O antigo presidente do FC Porto, Pinto da Costa, quebrou o silêncio contra aquilo que classificou como "ataques" para "denegrir o caráter, o trabalho e o legado" que deixou no FC Porto.Criticou a auditoria forense pedida pelo atual líder do FC Porto, André Villas-Boas, uma análise às contas do clube, na qual se concluiu que o clube perdeu 50 milhões de euros em comissões, tendo sido estimadas perdas de 5,1 milhões de euros na venda de bilhetes pela claque Super Dragões. .Auditoria forense à gestão de Pinto da Costa. FC Porto perde 50M€ em comissões e 5,1 em venda de bilhetes pelos SuperDragões. Para o antigo presidente dos dragões, as conclusões da auditoria "foram ao encontro do que quem as encomendou pretendia, lançando-se uma série de informações descontextualizadas".“Ao longo dos últimos meses tenho mantido o silêncio perante os ataques que me têm sido dirigidos procurando, assim, contribuir para a preservação do bom nome do FC Porto e para não suscitar instabilidade. Assisti no estádio aos primeiros jogos, tendo recebido inúmeras manifestações de carinho, mas que não foram bem entendidas por alguns. O silêncio deixa, assim, de ser uma opção, numa altura em que se torna por demais evidente o objetivo de denegrir o caráter, o trabalho e o legado de quem dedicou longos anos ao serviço do clube”, lê-se no comunicado de Pinto da Costa enviado ao jornal O Jogo.O antigo líder dos azuis e brancos negou que tenham existido irregularidades na venda dos bilhetes, indo contra as conclusões da auditoria forense feita pela consultora Deloitte às 879 transações dos dragões, entre as épocas 2014/15 e 2023/24. “Não se pode imputar diretamente à anterior administração qualquer atuação à margem da lei. Dirigir um clube com a dimensão do FC Porto, não é fácil. Implica tomar decisões complexas, arriscar, falhar algumas vezes, lidar com as consequências do que não corre bem”, considera Pinto da Costa. “Omite-se que as contas foram sempre auditadas pelas maiores empresas internacionais, inclusive pela agora autora da auditoria forense, sem nunca algo ter sido assinalado de irregular. Ignorou-se que o recurso às despesas de representação aprovadas pela Comissão de Vencimentos não são de agora (...) O atual presidente do Conselho Fiscal [ndr: Angelino Ferreira], sendo administrador financeiro da SAD no período imediatamente anterior ao da auditoria, também assim procedeu. Mesmo já depois de ter abandonado o cargo continuou a apresentar faturas para esgotar o saldo que deixou na SAD”, argumenta o antigo presidente dos dragões.Pinto da Costa negou ainda que a administração que dirigiu tenha deixado apenas "8 mil euros" na conta do clube. "Nada de mais falso, como agora se tornou evidente", diz. "Investimos e valorizámos um plantel que permitiu à atual administração, apenas na primeira metade da época, um encaixe de 167 milhões de euros", considera."Concretizámos novas parcerias, nomeadamente com a Ithaka, envolvendo a atribuição de uma verba de 65 milhões de euros. Foram ainda as receitas futuras desta nova empresa criada pela parceria com a Ithaka que serviram de garantia para o financiamento de 115 milhões de euros a longo prazo e que foi recentemente contratado. Do passe de Otávio para o Al Nassr, a atual administração vai agora receber mais 20 milhões de euros. Do legado faz ainda parte a qualificação do FC Porto para o novo Mundial de Clubes, consequência da competitividade internacional dos anos anteriores e interessante oportunidade desportiva e financeira. E deixámos também um estádio e um pavilhão integralmente pagos, bem como um centro de treinos e formação e um museu de última geração", enumera Pinto da Costa no comunicado. .Porto. MP pede condenação de líder dos Super Dragões