Siga aqui em direto. Convocados de Portugal para o Euro2024
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Roberto Martínez anuncia a lista de 26 convocados para o Euro2024. Estreia de Portugal na prova é dia 18 de junho contra a República Checa.
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O que pode revelar do estágio?

"O período de preparação é um período muito bom porque acho que é importante ter três jogos particulares com os nossos adeptos, isso é essencial para podermos melhorar a parte psicológica do grupo. Temos também a oportunidade de trabalhar nas nossas instalações, na Cidade do Futebol, e de tratar cada jogador individualmente. O importante para nós é crescer durante o torneio. O apuramento deu-nos três jogos, e o objetivo da equipa é poder crescer todos os dias e utilizar esses três jogos para crescermos juntos. O compromisso, o esforço e a dedicação, dar tudo pela equipa num período de 24 ou 25 dias, é essencial para alcançar os objetivos", disse Martínez, que fará o primeiro treinao aberto à comunicação social no dia 2 de junho.

Martínez quer controlar o sonho

"Faz parte da preparação ter um sonho. Eu acho que para nós, a Seleção é isso, é um sonho. Todos os dias são uma oportunidade para alcançar objetivos, conseguir o que todos queremos fazer. A Seleção é isso, partilhar essa paixão das nossas vidas. Gostaria que a Seleção fosse tudo o que os nossos adeptos acham que pode ser. Posso prometer isso. A dedicação, o compromisso, o esforço, tudo o que os jogadores podem dar para mostrar da melhor forma o que a seleção representa. Nome?  [Os sonhadores?] Pode ser, mas gostaria de estar mais perto e controlar o sonho. Vamos pensar nisso".

A título pessoal, esteve em dois Mundiais e um Europeu. Como se compara a preparação? Sente que esta é a melhor oportunidade para conquistar uma grande competição e sente pressão adicional?

"É uma pergunta muito boa,mas muito difícil porque nunca olho para mim. O selecionador está aqui para relançar o trabalho dos jogadores e fazer uma equipa melhor, tentar dar tudo para termos vantagem tática no relvado. A Federação é muito profissional, como selecionador e equipa técnica temos tudo para atingir o nível máximo. Precisamos de estar todos os dias juntos para crescer. Quando me reformar, um dia podemos falar e olhar para trás. Enquanto selecionador, não gosto de falar do meu trabalho, mas sim do que podemos conseguir enquanto equipa. O talento dos jogadores é fácil de medir. Gostaria de transmitir a qualidade pessoal dos jogadores e a forma de mostrar orgulho para jogarem pela seleção, isso é muito importante para mim e dá-me muito orgulho e força".

Qual foi o jogador que lhe custou mais deixar de fora?


"Não gosto de falar de nomes em específico, mas acho que preciso de falar de um jogador que foi muito difícil deixar fora, que é o Ricardo Horta. É um exemplo, um jogador técnica e taticamente que é um sonho para um treinador. Mas há outros jogadores que são especialistas em jogadores que precisamos para o que queremos fazer contra a República Checa, a Turquia e a Geórgia. Foi impossível deixá-los de fora, mas ele fez tudo para estar na lista. Temos continuidade, que é importante para trabalhar conceitos. Gostamos de flexibilidade tática, mas temos jogadores com experiência, jogadores novos. O momento de forma do Francisco Conceição é importante. Temos opções para jogar com uma linha de cinco, de três, de quatro... De jogar com dois pontas-de-lança também. Acho que essa mistura do grupo a nível de jogadores é perfeita", explicou Martínez.

O que gostaria de dizer aos adeptos do Sporting que hoje devem estar triste por ver jogadores como Trincão, Pedro Gonçalves e Paulinho?

"Gostaria primeiro de dar os parabéns ao Sporting, acho que fez uma época ótima. Falei disso, sim. O Trincão teve azar, esteve na lista de março mas estava lesionado. O Pote não entrou. A lista não é deixar jogadores fora, o foco não é esse. O foco são os que estão dentro. Fizemos 10 jogos na fase de apuramento, um apuramento impecável, e há muita competitividade. A Seleção somos todos, não é para entrar nessas rivalidades de camisolas. Bruno Fernandes e Palhinha já representaram o Sporting e o Sporting é muito importante para ter jogadores na Seleção. Mas a convocatória do Europeu significa o trabalho dos últimos 18 meses. A mensagem para os jogadores que não estão na lista é que depois do Europeu recomeçamos este período e sempre têm o sonho e a esperança de vir à seleção num futuro muito próximo", garantiu o treinador espanhol.

Francisco Conceição só veio a uma convocatória sua e ultrapassou jogadores como Ricardo Horta ou Bruma...

"Ainda não, ainda não falei com o Chico. Acho que de janeiro até ao fim da época foi um jogador diferente. Joga com o pé esquerdo, é vertical, tem personalidade para mudar o jogo. É um 'espalha brasas' de um nível excecional. É um jogador diferente. Foi importante o facto de ter um estágio em março, foi impactante. A 2.ª parte contra a Eslovénia foi decisiva. No futebol, um jogador precisa de estar no momento e numa forma correta, e acho que ele é um bom exemplo de um jogador num momento ótimo e que aproveitou a sua oportunidade em março", explicou Roberto Martínez.

Guarda-redes: Diogo Costa, José Sá e Rui Patrício


Defesas: António Silva, Danilo, Diogo Dalot, Gonçalo Inácio, João Cancelo, Nélson Semedo, Nuno Mendes, Pepe e Rúben Dias

Médios: Bruno Fernandes, João Neves, João Palhinha, Otávio, Rúben Neves, Vitinha e Bernardo Silva

Avançados: Cristiano Ronaldo, Diogo Jota, Francisco Conceição, Gonçalo Ramos, João Félix, Pedro Neto e Rafael Leão

Roberto Martínez revela daqui a pouco os 26 eleitos de Portugal para o Euro2024.  Uma lista alargada que permite levar mais três opções para a Alemanha. Pepe e Francisco Conceição são as incógnitas maiores. Portugal tem a estreia no torneio marcada para o dia 18 de junho, diante da Rep. Checa. Croácia e Geórgia são os outros adversários na fase de grupos.

"Acho que é importante ter 26 jogadores, o jogo moderno tem cinco substituições e precisamos de trabalhar durante o treino. Depois dos jogos, o grupo é mais reduzido, e ter 26 permite que os jogadores tenham experiências para o futuro também. Não tem a ver com o número de minutos, mas sim com o papel. Os 26 são essenciais para ganhar. Há jogadores que não têm minutos, mas a experiência permite ao país continuar a progredir e melhorar. Faz parte. A nossa responsabilidade é criar experiências para os jogadores poderem ganhar jogos em torneio no futuro. Para nós é um exemplo muito bom porque temos muitos jogadores para escolher. É difícil, para nós, preencher 26 lugares com 34 ou 35 jogadores bons que temos. É uma boa notícia para o futebol português e para nós".

Em algum momento hesitou em convocar Pepe?

"Temos um balneário muito interessante porque temos jogadores de gerações diferentes. Os nomes do Pepe e do Cristiano são de uma geração diferente relativamente à do Bernardo, do Rúben Dias, do João Neves e António Silva. O papel do Pepe no balneário é importante, a forma de representar a camisola da Seleção. Acho que, durante o estágio, o futebol é uma luta constante. E foi interessante ver o Pepe fazer dois jogos em março e manter a baliza a zeros durante os 90 minutos em que jogou. A sua comunicação, o seu posicionamento, fazem com que, quando está apto, seja um jogador muito importante", respondeu o técnico espanhol, confessando o que espera de Cristiano Ronaldo: "É melhor falar dos dados. É um jogador que marca 42 golos em 41 jogos pelo seu clube, e isso mostra uma continuidade e capacidade física de estar sempre apto, além da qualidade que tem à frente da baliza que gostamos muito e precisamos."

Chamou muitos jogadores  que tiveram um época atribulada em termos físicos. Estão todos aptos e a 100%?

"Só Raphael Guerreiro, que foi muito importante para nós, tem um perfil e é uma pessoa especial, não está apto para o começo da preparação. Os outros: Pedro Neto entrou, fez o  É importante sempre ter uma decisão médica quanto aos jogadores, que estão aptos. Só Raphael Guerreiro, que foi muito importante para nós, tem um perfil e é uma pessoa especial, não está apto para o começo da preparação. Os outros: Pedro Neto entrou, fez o último jogo da época, Diogo Jota também está apto e Pepe também. Não há risco, é o risco normal. No futebol podem acontecer acidentes, mas acho que não estamos a correr riscos. Temos uma boa mistura de experiência e pernas frescas, com 'miúdos'. É uma lista de 26 jogadores que dará uma boa resposta"

Pode explicar como é que o Sporting só tem um jogador convocado? Trincão, Paulinho e Pedro Gonçalves estavam pré-convocados?

"Na minha experiência, na nossa forma de trabalhar, não foi possível para um jogador entrar na lista do Europeu se não fez parte da Seleção durante os últimos seis estágios. Acho que temos muitos jogadores, tivemos um apuramento impecável e temos decisões difíceis, mas que precisamos de tomar para ter uma equipa equilibrada com todas as opções que precisamos. Claramente acho que o Trincão e o Pote tiveram uma época excecional, mas tiveram azar porque o estágio de março era importante. Agora, para entrar na lista, precisamos de jogadores que saiam da lista. Com muita responsabilidade, honestidade e trabalho, as decisões têm em conta o que precisamos de fazer no Europeu", respondeu o selecionador.

Leva cinco centrais. É para jogar sempre com três?

"É importante ter uma flexibilidade tática. Levamos cinco centrais porque precisamos disso, podemos formar uma linha de três, até fazê-lo com jogadores que não são centrais. Acho que mostrámos que a equipa pode ter flexibilidade. O jogo contra a Finlândia e contra a Geórgia são boas oportunidades, jogam com linhas de cinco também. Mas temos cinco centrais, acho que é necessário para equilibrar a lista. O primeiro dia de treino é hoje, mas o primeiro dia oficial é dia 3. E aí começa a preparação. Mas gostaria que todos os adeptos comecem a trabalhar pela Seleção para estarmos todos juntos em Alvalade contra a Finlândia", defendeu o selecionador português.

E Toti? "O Toti é um jogador com um perfil claro, um central fisicamente muito forte, de pé esquerdo. Teve azar que o número de centrais são 5. O Toti é o 6.º. Não posso ser mais honesto. Acho que não é fácil ver jogadores como o Toti, o Matheus Nunes, o Ricardo Horta ou o André Silva, que tiveram um papel durante o apuramento, e que agora não podem entrar. Fazem parte do futuro da Seleção, sem dúvida. Temos 26 jogadores. Agora há três ou quatro jogos para terminarem as épocas nos clubes, e há uma pré-lista para se houver alguma lesão ou problema. Mas essa lista é clara. Há um total de 42 jogadores. Tem a ver com perfis, com posições, com a necessidade de haver uma troca e encontrar uma solução. Se for preciso, olharemos individualmente para o que precisamos. Mas até dia 17 de junho podemos alterar a lista, como sabem."

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