Luis Enrique regressa à seleção com polémica à mistura
Luis Enrique está de volta ao comando da seleção espanhola. O anúncio foi feito esta terça-feira pelo presidente da federação espanhola, Luis Rubiales, que anunciou ainda a saída do interino Roberto Moreno, que lidou a Espanha no apuramento para o Euro2020.
No dia 26 de março, ex-Barcelona abandonou o estágio da roja, antes de um jogo com Malta, de apuramento para o Euro2020, de forma repentina devido a problemas familiares. Quase três meses depois (a 19 de junho), anunciou a sua renúncia ao cargo através de uma carta em que não revelou os motivos que o levavam a tomar essa decisão - mais tarde soube-se que era por causa da doença da filha Xana, de nove anos, que acabou por morrer.
Agora, conseguido o apuramento para o Europeu de 2020, Moreno sai e Luis Enrique volta ao posto que ocupava. "Luis Enrique tinha as portas abertas. Sempre o disse de forma clara e muito sincera. Falámos com o Luis depois da morte da sua filha e ele comunicou que queria voltar a treinar", explicou o presidente da RFEF, Rubiales, agradecendo ainda o trabalho realizado por Robert Moreno - seis vitórias em oito jogos.
O agora ex-selecionador comunicou a saída, em lágrimas, aos jogadores, no final do jogo com a Roménia (segunda-feira à noite), de apuramento para o Euro 2020. Nessa noite, Moreno decidiu não ir à conferência de imprensa pós jogo, não escondendo o desconforto com o que se iria passar esta terça-feira, tendo sido convocado para uma reunião de emergência esta terça-feira. O técnico não compareceu e enviou os advogados.
Apesar do clima de consternação que rodeou a situação pessoal vivida por Luis Enrique, a forma como o seu regresso foi efetivado, provocando o afastamento de Moreno, está a causar desconforto a alguns espanhóis. E até Casillas já foi metido ao barulho. O guarda-redes do FC Porto escreveu uma mensagem no Twitter algumas horas depois do final do jogo entre a Espanha e a Roménia - "Somos um país anedótico... Viva a Espanha!" - que a imprensa espanhola interpretou como uma referência à saída de Robert Moreno do comando técnico da roja.