TAP volta ligar Lisboa e Porto e atravessa o Atlântico para o Brasil

Companhia aérea retoma a ligação entre Lisboa e o Porto a 18 de maio e volta a voar para o Brasil ainda este mês.
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Um passo de cada vez. Depois de em abril a TAP ter realizado apenas alguns voos para assegurar ligações entre o continente e as regiões autónomas, bem como alguns voos de caratér humanitário, a companhia aérea prepara-se agora para retomar a atividade aos poucos e poucos.

A transportadora aérea realiza a partir desta semana voos para Londres e Paris, se houver procura. Miguel Frasquilho, chairman da companhia, esteve em abril no Parlamento e já tinha admitido a possibilidade destes dois destinos serem dos primeiros a surgir neste mês de maio.

Já as ligações entre Lisboa e o Porto regressam a partir de 18 de maio, com três frequências semanais. E o mesmo deverá acontecer para o Brasil. A companhia aérea liderada por Antonoaldo Neves planeia retomar os voos para o Rio de Janeiro e São Paulo a partir de 18 de maio. A ideia é cruzar o Atlântico três vezes por semana: duas para São Paulo e uma para Rio de Janeiro.

Convém salientar que a TAP alerta no seu site que a lista de rotas pode ser ajustada sempre que as circunstâncias o justifiquem.

Futuro da TAP

A TAP tal como a maioria das companhias aéreas europeias atravessa dias complicados fruto da pandemia de covid-19. A empresa pediu garantias ao Estado para duas possíveis operações de financiamento, por parte do Haitong e do ICBC Spain, para um total de 350 milhões de euros, segundo uma carta enviada ao regulador no dia 20 de Março.

No documento, citado pela Lusa, endereçado à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) e assinada pela comissão executiva da transportadora, a TAP faz vários pedidos, tendo em conta a situação resultante da pandemia de covid-19. Um cheque de 350 milhões de euros não será contudo suficiente de acordo com o ministro das Infraestruturas.

"Um empréstimo de 350 milhões de euros garantido pelo Estado vai resolver o problema da empresa?!", questionou Pedro Nuno Santos em resposta a uma questão do CDS-PP na semana passada no Parlamento.

"350 milhões de euros não resolve o problema da TAP. O privado que diga a verdade toda sobre quanto é que acha que precisa até ao final do ano e que não passe para os jornais só o que lhe interessa", acrescentou o governante.

Para já, ainda não é conhecido que apoio financeiro vai ser dado à TAP. O ministro já garantiu que nunca foi ponderado deixar cair a TAP, mas também disse que não excluia nenhum cenário.

"Sem intervenção pública, a TAP não qualquer possibilidade de sobreviver. A nossa missão será salvar a TAP e não um acionista em particular. Os acionistas têm de acompanhar o Estado. Se os acionistas não acompanharem, isso tem consequências societárias", disse ainda o ministro das Infraestruturas. "Qualquer intervenção do Estado soberano português implicará que o Estado acompanhe todas as decisões com impacto na empresa. A música agora é outra".

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