Bruno de Carvalho continua suspenso de sócio
00.44 - Resultados já foram comunicados aos cerca de 50 sócios que aguardaram no Pavilhão João Rocha. Trindade Barros e Elsa Judas expulsos de sócios. Bruno de Carvalho continua suspenso por decisão de 68.55 % dos sócios presentes na AG.
00.17 - Está a ser feita uma recontagem numa das oito mesas de votos dos sócios.
00.00 - Sócios mantêm suspensão de um ano a Bruno de Carvalho, segundo apurou o DN. Resultados oficiais dentro de momentos.
20.30 - Já fechou a votação. Votos começam a ser contados nesta altura. Votaram cerca de quatro mil sócios.
18.00 - José Roquette, antigo dirigente do Sporting, foi um dos sócios que marcou presença na AG. À saída falou aos jornalistas para dizer que "é tempo de a divisão acabar" no Sporting. "Vim aqui cumprir o dever e esperar que este tipo de assembleias possa ter eventualmente terminado hoje. Ainda tenho algumas dúvidas, mas espero que seja o caso. Não vou dizer como votei, mas provavelmente imaginarão. É tempo de a divisão acabar. Que o que todos sofremos ao longo deste ano se encerre aqui hoje", defendeu o ex-presidente, antes de se referir a Bruno de Carvalho: "Imaginei que ele acabasse por vir, mas não estou surpreendido. Espero que possa levar uma vida razoável e saudável e que o Sporting consiga, e vai conseguir, ultrapassar estes meses, que foram absolutamente inesquecíveis no mau sentido."
17.10 - Pai de Bruno de Carvalho usa da palavra e lamenta que a votação tenha começado antes de as pessoas que podem ser suspensas e expulsas acabassem de se defender. "Isto é uma golpada. Querem afastar Bruno de Carvalho durante largos anos. Esse é o propósito desta AG", acusou o pai do ex-presidente.
17.00 - Depois de um intervalo segue-se um período de discursos dos sócios que queiram usar da palavra. Votação já decorre e encerra às 20.30.
16.30 - Começa a defesa dos sócios que podem ser expulso: Elsa Judas (mandou representante) e Trindade Barros.
16.00 - Carlos Severino afirmou na CMTV que Vítor Ferreira, Carlos Seixas e Abrantes Mendes "foram ameaçados e ofendidos" no interior do pavilhão
15.30 - Discurso de Bruno de Carvalho muito aplaudido. Alguns sócios gritam pelo nome do ex-presidente. Vai defender-se agora Carlos Vieira, antigo vice-presidente para a área financeira e José Quintela, ex-vogal da direção. Alexandre Godinho mandou declaração. Luís Giestas e Rui Caeiro também se defendem.
15.17 - Irmã de Bruno de Carvalho lê declaração do ex-presidente, que optou por não comparecer à Assembleia."Nem tudo foi perfeito, errei. Foi uma defesa cega e intransigente do Sporting e passei a ideia que estava agarrado ao poder, quando estava concentrado na defesa do clube. Por isso peço desculpa. (...) Apresento me pela voz da minha irmã, não porque não queria estar presente. A minha ausência representa o respeito que tenho ao Sporting. Peço humildemente a todos os sportinguistas que pensem neste homem, bem como nos cinco anos de amor que dediquei ao Sporting. Estou a defender-me perante algo que considero injusto. Estou de consciência tranquila e não me arrependo da história que ajudámos a construir", pediu o ex-líder destituído a 23 de junho e suspenso a 2 de agosto, pela voz da irmã.
14.35 - Rogério Alves, presidente da MAG, apelou à tranquilidade no decorrer dos trabalhos. "Compete-me criar as condições para que os sócios exprimam a sua vontade. Quanto maior a participação, mais força, mais poder e importância terá a decisão. De acordo com os estatutos, o que for deliberado fica deliberado. Fizemos tudo para evitar incidentes e, se algum acontecer, debelá-lo para que tudo corra bem. O debate tem sido intensíssimo, as pessoas têm falado, agora é hora de votar. Muitos dos visados aqui estarão e foi-lhes dada a possibilidade de estarem aqui e, querendo, apresentarem o seu ponto de vista numa assembleia que lhes diz muito", afirmou aos jornalistas sem se livrar de alguns assobios quando ameaçou expulsar quem promovesse a desordem na reunião magna.
14.31 - Quem também já está no pavilhão é o pai e a irmã de Bruno de Carvalho. Alexandra Carvalho deixou no ar a dúvida de que o irmão pudesse, ao contrário do que tinha dito, marcar presença no pavilhão João Rocha. "É surpresa", disse Alexandra.
14.29 - Frederico Varandas chega ao Pavilhão João Rocha e apelou ao respeito dos sportinguistas: "Espero uma tarde à Sporting. Como os sportinguistas sabem, espero que dêm mais uma demonstração de sportinguismo como sempre têm dado."
Tudo a postos para a AG
Hoje, quando forem 14.30, o Pavilhão João Rocha vai deliberar sobre os recursos interpostos pelo anterior presidente do Sporting, Bruno de Carvalho e outros elementos da sua direção que foram suspensos de sócios. Na prática, os sócios leoninos vão discutir e votar se as sanções disciplinares decididas pela Comissão de Fiscalização se mantêm (no caso do ex-presidente a suspensão de sócio é de um ano) ou não. Os visados podem estar presentes e falar durante 15 minutos. Bruno de Carvalho ainda não decidiu se vai, mas o mais provável é mandar alguém que leia o seu discurso.
A votação vai ser decidida por maioria simples, ou seja, 50% mais um voto dos presentes na reunião magna.
Além de Bruno de Carvalho, a AG vai deliberar sobre as suspensões de sócios de Alexandre Godinho, Carlos Vieira, Rui Caeiro, José Quintela e e Luís Gestas, todos ex-elementos do anterior Conselho Diretivo suspensos por 10 meses. Na mesma reunião será ainda votada a expulsão de Elsa Judas e Trindade Barros, membros da Comissão Transitória da Mesa da Assembleia Geral que foram sancionados pela Comissão de Fiscalização.
E todos vão poder ir e defender-se. "Os estatutos do Sporting não definem se as pessoas suspensas podem ou não participar na AG. Mas a AG decidiu que sim. Claro que é uma decisão com caráter excecional, porque se estão suspensas não deveriam participar", defendeu Rogério Alves, líder da Mesa da Assembleia Geral (MAG), acrescentando que cada um terá 15 minutos para falar.
"Nunca na história do Sporting se realizou uma Assembleia Geral com esta finalidade, de apreciar e deliberar sobre os recursos interpostos sobre processos disciplinares. Ou seja, será uma AG inédita com um objeto nunca antes analisado. Vamos debater, trocar pontos de vista e deliberar. Depois os sócios serão chamados a votar se as sanções aos visados se mantêm ou não", explicou o presidente da Mesa, acabando assim com os rumores de que a reunião magna serviria para expulsar o presidente destituído a 23 de junho.
Com os acontecimentos da última AG na memória, os dirigentes leoninos temem que esta reunião magna seja menos pacifica do que aquela que serviu para aprovar as contas do clube. Apesar de não ter marcado presença, a AG ficou marcada por desacatos com os apoiantes de Bruno de Carvalho, onde se incluía a irmã e o pai do ex-líder. Rogério Alves garantiu que a segurança para a AG estará a cargo da empresa privada que trabalha para o Sporting, em conjunto com a Polícia de Segurança Pública (PSP), mas que a mesma deve começar nos sócios.
Depois de protagonizar uma crise sem precedentes, Bruno de Carvalho foi destituído a dia 23 de junho em Assembleia Geral Extraordinária. A 2 de agosto foi suspenso de sócio por um ano pela Comissão de Fiscalização (CF), no seguimento de um processo disciplinar como está previsto no novo Regulamento Disciplinar aprovado a 17 de fevereiro em reunião magna. Também os antigos dirigentes, nomeadamente Carlos Vieira, ex-número 2 com a pasta das finanças no mesmo Conselho Diretivo, foram suspenso por dez meses. Luís Roque teve somente uma repreensão por escrito no final do processo.
Segundo o comunicado da CF, datado de agosto, o antigo presidente foi "inegavelmente o principal artífice e responsável da situação grave e anti-estatutária criada", o que levou à pena aplicada. Em causa a "oposição continuada e acirrada à realização da Assembleia Geral de dia 23 de junho", assim como a criação de "órgãos não estatutários com os quais tentaram iludir os sócios". A Comissão de Fiscalização sublinha ainda que, tendo "legitimidade" para expulsar de sócio Bruno de Carvalho, "e havendo matéria suficiente para o fazer, não quis deixar de considerar atenuantes e de respeitar o passado do clube".
A decisão foi conhecida antes de o ex-líder leonino ser detido e acusado de ser o mandante do ataque à Academia no dia 15 de maio.
Apesar de enquanto presidente ter promovido a expulsão do também ex-presidente Godinho Lopes, devido a "infrações disciplinares muito graves para a imagem e património" do clube, Bruno de Carvalho não passará pelo mesmo julgamento, visto que os sócios vão votar a suspensão por um ano e não a expulsão permanente.
No entanto, aconteça o que acontecer, Bruno de Carvalho não recuperará, de imediato, a condição de sócio, já que continua suspenso preventivamente em virtude de um segundo processo que continua a ser apreciado, agora, pelo Conselho Fiscal e Disciplinar e continuará impedido de exercer os seus direitos como sócio.