como podemos mantê-las fortes”, escreveu von der Leyen na rede social X.

A reunião decorrerá depois de semanas de negociações intensas entre Bruxelas e Washington. Em junho, ambos os lados estiveram prestes a selar um acordo com tarifas-base de 10%, mas Trump recuou à última hora, ameaçando com tarifas de 30%. O prazo inicialmente previsto para a entrada em vigor dessas tarifas, 9 de julho, foi adiado para 1 de agosto.

Antes de partir para o Reino Unido numa visita privada, Trump declarou aos media norte-americanos que “há uma possibilidade de 50-50” de conseguir um acordo com a UE. “Talvez até menos”, acrescentou, revelando no entanto que está mais otimista relativamente à Europa do que estava antes do recente acordo com o Japão.

Segundo diplomatas europeus citados pelo jornal online Politico, está em cima da mesa um acordo com tarifas-base de 15%, o que seria visto como um compromisso entre os dois lados. No entanto, o ambiente continua tenso. “Todos estão bastante nervosos”, admitiu um diplomata da UE, citado pelo jornal.

O presidente dos EUA disse que qualquer acordo com os países da UE terá que ser um acordo em que eles "reduzam as suas tarifas, porque elas estão atualmente em 30%". Ou seja, depende da disposição do bloco em reduzir barreiras às exportações americanas.

A União Europeia, por sua vez, já tem preparada uma resposta caso não haja entendimento. Na quinta-feira, os Estados-membros aprovaram a aplicação de tarifas sobre 93 mil milhões de euros em produtos norte-americanos, numa medida de retaliação potencial.

Em 2024, os EUA exportaram cerca de 370 mil milhões de dólares em bens para a UE e grande parte desses poderá ser afetada pelas novas tarifas europeias, caso as negociações falhem.

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