Sindicatos querem mais medidas de proteção a funcionários que atendem ao público
A Fesap espera que o governo apresente medidas concretas para combater as agressões aos trabalhadores do Estado que estão no serviços de atendimento ou de contacto com o público. "Queremos ver se o governo tem alguma coisa em carteira", adiantou ao DN/Dinheiro Vivo o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), afeta à UGT, antecipando as reuniões que vai ter com as ministras do Trabalho e da Segurança Social e da Administração Pública nos próximos dias 3 e 10 de fevereiro.
José Abraão vai acompanhar o líder da UGT que foi convocado para um encontro na próxima semana, 3 de fevereiro, antes da votação final global do Orçamento do Estado para 2020.
Os sindicatos representativos da administração pública ainda esperam que os aumentos salariais para este ano superem os 0,3% impostos pelo governo. "Uma pensão de 700 euros terá um acréscimo até dez euros (com o aumento extraordinário). Um salário do mesmo valor terá um aumento de 2,10 euros", exemplifica o líder da Fesap, acreditando que "há margem para negociar", tendo até em conta que o presidente do PS, Carlos César, apontou nesse sentido.
José Abraão defende ainda a regulamentação do subsídio de risco "que já está na lei desde 1998", mas também a revisão da tabela única remuneratória e "a correção das injustiças com os assistentes técnicos e operacionais". O líder da Fesap classifica estas reuniões com o governo de "importantes", tendo manifestado "o desconforto" pelo facto de inicialmente os encontros estarem marcados para depois da aprovação do OE 2020.
O DN/Dinheiro Vivo contactou a CGTP, mas não conseguiu saber se esta central sindical também foi convocada para reuniões semelhantes.