Ministro das Finanças, Miranda Sarmento.
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Estado "recupera quase 2 mil milhões" dos fundos injetados no Novo Banco

Em comunicado, o Ministério das Finanças refere que a compra, pelo banco francês BPCE, é "um sinal muito importante de confiança dos investidores internacionais no nosso país e na economia nacional".
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O Ministério das Finanças considera que a compra do Novo Banco pelo BPCE - Banque Populaire Caisse d'Epargne, o segundo maior banco francês, representa para Portugal "um sinal muito importante de confiança dos investidores internacionais no nosso país e na economia nacional". Além disso, permite ao Estado "recuperar quase 2 mil milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição".

Em causa está o memorando de entendimento assinado entre a Lone Star, atual detentora de 75% do capital do Novo Banco, e o grupo francês BPCE, que vai pagar 6,4 mil milhões de euros pela instituição bancária portuguesa. O Estado acompanha a venda e encaixa 1,6 mil milhões de euros que, somados aos dividendos já recebidos este ano, dão os quase 2 mil milhões de euros referidos no comunicado do ministério tutelado por Joaquim Miranda Sarmento.

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"Esta operação conclui um longo processo, iniciado com a resolução do BES e a posterior alienação, em 2017, do Novo Banco à Lone Star, contribuindo para salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro português", pode ler-se no comunicado, que acrescenta que o BPCE é um banco de "elevada credibilidade, solidez e performance", e que a sua proposta para o Novo Banco "permitirá a criação de valor e o apoio à economia nacional e às empresas portuguesas".

Além disso, a venda àquele que é um dos maiores bancos europeus e um banco de estrutura cooperativa, garante uma "maior diversificação" dos investidores e acionistas dos bancos que operam em Portugal, "evitando assim uma desnecessária concentração geográfica, como o Governo advertiu e se mostrou contra", destaca, em referência à proposta do CaixaBank, que já detém o BPI.

O comunicado sublinha ainda que esta operação "também garante a manutenção da atual estrutura do mercado bancário nacional, sem que ocorram problemas resultantes de um eventual processo de concentração, nomeadamente de uma reestruturação, e salvaguarda os níveis de concorrência no sistema bancário português".

Recorde-se que o BPCE está já presente em Portugal através da Natixis, o seu centro de serviços partilhados, no Porto, onde emprega cerca de 2500 pessoas. Detém ainda o Banco Primus.

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