Yolanda e ensino equestre valem mais dois diplomas
O quinto lugar de Yolanda Sequeira no surf, o oitavo na final por equipas de ensino em desporto equestre, e a primeira vez de uma nadadora portuguesa nas meias-finais de uma prova de natação olímpica foram os maiores destaques da participação portuguesa em Tóquio2020 nesta terça-feira.
No surf, a algarvia Yolanda Sequeira surpreendeu ao chegar aos quartos de final da prova, mas o seu sonho de uma medalha ruiu ante a sul-africana Bianca Buitendag, na praia de Tsurigasaki, em Chiba. A atleta, de 23 anos, ficou em quinto lugar, ao somar 5,46 pontos (3,93 e 1,53), no primeiro "heat" da eliminatória, que se revelaram insuficientes face aos 9,5 (6 e 3,5) da sul-africana, que conseguiu surfar duas ondas razoáveis, ao contrário da lusa, que apenas apanhou uma.
"Já recebi um diploma nos primeiros Jogos Olímpicos com surf e estou muito feliz com isso. Sou muito competitiva e vim com o pensamento no ouro, não vim fazer mais nada. Acabei por cair um bocadinho atrás, mas estou muito feliz com o meu desempenho. Sei que o meu surf é suficiente para chegar lá acima. Não foi desta, será da próxima", disse a jovem algarvia.
No ensino equestre, a seleção portuguesa acabou no oitavo lugar, entre oito finalistas, o Grand Prix Special de Tóquio2020, que a Alemanha venceu, confirmando ainda assim um diploma para Maria Caetano, Rodrigo Torres, que hoje "ataca" a final individual, e João Miguel Torrão. Portugal regressou ontem a uma final olímpica de equipas em ensino, após Pequim2008, com Daniel Pinto, Carlos Pinto e Miguel Ralão Duarte, e muito depois do bronze de Londres1948, por Francisco Valadas Jr., Fernando Paes e Luís Mena.
Nos 200 metros mariposa, Ana Catarina Monteiro, de 27 anos, conseguiu o 14.º tempo, com 2.11,45 minutos, que lhe permitiu entrar na meia-final, a primeira vez que uma mulher portuguesa o consegue na natação em Jogos Olímpicos, mas o feito já se adivinhava, pois passavam todas as 16 nadadoras, uma vez que estrela húngara Katinka Hosszu não alinhou como previsto.
"Só posso estar feliz, fiz um resultado histórico para a natação portuguesa. O tempo não é o que tenho trabalhado, é um que costumo nadar em ritmo de treino. Não apostei tudo, sabia que era acessível chegar à meia-final. O objetivo está cumprido, na estreia em Jogos Olímpicos", resumiu a nadadora.
Portugal ficou esta terça-feira sem representantes no ténis de mesa, depois de Marcos Freitas e Fu Yu terem caído, respetivamente, frente aos primeiro e segundo jogadores do ranking mundial, ambos por 4-1. No Ginásio Metropolitano de Tóquio, um mês após ser bronze nos Europeus, Marcos Freitas, 24.º jogador do mundo e que tinha sido quinto no Rio2016, cedeu ante o chinês Fan Zhedong, pelos parciais de 6-11, 6-11, 2-11, 11-4 e 3-11, em 38 minutos, acabando em nono.
Fu Yu, 32.ª do torneio, tinha missão igualmente quase impossível frente à japonesa Mima Ito, com menos de metade da sua idade, e que já tinha sido ouro em pares mistos, impondo-se por 11-9, 5-11, 11-5, 11-4 e 11-5, com a portuguesa a concluir na 17.ª posição, melhorando o 33.º do Rio2016. Tiago Apolónia e Shao Jieni tinham caído na segunda ronda, sendo que aos homens resta a competição por equipas, na qual se junta João Monteiro.