Lucros da Navigator sobem 20% para 241 milhões de euros até setembro
A Navigator registou um resultado líquido de 241,4 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que corresponde a uma subida de 20,3% face ao mesmo período de 2023, revela a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As vendas totais cresceram 7,4% para 1568,5 milhões de euros até setembro, e o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 14,5%, fixando-se em 431,3 milhões de euros.
Por segmento de negócio, o papel de impressão e escrita representou 59% das vendas totais, a pasta 11%, a área de tissue 20%, a de energia 6% e a de packaging 4%.
O endividamento líquido da empresa de pasta a papel chegou aos 643,2 milhões de euros "impactado pela aquisição da Accrol (pelo pagamento de 153 milhões de euros pelas ações e consolidação de dívida adicional), pelo nível de capex [investimento ] de 151 milhões e pela distribuição de 150 milhões de dividendos", explica a Navigator.
Olhando só para o terceiro trimestre, entre julho e setembro, os lucros aumentaram em 30,3% para 82,6 milhões de euros. As vendas somaram 503 milhões, um crescimento de 4,6%, e o EBITDA aumentou 7,3% para 132,5 milhões de euros.
"Na Europa, os efeitos da habitual sazonalidade, levaram, no 3º trimestre, a uma desaceleração no ritmo de entrada de encomendas, previsto logo em maio. No entanto, embora o efeito da sazonalidade tenha sido mais acentuado face ao de anos anteriores, o trimestre acabou por se revelar melhor do que o inicialmente antecipado, beneficiando também do maior peso dos novos segmentos, nomeadamente do tissue, segmento
em crescimento e com bom desempenho", lê-se no comunicado.
A Navigator diz que a boa performance explica-se pela "eficiência na gestão do mix de negócios, na estratégia comercial e no controlo de custos", e destaca "a aposta na inovação e na sustentabilidade do negócio".
Este trimestre a empresa deu mais um passo no reforço da diversificação, com a entrada em fase de testes a produção de celulose moldada, "cujas primeiras peças ficaram disponíveis no mercado durante o mês de outubro, e que se destinam a substituir as embalagens de plástico e de alumínio de utilização única no mercado de food service e food packaging".