Galp e Northvolt com "múltiplas localizações" para refinaria de lítio. Governo defende norte do país
A Galp e a Northvolt ainda não definiram a localização da unidade de conversão de lítio, que será instalada em Portugal, garantiu o cofundador da empresa sueca, notando que esta está dependente de vários fatores.
"Temos em mente uma localização, que ainda está a ser avaliada. Temos múltiplas possibilidades no Norte. Não há ainda uma localização específica ou decisão sobre esse assunto", afirmou Paolo Cerruti, na apresentação da parceria entre as duas empresas, em Lisboa.
A Galp e a sueca Northvolt preveem investir 700 milhões de euros e criar 1.500 empregos diretos e indiretos na fábrica de conversão de lítio que vão desenvolver em parceria, foi hoje anunciado.
Paolo Cerruti referiu também que, entre as localizações em análise, existe uma que é "particularmente querida", mas está dependente da avaliação de vários impactos.
"Antes de tomarmos a decisão, temos que casar todas estas contribuições", notou.
Segundo avançam as duas empresas, em comunicado, "com base em projetos semelhantes, a instalação poderá representar um investimento estimado de cerca de 700 milhões de euros e criar 1.500 empregos diretos e indiretos".
Denominada Aurora e com uma participação de 50/50 da Galp e dos suecos da Northvolt, a 'joint venture' está atualmente "a realizar estudos técnicos e económicos e a analisar várias localizações possíveis para a unidade" em Portugal.
Está também "a explorar as opções adequadas de financiamento no âmbito da transição energética, de modo a reforçar o desenvolvimento do projeto".
O objetivo é desenvolver a "maior e mais sustentável fábrica de conversão de lítio da Europa, [...] com uma capacidade de produção anual de até 35.000 toneladas de hidróxido de lítio", lê-se no comunicado.
Em novembro, o presidente executivo da Galp tinha dito à Lusa estar para breve o anúncio sobre a composição de um consórcio para a indústria do lítio, cujo projeto já tinha sido submetido no quadro do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo então referido que a parceria será "o mais viável e potente em termos de combinação de empresas para tornar isto uma realidade".