Portugal perde com a França e é eliminado no Mundial de andebol

A seleção portuguesa de andebol foi demasiado curta para conseguir um inédito apuramento para os quartos de final do campeonato do Mundo, perdendo por expressivo 32-23 com a França, quando precisava de vencer.
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Na terceira jornada do Grupo III da Ronda Principal, os lusos necessitavam de se exibir ao melhor nível, superar-se frente a uma das mais fortes seleções internacionais -- tem o recorde de seis mundiais, dois Jogos Olímpicos e quatro europeus -, porém raramente o conseguiram jogar de igual para igual frente a um rival que tinam batido duas vezes nos últimos três embates.

Na classificação do Grupo III, a formação comandada por Paulo Pereira ficou no terceiro lugar, com seis pontos, contra oito da Noruega, segunda, e 10 da França, primeira, que se qualificaram para os quartos de final.

Perante uma formação muito experiente, o conjunto de Paulo Jorge Pereira não foi eficaz a defender e falhou muitos passes no ataque, além de um conjunto de pequenos azares -- entre os quais, bolas nos ferros -- que impediram, em determinados momentos, um 'clique' que levasse a eventual recuperação.

Portugal conseguiu estar na frente somente no início, com vantagens de 1-0 e 3-2, altura em que os gauleses responderam com quatro golos consecutivos, passando a liderar por três (6-3), o que motivou desconto de tempo luso.

Perante um rival forte no ataque organizado, Portugal não conseguia travar a primeira linha gaulesa, muito eficaz, numas dificuldades defensivas que impediam igualmente de explorar o contra-ataque.

Os gauleses foram mantendo a vantagem, que chegou aos quatro golos, aos 11-7, com 17 minutos de jogo, numa altura em que os pupilos de Paulo Jorge Pereira falhavam alguns passes no ataque, permitindo transições rápidas em vantagem numérica.

Miguel Martins destacou-se numa altura em que os lusos estavam em desvantagem numérica -- exclusão de Iturriza -- com três golos que, juntamente com outros dois de André Gomes, devolviam a seleção, agora mais harmoniosa a defender e a atacar, à discussão do resultado, com 12-13.

Martins não esteve tão bem nos derradeiros minutos, falhando remates e passes que ajudaram os franceses a fugir outra vez no marcador, novamente para quatro golos (16-12), com que se atingiu o intervalo.

Timothey N'Guessan, com cinco golos, e Dika Mem, com quatro, eram as maiores dores de cabeça para as aspirações lusitanas.

A hercúlea missão de recuperar, pelo menos, cinco golos não era o melhor tónico para a etapa complementar, na qual o melhor que Portugal conseguiu foi estar a três golos.

Aos 16-19, os pupilos de Paulo Jorge Pereira sofreram três tentos consecutivos, com a diferença a passar para seis golos, que quebrou, definitivamente, o moral do grupo.

A França, cada vez mais segura e tranquila, deixou de ter opositor ao seu objetivo e foi avolumando a vantagem que no fim se cifrou em pesados nove golos (23-32).

Hugo Descat, com oito golos, foi o melhor marcador da partida, enquanto Miguel Martins se destacou na equipa lusa, com seis tentos.

Jogo no Pavilhão Desportivo Dr. Hassan Moustafa.

Portugal -- França, 23-32.

Ao intervalo: 12-16

Sob a arbitragem de Gubica Matija e Milosevic Boris, da Croácia, as equipas alinharam e marcaram:

- Portugal (23): Alfredo Quintana, Pedro Portela, Gilberto Duarte, Victor Iturriza (2), Miguel Martins (6), André Gomes (4), Belone Moreira (1), Alexis Borges (2), Fábio Magalhães (1), António Areia, Alexandre Cavalcanti (3), Rui Silva (1), João Ferraz, Diogo Branquinho (3) e Humberto Gomes.

Selecionador: Paulo Jorge Pereira.

- França (32): Vicent Gerard, Nedim Remili (2), Romain Lagarde (3), Melvyn Richardson (3), Dika Mem (5), Nicolas Tournat (1), Kentin Mahe (1), Timothey N'Guessan (5), Luc Abalo, Michael Guigou (3), Luka Karabatic, Ludovic Fabregas (1) e Hugo Descat (8).

Selecionador: Guillaume Gille.

Marcha do marcador: 2-2 (05 minutos), 4-6 (10), 7-9 (15), 10-12 (20), 12-15 (25), 12-16 (intervalo), 14-17 (35), 16-19 (40), 17-23 (45), 16-26 (50), 21-29 (55) e 23-32 (resultado final).

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.

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