Pensão de Horta-Osório criticada no Lloyds

Associação que representa 20 mil dos 75 mil funcionários não concorda que gestor possa vir a receber uma pensão igual ao último salário que receberá.
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António Horta-Osório está a ser criticado pelos diretores e funcionários do Lloyds Banking Group por ser o único funcionário do grupo que tem direito a receber uma pensão com base no seu último ordenado.

Esta questão está a provocar conflitos entre os acionistas do Lloyds, segundo conta o diário inglês The Times pois há quem não concorde com esta hipótese de pagar ao seu principal executivo uma pensão que colida com as decisões tomadas recentemente de alinhar os benefícios dos elementos que ocupam cargos de topo com os dos restantes funcionários. No centro deste "choque" está, além de Horta-Osório, o próximo diretor financeiro do banco William Chalmers.

A associação que representa cerca de 20 mil dos 75 mil funcionários do Lloyds, a Affinity, contesta a atribuição das pensões alegando que promovem a divisão interna e que são contra os interesses dos acionistas. No documento, a Affinity criticou o facto de o gestor português ser o único elemento do banco com direito a receber uma pensão quando sair da empresa e que esta terá como base o seu último salário.

Lembra ainda que sob a direção de Horta-Osório o grupo ter decidido terminar com essa relação salarial em 2014.

A decisão agora conhecida mereceu do secretário-geral da Affinity, Mark Broow, o seguinte comentário: "É uma fonte de descontentamento maciço entre aqueles que perderam esse benefício."

A Associação de Investidores, cujos 250 membros gerem 7,7 triliões de libras em ativos, decidiu que a partir do dia 1 deste mês de março as empresas devem reduzir a diferença entre as pensões dos seus executivos e as dos funcionários. Defendem que a percentagem do salário paga seja igual para todos.

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