Portugal procura 7.º título europeu de sub-17 em 36 anos
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Portugal procura 7.º título europeu de sub-17 em 36 anos

Maradoninha, que marcou o golo que deu o troféu em 2023, destaca Rodrigo Mora, Geovany Quenda, João Simões e Cardoso Varela. Estes jovens talentosos procuram a glória na final de hoje com a Itália.
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João Moutinho, Miguel Veloso, Vieirinha, João Coimbra, Paulo Machado (2003) e Diogo Costa, Diogo Dalot, Florentino Luís e Rafael Leão (2016) são os exemplos a seguir por Diogo Ferreira, Rodrigo Mora,  João Simões, Geovany Quenda e Cardoso Varela na final do Europeu de Sub-17, frente à Itália, hoje às 18.30 (RTP1), em Limassol, Chipre.

O selecionador João Santos diz que “quando não há força, há força de vontade” e foi por isso que, em sua opinião, esta seleção está na final do Campeonato da Europa, para a qual todos os jogadores estão disponíveis. “Temos apresentado um futebol positivo, gostamos de marcar golos. Somos uma equipa que cria muitas oportunidades, queremos continuar assim”, assumiu o treinador nacional.

Esta será a 30.ª final das seleções portuguesas. Nas 29 finais anteriores, a conquista do Euro2016 foi o ponto máximo dos 13 troféus ganhos, contra os 16 que as seleções deixaram fugir, sendo que o último foi, precisamente, frente à Itália em 2023, na final do Europeu de Sub-19. Portugal pode assim reforçar o estatuto de segundo país com mais títulos no escalão de Sub-17 (denominado Sub-16 até 2001), fruto dos sucessos em 1989, 1995, 1996, 2000, 2003 e 2016, tendo perdido apenas uma final, em 1988.

Márcio Sousa decidiu a final do Fontelo a 17 de maio de 2003 e acredita que há talento para uma nova conquista. O Maradoninha, como era apelidado, marcou o golo que bateu a Espanha (1-0) e entregou o título a Portugal. Foi esse o ponto alto da carreira do jogador, que nunca alinhou na equipa principal do F C Porto, nem  num clube da I Liga.

Hoje com 34 anos, olha para os finalistas do Europeu com esperança no sucesso. “A mentalidade passa por acreditarem que são capazes de fazer algo maravilhoso. É inevitável falar do Rodrigo Mora no meio-campo. O número 10 João Simões é um caso sério e os dois extremos [Geovany Quenda e Cardoso Varela] também têm talento, mas é a equipa que faz sobressair as individualidades.”

Rodrigo Mora tem sido um dos destaques de Portugal e entra na final como Melhor Marcador do torneio, com cinco golos, sendo que o último permitiu a reviravolta épica diante da Sérvia e colocou a seleção na final. Nascido em 2007 e formado pelo FC Porto, Mora deve integrar a pré-época do plantel principal, depois de se ter estreado na II Liga com 15 anos, tornando-se no mais jovem a jogar na prova.

A baliza tem estado entregue a Diogo Ferreira. Nascido em Viseu em 2007, o guarda-redes do Benfica espera fazer o mesmo caminho de Diogo Costa, Campeão da Europa de Sub-17 em 2016 e, agora, o dono da baliza da seleção A. Tem Neuer, Buffon e Ter Stegen como referências e Ronaldo como ídolo.

O algarvio João Simões já assinou contrato profissional com o Sporting. O esquerdino camisola 10 da seleção é o maestro e um dos capitães. O também sportinguista Geovany Quenda tem a integração no plantel principal garantida. Nascido na Guiné-Bissau, em 2007, é conhecido como Maradona de Alcochete  e joga nos Sub-23.

A coqueluche da equipa é Cardoso Varela, extremo nascido em Angola. Tem apenas 15 anos e um futuro promissor: afinal tornou-se no mais jovem da história a ter jogado na Youth League  pelo FC Porto (15 anos e um mês), sendo já cobiçado por PSG, Barcelona, Real Madrid, Manchester City e Bayern.

isaura.almeida@dn.pt

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