Desemprego registado abranda, com crescimento mensal de 0,2%
Setembro teve máximo de novos desempregados inscritos desde abril, perto de 55 mil, mas em termos líquidos os centros IEFP contam apenas mais 843 desempregados.
Os crescimentos mensais no desemprego registado nos centros de emprego abrandaram em setembro, com mais 0,2% de inscrições ativas, ou mais 843 desempregados em termos líquidos, resultantes do fluxo de novos registos e anulação de inscrições, indicam as estatísticas do Instituto de Emprego e Formação Profissional publicadas esta terça-feira.
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De acordo com os dados, setembro terminou com 410 174 desempregados registados em todo o país, num crescimento de 0,2% face a agosto, e de 36,1% relativamente a setembro de 2019, refletindo um abrandamento face aos meses anteriores.
Apesar disso, setembro registou um máximo de inscrições de novos desempregados desde abril, com mais 54 769 pessoas registadas como desempregadas, numa subida de 27,3% face ao mês anterior e de 7,4% por comparação com um ano antes.
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Por outro lado, houve um aumento das colocações e ofertas de emprego, que subiram 23,3% e 28,8%, respetivamente, por comparação com agosto. As colocações abrangeram 8 244 desempregados.
Olhando para os dados sectores económicos, o alojamento e restauração, seguido de transportes e das atividades imobiliárias, continua a liderar no crescimento do desemprego por comparação com um ano antes. Ainda assim, em termos mensais, as atividades do turismo viram o desemprego total registado recuar 3,2%, com menos 1282 inscrições ativas nos centros de emprego.
Ainda na comparação com o mês anterior, desceram mais significativamente e os inscritos do sector imobiliário, atividades administrativas e serviços de apoio (menos 1567, ou 1,5%) e o desemprego total registado na indústria do vestuário (menos 446 pessoas, ou 4,1%).
Em sentido contrário, verifica-se um aumento mensal nos registos de desempregados do emprego público (mais 260, ou 1%), do comércio (mais 260, ou 0,7%), outras atividades de serviços (mais 251 pessoas, ou 1,1%) e das atividades de consultoria científicas, técnicas e similares (mais 249 desempregados registados, numa subida de 3,6%), nas principais subidas.
Em comunicado o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social destaca no total de desemprego registado de setembro uma "tendência de estabilização das variações mensais face aos meses de março, abril e maio", e calcula ainda que a taxa de cobertura das prestações de desemprego tenha ficado em setembro em 56,1% (54,9% em agosto).
O número total de beneficiários de prestações de desemprego em setembro deverá ser divulgado ainda hoje pela Segurança Social.
Maria Caetano é jornalista do Dinheiro Vivo