Portugal vai tentar somar o primeiro triunfo em jogos oficiais frente à Espanha, num duplo confronto com a campeã mundial, em que procura manter a liderança do Grupo A3 da Liga das Nações feminina de futebol. O primeiro duelo é esta sexta-feira (19h45, RTP1), em Paços de Ferreira. Nos seis encontros anteriores, as portuguesas somam duas vitórias, ambas ainda no século passado e em encontros particulares: 1-0 em 1983 e 3-0 em 1997. A história é claramente favorável às espanholas em jogos oficiais. Na qualificação para o Euro 2017, a Espanha começou por vencer em casa por 2-0, antes de golear em Portugal, por 4-1, com a atual capitã Dolores Silva a fazer aquele que é o único golo lusitano em jogos oficiais. Já na fase final, as espanholas a vencerem por 2-0. Esta semana, as jogadoras Tatiana Pinto (Atlético de Madrid), Joana Marchão (Servette) e Ana Rute (Sp. Braga) defenderam que a adversária dispensa apresentações, mas mostraram uma ambição, que reflete a evolução do futebol feminino português, ainda longe da realidade do país vizinho. Nos últimos anos, tanto em Portugal como Espanha deram um salto significativo, mas em dimensões muito diferentes. Enquanto a seleção espanhola se estreou em europeus em 1997, as portuguesas só lá chegaram 20 anos depois, em 2017. E se as vizinhas fizeram o primeiro jogo num Mundial, em 2015, a equipa das quinas só o conseguiu em 2022, ano em que a Espanha se sagrou campeã do mundo.O impulso para promover o futebol feminino em Espanha, que incluiu a criação de mais categorias de formação e melhores instalações, teve o auge com a profissionalização do campeonato. A liga espanhola tem 16 equipas e todas as jogadores têm um contrato com um ordenado, no mínimo, de 16 mil euros por ano. Uma realidade distante da amadora Liga BPI, que tem 12 equipas e na qual a maioria das futebolistas ainda está em situação precária, com o Sindicato de Jogadores ainda a lutar por contratos de pelo menos três ordenados mínimos, como na I Liga de futebol masculino.Verónica Boquete (jogou entre 2003 e 2017) foi a grande pioneira do futebol feminino em Espanha, assim como Carla Couto (no ativo entre 1991 e 2014) foi para o português. Hoje, Alexia Putellas e Aitana Bonmatí, jogadoras do Barcelona (bicampeão da Champions), dividem as atenções sobre quem é a melhor espanhola e a melhor jogadora a nível mundial. Uma realidade diferente das melhores portuguesas da atualidade, Kika Nazareth, que cumpre a primeira época no Barcelona, e Jéssica Silva, que atua no Gotham, dos EUA. Curiosamente, ambas estão lesionadas e falham os dois duelos com a Espanha.Estas baixas não retiram, no entanto, ambição à seleção. “Gostaríamos de contar com todas, mas o mais importante é o coletivo e as ausências nunca servirão de desculpa”, afirmou o selecionador Francisco Neto, acreditando a seleção poderá conquistar os três pontos. Querem organizar Mundial juntos em 2039Portugal, Espanha e Marrocos querem aproveitar a aliança e as infraestruturas do Mundial de futebol masculino de 2030 para organizarem o Campeonato de Mundo de futebol feminino em 2039. As três federações tinham pensado lançar uma candidatura para 2035, mas não chegaram a oficializá-la para apostar no Mundial 2039.
Portugal vai tentar somar o primeiro triunfo em jogos oficiais frente à Espanha, num duplo confronto com a campeã mundial, em que procura manter a liderança do Grupo A3 da Liga das Nações feminina de futebol. O primeiro duelo é esta sexta-feira (19h45, RTP1), em Paços de Ferreira. Nos seis encontros anteriores, as portuguesas somam duas vitórias, ambas ainda no século passado e em encontros particulares: 1-0 em 1983 e 3-0 em 1997. A história é claramente favorável às espanholas em jogos oficiais. Na qualificação para o Euro 2017, a Espanha começou por vencer em casa por 2-0, antes de golear em Portugal, por 4-1, com a atual capitã Dolores Silva a fazer aquele que é o único golo lusitano em jogos oficiais. Já na fase final, as espanholas a vencerem por 2-0. Esta semana, as jogadoras Tatiana Pinto (Atlético de Madrid), Joana Marchão (Servette) e Ana Rute (Sp. Braga) defenderam que a adversária dispensa apresentações, mas mostraram uma ambição, que reflete a evolução do futebol feminino português, ainda longe da realidade do país vizinho. Nos últimos anos, tanto em Portugal como Espanha deram um salto significativo, mas em dimensões muito diferentes. Enquanto a seleção espanhola se estreou em europeus em 1997, as portuguesas só lá chegaram 20 anos depois, em 2017. E se as vizinhas fizeram o primeiro jogo num Mundial, em 2015, a equipa das quinas só o conseguiu em 2022, ano em que a Espanha se sagrou campeã do mundo.O impulso para promover o futebol feminino em Espanha, que incluiu a criação de mais categorias de formação e melhores instalações, teve o auge com a profissionalização do campeonato. A liga espanhola tem 16 equipas e todas as jogadores têm um contrato com um ordenado, no mínimo, de 16 mil euros por ano. Uma realidade distante da amadora Liga BPI, que tem 12 equipas e na qual a maioria das futebolistas ainda está em situação precária, com o Sindicato de Jogadores ainda a lutar por contratos de pelo menos três ordenados mínimos, como na I Liga de futebol masculino.Verónica Boquete (jogou entre 2003 e 2017) foi a grande pioneira do futebol feminino em Espanha, assim como Carla Couto (no ativo entre 1991 e 2014) foi para o português. Hoje, Alexia Putellas e Aitana Bonmatí, jogadoras do Barcelona (bicampeão da Champions), dividem as atenções sobre quem é a melhor espanhola e a melhor jogadora a nível mundial. Uma realidade diferente das melhores portuguesas da atualidade, Kika Nazareth, que cumpre a primeira época no Barcelona, e Jéssica Silva, que atua no Gotham, dos EUA. Curiosamente, ambas estão lesionadas e falham os dois duelos com a Espanha.Estas baixas não retiram, no entanto, ambição à seleção. “Gostaríamos de contar com todas, mas o mais importante é o coletivo e as ausências nunca servirão de desculpa”, afirmou o selecionador Francisco Neto, acreditando a seleção poderá conquistar os três pontos. Querem organizar Mundial juntos em 2039Portugal, Espanha e Marrocos querem aproveitar a aliança e as infraestruturas do Mundial de futebol masculino de 2030 para organizarem o Campeonato de Mundo de futebol feminino em 2039. As três federações tinham pensado lançar uma candidatura para 2035, mas não chegaram a oficializá-la para apostar no Mundial 2039.