Bruno Lage fica no Benfica pelo menos até ao jogo com o Marítimo
Após várias conversas no centro de treinos do Seixal, o presidente Luís Filipe Vieira decidiu manter o treinador, pelo menos até segunda-feira. Jorge Jesus é o preferido para a próxima época.
Bruno Lage vai manter-se no cargo de treinador do Benfica pelo menos até ao jogo de segunda-feira com o Marítimo, a contar para a 29.ª jornada da I Liga, apurou o DN junto de fonte próxima do processo.
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A derrota dos encarnados, em casa, com o Santa Clara provocou uma enorme tensão entre a cúpula do futebol do clube da Luz, tendo estado em cima da mesa a saída imediata do técnico de 44 anos, na sequência de uma série de maus resultados, afinal nos últimos 12 jogos apenas venceu dois.
E, nesse caso, a ideia era que Renato Paiva, treinador da equipa B, assumisse o cargo de técnico principal até final da temporada, altura em que o presidente Luís Filipe Vieira iria anunciar o novo treinador para a época 2020-21, sendo que o preferido é Jorge Jesus ou, em alternativa, Luís Castro. Isto apesar de ambos terem contrato, respetivamente, com Flamengo e Shakhtar.
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Contudo, as várias conversas conduzidas por Vieira no Seixal, que incluiu uma com os jogadores, levaram a que o presidente decidisse não avançar já para uma solução de rotura, sendo praticamente certo que o tempo de Bruno Lage à frente do Benfica está a chegar ao final, não devendo ir além da final da Taça de Portugal, com o FC Porto, independentemente dos resultados.
No entanto, um novo mau resultado na segunda-feira com o Marítimo no Funchal deverá reabrir este tema, sendo praticamente inevitável a saída imediata de Bruno Lage, treinador que até ao jogo com o FC Porto, no Estádio do Dragão, apresentava um currículo impressionante à frente da equipa, com um total de 36 vitórias, um empate e uma derrota em jogos da I Liga, que lhe permitiram na época 2018-19 levar a equipa à conquista do título, recuperando uma desvantagem de sete pontos depois de render Rui Vitória no início de 2019.
Bruno Lage renovou mesmo o contrato com o Benfica a 13 de dezembro até 2024, com Luís Filipe Vieira a reforçar que era o treinador ideal para o seu projeto. Longe estaria de imaginar que, quase dois meses depois dessa assinatura do novo vínculo, o Benfica de Lage entrasse em queda livre com a derrota no Dragão.
Nesta altura, a saída do treinador será uma questão de tempo, até porque existe algum desgaste, como comprova a última conferência de imprensa, após o jogo com o Santa Clara, na qual Lage insinuou que há treinadores que pagam jantares e viagens a jornalistas para serem promovidos para ocuparem o seu lugar. Uma declaração polémica, que também não caiu bem nos órgãos sociais do Benfica.