A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, chegou esta manhã a Kiev para discutir o "apoio financeiro e militar" à Ucrânia. A visita foca-se, em particular, na proposta de um empréstimo de reparações que a Europa está a preparar com base nos ativos russos congelados.Kallas destacou nas redes sociais que “os ucranianos inspiram o mundo com a sua coragem” e reiterou a necessidade de apoio à resiliência do país, ao abordar temas como a segurança do setor energético e a responsabilização da Rússia pelos seus crimes de guerra.Esta visita ocorre num momento crítico, com a Ucrânia a entrar num inverno severo, agravado pela destruição das infraestruturas energéticas devido aos ataques russos. A Comissão Europeia está a finalizar uma proposta para um empréstimo de reparações baseado em bens imobilizados russos na União Europeia, com o objetivo de apoiar as necessidades financeiras da Ucrânia nos próximos dois anos.O plano prevê um montante total de 140 mil milhões de euros, que seria disponibilizado em tranches condicionadas. Este apoio financeiro visa ajudar a Ucrânia a financiar a sua indústria de defesa e cobrir despesas orçamentais, com a expectativa de que o mecanismo esteja operacional até abril de 2026.Atualmente, cerca de 210 mil milhões de euros em ativos russos estão congelados na UE, principalmente na Bélgica, onde se localiza a Euroclear, uma das maiores instituições financeiras do mundo. Contudo, a proposta suscita preocupações jurídicas sobre a possibilidade de ser interpretada como uma expropriação, além de levantar questões sobre a estabilidade do euro..Estado da União de von der Leyen: da Ucrânia à Defesa europeia, do acordo com os EUA às críticas a Israel