Portugal quer ajudar a organizar o melhor e mais sustentável Mundial
O objetivo da candidatura do Mundial2030 é simples: Organizar o melhor Mundial da história, seguindo uma política de sustentabilidade, sem deixar de ser inovador, e investir no futuro do futebol e pensar no impacto social do evento. Foi isso que Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), transmitiu na abertura da cerimónia da candidatura, esta terça-feira, na Cidade do Futebol, antes de ser desvendada “a visão, os pilares, o logótipo e o vídeo promocional” do evento que será organizado a três - Portugal, Espanha e Marrocos.
“Três países, dois continentes, uma única ambição: organizar um Mundial que fique na memória de todos. Um Mundial que a história recorde não apenas por ser o melhor de sempre, mas por ser aquele que definiu novos padrões para o futuro da competição. Um Mundial que as próximas gerações possam não apenas recordar, mas beneficiar. O futebol supera preconceitos, constrói pontes e une nações”, disse Fernando Gomes, agradecendo a Benfica, Sporting e FC Porto pela cedência dos seus recintos. O Estádio da Luz, Alvalade e Dragão vão receber jogos da fase de grupos, são candidatos aos oitavos e quartos e a uma meia-final.
O presidente da FPF espera que a candidatura deixe “uma marca que o tempo não consiga apagar”. Até pela intercontinentalidade, diversidade e multiculturalidade: “Trata-se de um projeto exigente, complexo, mas vamos honrar o desafio proposto pela FIFA. Vamos superar aquilo que nos pedem.”
O Mundial2030 vai passar por três continentes (seis países) e terá mais seleções (48 em vez das 32) e mais jogos (101). O arranque acontece no Uruguai, país onde a história da competição começou em 1930 e passa ainda pela Argentina (país campeão mundial em título) antes de chegar a Portugal, Espanha e Marrocos. A final do torneio será em Espanha - Santaigo Bernabéu ou Camp Nou - e “Portugal tem expectativas grandes de receber uma meia-final”.
António Laranjo: Do Euro2004 ao Mundial 2030
Yalla, Vamos 2030. É este o lema do slogan da candidatura. E o logótipo representa os elementos-chave da localização geográfica do vizinho ibérico e marroquino. “O Sol, que faz com que os nossos países sejam os principais destinos turísticos do mundo. O mar que celebra as linhas costeiras que nos ligam. O futebol a paixão comum no coração dos nossos povos”, explicou António Laranjo, coordenador da Comissão de Candidatura, sobre o logótipo, que espelha “três países admiravelmente diversos”.
A candidatura é assente em quatro pilares: sustentabilidade, inovação, investimento e impacto social. “Queremos que seja o primeiro Mundial na história a ter um impacto positivo no ambiente, na água e na biodiversidade e que as suas práticas se mantenham no futuro da competição. Defendemos a mobilidade sustentável em transportes com baixa emissão de gases poluentes, como o transporte ferroviário”, disse ainda o homem que liderou a organização do Euro2004 e que agora coordena a candidatura do Mundial2030.
Como os países já têm condições privilegiadas, os investimentos serão “criteriosos, racionais e sustentáveis”, e a melhoria das infraestruturas de cada país promoverá o bem-estar das populações, económico e social. Também por isso, asseguru Laranjo, o investimento português será “mínimo”.
O português Luís Figo, o espanhol Andrés Iniesta e marroquino Nourredine Naybet, bem como os capitães das respetivas seleções masculina e feminina, Cristiano Ronaldo, Dolores Silva, Álvaro Morata, Irene Paredes, Achraf Hakimi e Ghizlane Chebbak, são os embaixadores da candidatura.
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Texto retirado do zerozero.pt
https://www.zerozero.pt/noticias/luz-dragao-e-alvalade-vao-ser-palcos-do-mundial-2030/602131