Thomas Hegel Gunther, diretor-geral da VW Autoeuropa, e Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República.
Thomas Hegel Gunther, diretor-geral da VW Autoeuropa, e Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República.FOTO: ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Autoeuropa recebe mais 30 milhões de euros em fundos europeus para modernizar fábrica e produzir novo carro

Ministro da Economia disse que Governo e UE vão apoiar plano de Investimento em Descarbonização e Eficiência Energética até 2028, "assim como a produção em Palmela do modelo ID.EVERY1".
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A Autoeuropa vai receber mais 30 milhões de euros em fundos europeus entre o corrente ano (2025) e 2028 para "descarbonizar" a fábrica de Palmela, Portugal, e produzir o novo carro elétrico, cuja produção deve começar em meados de 2027. Equivale até cerca de 10% do investimento previsto, de acordo com dados da empresa.

A cerimónia que marcou o início de uma nova fase de investimento e expansão industrial em Portugal, contou com a presença de Christian Vollmer, membro da administração do grupo alemão Volkswagen (VW), de Thomas Hegel Gunther, diretor-geral da Volkswagen Autoeuropa, de Manuel Castro Almeida, ministro da Economia e da Coesão Territorial, e até do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

No evento, o responsável do governo revelou que o novo investimento de pelo menos "300 milhões de euros" está elegível para receber apoios públicos e da União Europeia (UE) pois integra três eixos prioritários "das políticas económicas nos próximos quatro anos [2025 a 2028]".

Segundo Castro Almeida são eles: "descarbonização e eficiência energética; inovação; e aumento das exportações".

Assim, continuou o ministro, "este Governo, e o que antecedeu, apoiaram e apoiam o Plano de Investimento em Descarbonização e Eficiência Energética para o período 2025-2028 da Volkswagen Autoeuropa, assim como a produção em Palmela do modelo ID.EVERY1", o referido carro 100% elétrico, que verá a luz do dia em 2027 e, em princípio, terá um preço de base de 20 mil euros, segundo informou já a empresa. Esta terça, o diretor-geral da operação em Palmela reiterou o valor.

"Com este investimento, e a transformação que ele irá provocar, ficam igualmente alargados os horizontes de confiança e de estabilidade da atual geração dos trabalhadores – e das seguintes" e "é com isto em mente que o Governo e a AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal declaram estar disponíveis para, atribuir ao projeto de investimento a desenvolver pela Volkswagen em Portugal o nível máximo de auxílio legal e regulamentar definido pela União Europeia e pelo Estado português", acrescentou o ministro Castro Almeida.

"Falamos de cerca de 30 milhões de euros de verbas europeias", disse o governante na mesma cerimónia de assinatura do caderno de intenções entre o Grupo Volkswagen e o Executivo, que decorreu nas instalações de Palmela, esta terça-feira.

No encontro, os responsáveis do grupo germânico explicaram que o novo plano de investimento plurianual de 270 milhões de euros inclui a construção de uma nova nave de pintura dos automóveis ali produzidos (atualmente, o modelo T-Roc, a que se juntará o elétrico de pequena dimensão ID 1) e substituição do atual forno a gás (por um 100% elétrico), as linhas de produção e sua adaptação para esse modelo que chegará em 2027.

Um dos novos equipamentos do novo plano de investimentos foi estreado pelo Presidente da República. Rebelo de Sousa foi quem carregou no botão que ligou a nova prensa de grandes dimensões, a máquina onde entram as chapas metálicas e que depois são transformadas em portas, tejadilhos, capots. Serve para fazer essas peças cruciais à montagem do novo T-Roc, mas também o futuro ID1, segundo a empresa.

A fábrica diz que, com todos estes investimentos, deve conseguir eliminar 90% das emissões poluentes (carbono e outras) até 2030.

(atualizado às 18h15 com mais informação)

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