Donald Trump, presidente dos EUA.
Donald Trump, presidente dos EUA.Foto:: EPA/JIM LO SCALZO

Moody's segue Fitch e S&P e retira nota máxima aos EUA

Subida da dívida pública norte-americana leva agência de rating a tomar decisão histórica de descer notação de Aaa para Aa1.
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A agência Moody's decidiu retirar a notação máxima aos EUA devido ao aumento da dívida pública do país liderado por Donald Trump. O rating desceu de Aaa para Aa1, uma decisão histórica que acompanha as análises à economia norte-americana já realizadas pela congéneres Fitch e S&P.

A decisão da Moody's, anunciada esta sexta-feira, é justificada pelo aumento, ao longo de mais de uma década, da dívida pública e dos custos de pagamento "para níveis significativamente mais altos do que os de dívidas soberanas com classificações semelhantes", lê-se no comunicado emitido pela agência.  

Os "sucessivos governos e o congresso dos EUA não conseguiram chegar a um acordo sobre as medidas para reverter a tendência de grandes défices fiscais anuais e aumento dos custos com juros" e "não acreditamos que reduções significativas nos gastos obrigatórios e défices, a longo prazo, resultem das atuais propostas fiscais em análise", diz a Moody's.

A agência prevê défices maiores na próxima década, considerando que "os gastos com direitos assistenciais aumentam, enquanto a receita do governo permanece praticamente estável". Em simultâneo, os défices fiscais persistentes e elevados aumentarão a dívida e a carga de juros do governo, antecipa também.

A Moody´s admite que o défice dos EUA possa atingir "quase 9% do PIB até 2035", face aos 6,4% em 2024. Já o peso da dívida federal poderá subir para cerca de 134% do PIB nos próximos dez anos, em comparação com 98% em 2024.

A agência considerou ainda que a perspetiva para o rating da dívida é "estável", justificando esta perspetiva pelos tamanho, resiliência e dinamismo da economia dos EUA e o papel do dólar americano como moeda de reserva global.

No comunicado, a Moody's sublinha que os últimos meses foram marcados por "um certo grau de incerteza política", mas espera que "os EUA continuem sua longa história de política monetária muito eficaz, liderada por uma Reserva Federal independente". A perspetiva estável tem ainda em consideração matérias institucionais, como a separação entre os três poderes do governo dos EUA.

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