Substituiu Slater e seguiu em frente. Um dia de sonho na vida do surfista Matias Canhoto
Carlos Barroso/EPA

Substituiu Slater e seguiu em frente. Um dia de sonho na vida do surfista Matias Canhoto

Português de 17 anos foi chamado à ultima hora para o lugar do 11 vezes campeão mundial. E avançou para a terceira ronda do MEO Rip Curl Pro.
Publicado a
Atualizado a

Um verdadeiro dia de sonho para mais tarde recordar. Matias Canhoto, jovem surfista português de 17 anos, foi convidado à última hora (recebeu um telefonema na terça-feira à noite) pela organização para substituir o 11 vezes campeão mundial,o norte-americano Kelly Slater, na etapa portugusa do circuito mundial em Supertubos, Peniche. E esta quarta-feira a estreia não podia ter corrido melhor - passou a primeira fase e seguiu para a terceira ronda.

Na terceira bateria da primeira ronda, o jovem de Peniche ficou no segundo posto, com um total de 6,80 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (5,00 e 1,80), atrás do australiano Callum Robson (9,17) e à frente do norte-americano Griffin Colapinto (4,83).

Matias Canhoto, que se estreou numa prova da elite da Liga Mundial de Surf, chegou aos instantes finais do heat no último lugar, mas beneficiou de uma interferência de Colapinto - vencedor em Supertubos em 2022 -, que estava na liderança, sobre Callum Robson, e foi penalizado com a subtração da pontuação obtida na sua segunda melhor onda (4,83). Assim, o australiano e o português avançam para a próxima fase, enquanto Colapinto vai ter que disputar as repescagens.

“Estou a viver um sonho”, referiu o jovem de Peniche, contando o que sentiu quando recebeu o convite na terça-feira à noite: “Já nem consegui acabar o jantar e quase nem dormi a pensar nisto. É o mesmo que estar num jogo de futebol com o Ronaldo e o Messi. É a maior coisa que me aconteceu na vida.”

Quanto aos outros portugueses, Frederico Morais também seguiu em frente, vencendo a 12.ª e última bateria. Kikas fez 13,10 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (7,17 e 5,93), batendo o brasileiro Yago Dora (11,80) e o australiano Liam O’Brien (7,90), garantindo assim uma vaga na terceira ronda.

Pior sorte teve Joaquim Chaves, que foi terceiro na sexta bateria, mas ainda tem hipótese de seguir em frente na competição. O campeão nacional, de 20 anos, fez um total de 7,77 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (4,60 e 3,17), sendo superado pelo australiano Jack Robinson (14,76) - vice-campeão da edição de 2023 - e pelo norte-americano Crosby Colapinto (11,20), pelo que vai disputar a segunda ronda (ronda de eliminação). Na primeira bateria da repescagem, Joaquim Chaves vai enfrentar os norte-americanos Griffin Colapinto - vencedor em Supertubos em 2022 - e Jake Marshall.

Ao contrário do que era previsto, a organização decidiu parar esta quarta-feira a competição após a conclusão da primeira ronda masculina, não colocando na água a primeira ronda feminina, devido ao agravar das condições metereológicas, com o vento forte e desfavorável a prejudicar a formação das ondas na praia de Supertubos. Assim, a estreia da campeã nacional Francisca Veselko no grande palco do surf internacional ficou adiada.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt