Já há mais de 150 mil portugueses a usar o iQos
O regulador americano continua a adiar uma posição sobre o novo sistema de tabaco sem fumo, que conhecemos por cá com o nome de iQos, para quando haja estudos de mais longo prazo, mas as coisas parecem bem encaminhadas, com um novo estudo a comprovar a redução de risco do uso deste produto em ratinhos, por comparação com os tradicionais cigarros.
As conclusões do estudo científico, citado pela Bloomberg, apontam para "uma redução significativa" na formação de cancro do pulmão, com o uso prolongado do iQos e foi agora submetido à análise da FDA (Food and Drug Administration) para o regulador estudar a hipótese de categorizar este produto como de risco reduzido em relação aos cigarros com combustão. Para a Philip Morris International (PMI), que fabrica este produto e tem por objetivo que 40 milhões de consumidores deixem de fumar, passando a usar produtos sem combustão, até 2025, estes resultados constituem uma vantagem competitiva significativa em relação a produtos como o Juul (criado numa startup de Silicon Valley e que tem vindo a ganhar espaço no mercado americano).
Aquecendo o tabaco sem o sujeitar a combustão, centenas de estudos científicos apontam já para reduções médias do risco superiores a 90%, dada a falta de exposição do utilizador aos constituintes tóxicos existentes no fumo dos cigarros. Esta nova pesquisa revelou os efeitos de 18 meses de iQos em ratinhos em diferentes níveis de exposição, tendo concluído, segundo a PMI, que o potencial cancerígeno é "significativamente reduzido do que o que existe entre aqueles que estão expostos ao fumo dos cigarros".
Por cá, o quarto país aonde chegou, o iQos tem vindo a conquistar cada vez mais ex-fumadores, tendo atingido a marca de 150 mil utilizadores, segundo avança a companhia. Portugal é um dos países no mundo que apresenta uma maior taxa de conversão, "com 70% de fumadores que adotaram a alternativa do tabaco aquecido e nunca mais regressam ao consumo de cigarros", adianta a PMI, que já conta com 6 milhões de utilizadores de iQos em mais de 30 países.
A PMI tem vindo a desenvolver, nos últimos anos, centenas de estudos para atestar o risco reduzido dos novos produtos que desenvolveu de forma a responder aos desafios da saúde pública mundial. Atualmente, mais de 20 organismos e entidades científicas independentes -- incluindo o Comité Americano Científico Consultivo para Produtos de Tabaco da Agência para a Alimentação e o Medicamento, o Instituto Alemão de Avaliação do Risco, o Instituto Holandês para a Saúde Pública e Ambiente e o Comité Oficial de Toxicidade do Reuno Unido, que aconselha a Direção-geral de Saúde local -- já corroboraram as conclusões da PMI segundo as quais "o aerossol resultante do aquecimento do tabaco apresenta uma significativa redução da exposição aos constituintes nocivos e potencialmente nocivos presentes no fumo dos cigarros".
Também sociedades científicas independentes como a American Cancer Society vieram recentemente a público reconhecer o papel que a redução do risco pode e deve desempenhar junto dos fumadores que não querem ou não conseguem deixar o tabaco.