Quase 61% dos trabalhadores de hotelaria e restauração têm contrato temporário
Cerca de 61% dos trabalhadores com experiência na área de hotelaria e restauração revelam ter um contrato temporário e 58% dizem não se ver a trabalhar no setor num espaço de três a cinco anos, devido à instabilidade, durabilidade nos contratos e dificuldade do setor em reter talentos. Estes são dados avançados pelo estudo "Perceção do emprego no setor da hotelaria e restauração", da Eurofirms, empresa de RH.
A mudança de carreira deste setor para outros é uma realidade e tem sido constante, existindo dificuldade em atrair talentos, devido às condições atribuídas aos profissionais. Os horários, conciliação com a vida pessoal e a falta de estabilidade são queixas atuais dos trabalhadores.
Quais as condições que pesam de forma negativa para que o setor não seja atrativo? São os horários e a conciliação familiar (41,8%), seguem-se os salários praticados com 35,4% (mais de metade - 54% - sendo que não ultrapassa os 800 euros por mês), e a precariedade laboral em terceiro lugar, com 33,3% das respostas. A pouca flexibilidade e o plano de carreira estão em quarto e quinto lugar com 24,1% e 14,8%, respetivamente.
O estudo diz também que a principal motivação para trabalhar na área é a questão financeira, embora 40% dos inquiridos confirmem que, com uma formação adequada, poderiam recomendar a terceiros.
De acordo com a country leader do Eurofirms Group em Portugal, Sara Pimpão, é "estruturalmente necessária uma mudança no setor que possa responder aos três grandes desafios para a gestão do talento nas empresas: atrair, desenvolver e reter os colaboradores, criando, para tal, as condições que permitam tornar o setor mais atrativo".
Estes são resultados divulgados do estudo nacional, levado a cabo em maio de 2022, realizados pela Eurofirms Group, empresa de Recursos Humanos especializada em gestão de talento.