Navratilova acusa atletas transgénero de "batoteiras" e já é acusada de "transfobia"

A antiga tenista escreveu um artigo polémico no jornal The Sunday Times no qual considera "injusto" mulheres competirem com rivais que "biologicamente são homens"
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Martina Navratilova, antiga tenista norte-americana defensora da luta dos homossexuais no desporto, considera ser "batota" as mulheres transgénero que participam em competições femininas.

No seu artigo publicado no jornal The Sunday Times, a antiga tenista de 62 anos considera que as normas em vigor sobre as atletas transgénero "recompensam os batoteiros e castigam os inocentes", pois defende que as vantagens não são apenas hormonais.

"Centenas de desportistas transgénero alcançaram mais reconhecimento enquanto mulheres por causa das capacidades que tinham como homens", escreveu, acrescentando: "É injusto para as mulheres que tenham de competir contra rivais que, biologicamente são homens. Gosto de me dirigir a uma mulher transgénero da forma que ela preferir... mas não gostaria de competir com ela."

Este artigo da antiga campeã do ténis já lhe valeu inúmeras críticas nas últimas horas. Um grupo que se dedica aos direitos dos transexuais, o Trans Actual, utilizou a rede social Twitter para acusar Navratilova de ser "transfóbica". "Se as mulheres transgénero beneficiassem de vantagem no desporto, por que razão não ganham medalhas de ouro? Se calhar porque não têm vantagem. Basta olhar para as mudanças que o estrogénio provoca no corpo."

A campeã do mundo de ciclismo Rachel McKinnon, atleta transgénero, também utilizou o Twitter para responder a Navratilova: " É uma preocupante fantasia selvagem e um medo irracional de algo que não acontece. Um medo irracional de pessoas transgénero? Transfobia", atirou .

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