Sérgio Conceição: "Estou só contente, porque ganhámos mais um título, que vai para o museu"

Treinador tornou-se no mais titulada da história do FC Porto, após conquistar a Taça da Liga. Pinto da Costa foi ao relvado e fez questão de ser ele a colocar a medalha de vencedor a Sérgio Conceição.

"Este troféu é um título. Desde que estou aqui, fui a duas finais e perdi. Hoje ganhei a primeira Taça da Liga pelo FC Porto. Estou só contente, porque ganhámos mais um título, que vai para o museu e ainda não tínhamos ganho. O que está para trás não me diz nada. Desde que assumi o FC Porto enquanto treinador, todos os dias procuramos algo para se ganhar e ainda mais quando falamos de títulos", confessou Sérgio Conceição, que esta sábado se tornou o treinador com mais troféus ganhos de dragão ao peito, após vencer a Taça da Liga.

Este sábado os portistas venceram o Sporting e conquistaram o único troféu que faltava ao clube, juntando a Taça da Liga ao campeonato, à Taça de Portugal e à Supertaça. "Estamos num período bom. Não nos podemos esquecer que passámos cinco anos e meio de alguma dificuldade a nível financeiro. Olhamos para os futebolistas que foram protagonistas nesta prova e vemos jovens saídos da equipa B, juntamente com alguns atletas de muita experiência e fazemos um grupo fantástico. Ao longo destes anos, temos sido competitivos. Queria ganhar sempre, mas nem sempre é possível", disse o técnico azul e branco.

Sobre o jogo, Conceição admitiu que houve mais Sporting durante meia hora na primeira parte. "Ganhámos. Era importante. As finais ganham-se. Houve bons momentos. Fizemos o golo. Estrategicamente, definimos não ir buscar o Sporting como normalmente o fazemos. Estávamos a definir mal a zona e o momento de pressionar os centrais do Sporting, onde o Pedro Porro se metia numa zona muito baixa, o Wendell estava a querer vir buscá-lo alto e o Marcus Edwards a surgir nas costas dele obrigava o Stephen Eustáquio a sair. Foram bons 30 minutos do Sporting, mas a minha equipa também podia e deveria ter interpretado as coisas de outra maneira. A partir daí, não me lembro de mais nenhuma ocasião do Sporting durante a segunda parte", resumiu o treinador, admitindo que a tarefa "ficou mais facilitada com a expulsão do Paulinho".

O técnico revelou ainda que Pepe e Otávio jogaram limitados e destacou a fome de vencer do capitão. "Um super líder. É alguém que no balneário demonstra o meu estado de espírito. Nisso ele e eu somos muito parecidos, ambos temos uma vontade enorme de ganhar. E ele, apesar da idade [39 anos], tem vontade de aprender todos os dias. O Pepe já ganhou muitos troféus, mas continua com ambição e uma sede enorme de vencer. E depois disso cuida-se, é o primeiro a chegar e dos últimos a ir embora."

E estendeu o elogio a todos os jogadores: "São seres humanos fantásticos, porque por vezes não é fácil lidar comigo, acredito. Muito rigor, muita exigência, mas tem dado alguns frutos. É uma maravilha ver jogadores que chegam e conseguem ir para patamares diferentes."

Pinto da Costa foi ao relvado e fez questão de ser ele a colocar a medalha de vencedor a Sérgio Conceição, depois, à SIC, tirou: "Entramos sempre com respeito pelo adversário, mas para tentar ganhar. Foi um jogo tranquilo. Pena o envio dos very lights ou lá o que é, que podia ter consequências graves. Felizmente, parece que não." O presidente portista referia-se ao arremesso de tochas e artefactos pirotécnicos para a zona do banco leonino, alegadamente enviadas por elementos das claques desavindas do clube de Alvalade.

E depois de receber a medalha das mãos do presidente, o técnico ofereceu-lha: "Falamos do presidente com mais títulos no mundo e faltava esta. O [Pedro] Proença teve a amabilidade de lhe dizer para dar a medalha, temos uma relação de amizade e grandíssimo respeito, profissionalmente somos obcecados por ganhar, ele com 85 anos, continua como um menino, com brilho no olhar sempre à procura de mais."

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