João Leão já vê a retoma em quase todo o lado

Ministro acredita que o país não vai voltar a fechar e que a taxa de desemprego vai ficar abaixo dos 7,3% esperada para este ano.
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O ministro das Finanças acredita que a recuperação da economia já está em curso e que o país não vai voltar a confinar. "A recuperação está em andamento", começou por afirmar João Leão na abertura do debate sobre o Programa de Estabilidade 2021-2025 (PE202-25), ontem na Assembleia da República, citando um conjunto de dados recentes que suportam o argumento, como a recuperação do emprego, o aumento das vendas do comércio e a recuperação da confiança dos consumidores.

"Alguns indicadores mais recentes já mostram a recuperação da economia", continuou o ministro das Finanças, ontem, no debate da defesa do PE 2021-25. Acrescentando ainda os dados do emprego e do desemprego: "Hoje mesmo [ontem] o INE divulgou que o desemprego recuou em março para uma taxa de desemprego de 6,5% e que o emprego aumentou. As vendas do comércio, em concreto os produtos não alimentares, recuperaram para níveis de praticamente um ano", indicou.

"Os indicadores de confiança dos consumidores e o clima económico aumentaram de forma expressiva em março e em abril. As compras de multibanco dos residentes cresceram 14% face ao período pré-pandemia e as exportações de bens aumentaram 6% no primeiro trimestre, face ao período homólogo", apontou.

O ministro das Finanças mostrou-se confiante na manutenção do calendário da reabertura do país que começou no dia 15 de março e deve ter uma nova fase já no próximo dia 3 de maio. "A evolução favorável do número de novos casos dá-nos a confiança de que prosseguiremos para a última fase de desconfinamento, expectavelmente sem voltarmos a ter de fechar", falando de "esperança mobilizadora", numa citação do discurso do Presidente da República quando anunciou a não renovação do estado de emergência.

O titular das Finanças sublinhou ainda "as boas notícias da crise sanitária". "Entrámos na segunda fase de vacinação e prevê-se agora que a imunidade de grupo possa ser alcançada mais cedo do que o previsto", frisou.

Durante o debate de ontem, o ministro das Finanças admitiu uma taxa de desemprego abaixo dos 7,3% previstos no PE2021-25. "Olhe para a taxa de desemprego: 6,5%. Provavelmente, no cômputo do ano até vai ficar abaixo do que temos no nosso Programa de Estabilidade", afirmou João Leão em resposta à deputada do CDS, Cecília Meireles, que questionou o ministro sobre a eficácia das medidas de apoio às empresas.

"O principal indicador da eficácia destas medidas é que a taxa de desemprego anunciada hoje pelo INE está em valores muito abaixo do que era expectável", atirou João Leão, prometendo que os apoios covid vão ficar muito acima do previsto no Orçamento do Estado.

"Neste momento já executámos mais do que estava previsto no orçamento e estamos a reafetar as rubricas para despesa previstas para a Segurança Social e para dar apoios às famílias e empresas. Apoios que vão ficar muito acima, mais do que duas vezes acima, do que estava previsto", disse João Leão no parlamento, em resposta à deputada do PSD Clara Marques Mendes.

Em causa estão 500 milhões de euros, uma verba de reserva usada para fazer face a imprevistos.

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