Cristiano Ronaldo, capitão da seleção nacional
Cristiano Ronaldo, capitão da seleção nacionalFOTO: Gerardo Santos

Ronaldo: "Não joguei nada e não jogámos nada, mas vamos fazer aos dinamarqueses o que eles nos fizeram a nós"

A seleção nacional joga este domingo com a Dinamarca em Alvalade, onde terá de recuperar uma desvantagem de 0-1 para continuar na Liga das Nações. CR7 acredita no apuramento para as meias-finais.
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Cristiano Ronaldo admitiu esta que a seleção nacional não esteve bem na quinta-feira em Copenhaga, na derrota por 0-1 com a Dinamarca, na primeira mão dos quartos de final da Liga das Nações, mas deixou a certeza de que este domingo, no segundo jogo, em Alvalade a equipa das quinas vai ter "uma grande noite"

"Perdemos a primeira parte e qual é o problema? Não foi a primeira vez que Portugal perdeu na Dinamarca. Não joguei nada, não jogámos nada, mas acontece... há dias assim. Amanhã [este domingo] quero sair de Alvalade com a cabeça erguida, que é ganhar e passar a eliminatória. Vai ser uma noite bonita", afirmou o capitão da seleção nacional, admitindo que o momento é "um bocadinho mais tenso" e explicou porquê: "Sabemos que temos de ganhar, por isso faço um apelo para os adeptos estarem connosco. Temos de pensar positivo."

Ronaldo garantiu que "não houve falta de atitude", mas que "sim, faltaram coisas técnicas". "As coisas às vezes não saem como queremos e o ambiente não era propício para nós.", sublinhou, deixando a receita para dar a volta à desvantagem: "Não adianta estar nervoso, passado é passado, agora há que ser positivo e seguir em frente."

Questionado se falta exigência na seleção, Ronaldo disse não concordar. "Temos jogado bem e dias maus todos têm. Falam muito que temos a melhor geração, mas as melhores gerações são as que ganham: há gerações de ouro, de prata, de latão... sinto que há um certo negativismo à volta da seleção e não gosto disso", disse, deixando uma promessa: "Vamos fazer aos dinamarqueses aquilo que eles nos fizeram no primeiro jogo. Tenho a certeza que vou sair do jogo de cabeça erguida."

O capitão da equipa das quinas disse ainda ser "injusto criticar o selecionador", pois na seleção estão "todos no mesmo barco": "Quando perdemos, perdem todos, quando ganhamos, ganham todos."

Ronaldo lembrou ainda que "a seleção não tem jogado com equipas da terceira divisão, mas sim com seleções bem preparadas, que também jogam bem". E nesse sentido, frisou: "Temos uma excelente equipa e um excelente treinador. Temos feito bons jogos, mas às vezes as coisas não saem como queremos, mas vamos lutar para fazer melhor."

Questionado sobre a razão das exibições irregulares, Ronaldo lembrou que na seleção os jogadores "não jogam juntos todos os dias" e garantiu que "ter os melhores jogadores não chega para ganhar jogos".

Martínez: "Precisamos de melhorar muito"

Roberto Martínez, selecionador nacional.
Roberto Martínez, selecionador nacional.FOTO: Gerardo Santos

O selecionador nacional Roberto Martínez voltou a admitir que a exibição de Portugal com a Dinamarca "foi uma má", mas lembrou que o adversário é "uma equipa forte, que jogou bem, com agressividade e pressão alta".

"Precisamos de melhorar muito, mas é ajustar para aquilo que fizemos em novembro. Na Dinamarca não mostrámos a nossa identidade, não tivemos intensidade. O nosso jogo é amanhã [este domingo] e estamos a falar dos quartos de final da Liga das Nações", sublinhou. 

Roberto Martínez admitiu entretanto que existe "pressão interna máxima, não de fora", garantindo que a equipa tem "o apoio de todos na FPF".

O selecionador lembrou que a Dinamarca "ficou à frente da Croácia, que ganhou à França" nos quartos de final, reafirmou que em Copenhaga a seleção "não jogou bem". "Não tivemos identidade e intensidade, não acompanhámos a agressividade deles", disse, deixando uma certeza para este segundo jogo: "Queremos atingir a final four, esse é o objetivo."

Martínez assegurou ainda que os jogadores que tem à sua disposição "deram tudo" pela camisola que envergam, deixando a certeza de que "fazem isso exemplarmente". Nesse sentido, explicou que o problema está no intervalo longo entre jogos da seleção: "A distância entre o estágio de novembro e o de março mostra falta de comunicação, de poder ter interpretação correta. Na Dinamarca não conseguimos dar resposta à pressão que o adversário nos causou. No ano passado aconteceu a mesma coisa quando perdemos um amigável frente à Eslovénia."

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