Wendell-Galeno. Dupla portista resolveu o jogo em 5 minutos
FC Porto venceu o Marítimo (2-0) em jogo da 18.ª jornada. Sérgio Conceição deixou a equipa sem treinador antes do intervalo.
Um triunfo importante sem fazer uma exibição exuberante e algum descontrolo emocional de Sérgio Conceição e companhia. Assim foi a viagem do FC Porto à Madeira, onde esta quarta-feira amealhou três pontos, após vencer o Marítimo (2-0). Os golos de Wendell e Galeno deram a sexta vitória seguida ao campeão, que não sofre golos há quatro jogos e não perde há 18 partidas.
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A primeira parte no Caldeirão dos Barreiros foi quentinha. Quatro vermelhos em menos de 42 minutos de jogos é obra! Os dragões Bernardo Folha - a novidade no onze -, Sérgio Conceição e o treinador adjunto Vítor Bruno e o insular Pablo Moreno nem chegaram ao intervalo.
Mais uma expulsão para a contabilidade pessoal do técnico portista - Fábio Veríssimo mostrou-lhe o cartão vermelho segundos depois do amarelo - deixou a equipa entregue ao adjunto Siramana Dembélé e ao treinador de guarda-redes Diamantino Figueiredo.
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Sobre o futebol jogado, o FC Porto teve mais bola e dominou, embora tenha chegado ao fim do primeiro tempo sem qualquer oportunidade de golo criada. Já o Marítimo esteve perto de marcar, por Bruno Xadas (aos 27" e aos 36") e Val Soares aos 32 minutos, mas Diogo Costa mostrou-se à altura.
A diferença esteve na intensidade e na pressão sobre o portador da bola. Das 26 faltas do primeiro tempo, 17 foram do Marítimo e 9 do FC Porto. Os insulares estão na cauda da classificação da I Liga, mas desde que José Gomes assumiu o comando dos insulares que as exibições mostram que os resultados positivos serão uma questão de tempo e do nome do adversário também porque as desigualdades são gritantes.
Com o marcador a zero e ambas as equipas com dez jogadores era esperado algum equilíbrio para o segundo tempo. Puro engano. Com dois golos em cinco minutos a equipa portista resolveu o jogo. Giorgi Makaridze nada pode fazer para travar o remate de Wendell no regresso do intervalo. Se o primeiro tempo tinha sido sossegado para o quarto guarda-redes a assumir a baliza insular esta época - reflexo dos 33 golos sofridos em 18 jornadas - a segunda parte foi madrasta.
Os níveis competitivos dos insulares baixaram (e de que maneira) com as três substituições ao intervalo e os dragões aproveitaram para chegar ao segundo golo, por Galeno. Uma oferta de Pepê que ajudou o camisola 13 dos dragões a chegar aos 14 golos na época, naquele que é o seu melhor registo da carreira.
O segundo golo deixou o FC Porto confortável no jogo. Desnecessário foi a cena caricata protagonizada pelos insulares. Makaridze pareceu lesionar-se e pediu assistência, mas assim que o árbitro mandou entrar o médico para o assistir, todos os jogadores do Marítimo correram para o banco para uma espécie de palestra instantânea com José Gomes. De nada valeu o esquema e os insulares mantém-se assim com 13 pontos na tabela, após 18 jogos: o pior registo na I Liga desde 1989-90.
isaura.almeida@dn.pt