Martínez tremido se falhar apuramento na Liga das Nações. Portugal venceu 4 de 6 eliminatórias a duas mãos
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Martínez tremido se falhar apuramento na Liga das Nações. Portugal venceu 4 de 6 eliminatórias a duas mãos

Seleção nacional obrigada a dar a volta à derrota por 1-0 com a Dinamarca no jogo deste domingo em Alvalade para seguir em frente rumo às meias-finais da Liga das Nações
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A derrota com a Dinamarca na quinta-feira, em jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga das Nações, obriga a seleção nacional a dar a volta à eliminatória no jogo da segunda mão, domingo, em Alvalade, para seguir em frente na prova. Ou seja, será preciso vencer os nórdicos por uma diferença de dois golos - triunfo por 1-0 pode bastar caso Portugal seja mais forte no desempate por penáltis.

Um novo deslize diante da Dinamarca, e a consequente eliminação da Liga das Nações, pode deixar o lugar de Roberto Martínez tremido. O selecionador nacional tem contrato com a FPF até 2026, mas recentemente a Federação Portuguesa de Futebol trocou de líder e a nova estrutura liderada por Pedro Proença pode fazer uma reflexão.

Curioasamente, Martínez completa este domingo dois anos à frente da seleção nacional, ele que tem um saldo globalmente positivo, com 19 vitórias, quatro empates e quatro derrotas. Foram 67 golos marcados (média de 2,5/jogo) e 19 sofridos (0,7 por jogo).

Depois de um início de grande sucesso no comando de Portugal, com 11 vitórias consecutivas, a seleção nacional só venceu quatro dos últimos 10 jogos, registando quatro empates e duas derrotas nos restantes. E é este registo que pode levar a atual estrutura a refletir sobre a continuidade do selecionador.

No jogo em Copenhaga, que terminou com uma derrota por 1-0, Portugal realizou apenas dois remates à baliza - o pior registo nos sete jogos desta edição da Liga das Nações.

Esta é a sétima vez que Portugal decide uma eliminatória a duas mãos. E o saldo é positivo para as cores nacionais, pois foi feliz em quatro ocasiões entre seis eliminatórias.

A primeira aconteceu no apuramento para o Euro 1960. Depois de ultrapassar a RDA, Portugal caiu aos pés da Jugoslávia. A primeira mão não correu mal com um triunfo po 2-1 no Estádio Nacional. Mas o segundo jogo em Belgrado terminou com uma goleada sofrida (5-1) e o consequente não apuramento para o Campeonato da Europa.

Dois anos mais tarde, em 1962, Portugal voltou a falhar numa eliminatória a duas mãos, desta vez na corrida pelo apuramento para o Europeu de 1964.

Diante da Bulgária, a seleção composta por craques como Eusébio, Simões, Coluna e José Augusto, começou com uma derrota por 3-1 em Sófia. Cerca de um mês depois, no Estádio do Restelo, Portugal venceu os búlgaros por 3-1, mas acabou por ser eliminado no desempate por grandes penalidades (4-5).

De resto, Portugal teve sempre sucesso nas eliminatórias a duas mãos.

Em 1959 no apuramento para o Euro1960 afastou a RDA (0-2 fora e 3-2 em casa).

Em 2009 e 2011 deixou pelo caminho a Bósnia, no play-off de apuramento para o Mundial2010 e do Euro 2012, respetivamente. Da primeira vez venceu os bósnios por 1-0 fora e em casa; da segunda, após um 0-0 em Zenica, Portugal goleou por 6-2 no Estádio da Luz, com um bis de Ronaldo e Postiga.

Em 2013 Portugal viu-se de novo obrigado a disputar um play-off para marcar presença no Mundial de 2014. E passou com sucesso no teste frente à Suécia de Zlatan Ibrahimovc. Venceu primeiro na Luz por 1-0 e depois em Solna por 3-1, com a particularidade de Cristiano Ronaldo ter apontado todos os golos.

Agora segue-se a Dinamarca, onde se espera que a seleção nacional consiga dar a volta à eliminatória e deixe uma imagem diferente da mostrada no jogo de quinta-feira, um desafio que o próprio Roberto Martínez reconheceu ter sido o pior dos últimos dois anos.

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