Marc Márquez pode festejar mais um título de campeão.
Marc Márquez pode festejar mais um título de campeão.MOTOGP

MotoGP. Marc Márquez pode igualar títulos de Rossi: 7 ou 9, eis a questão

Polémica com recontagem dos troféus não parece afetar o espanhol da Ducati, que se pode sagrar campeão mundial, no domingo, no Japão. O irmão Álex é o único rival na luta pelo título.
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Sete ou nove títulos mundiais? A contagem está envolta em polémica, mas Marc Márquez só quer é sagrar-se campeão do mundo de MotoGP durante o Grande Prémio do Japão, que se realiza domingo, 28 de setembro.

“Há coisas que fogem do nosso controlo. Depois de tudo o que vivi, se conquistar este título, significará o mundo para mim, sejam sete ou nove. Sou um grande fã do Barcelona, mas não me lembro do número de Bolas de Ouro que o Messi tem. O que realmente importa é o impacto que deixou no futebol”, disse o piloto da Ducati, deixando nas entrelinhas que está mais preocupado com o legado que deixa motociclismo do que com o número de títulos.

Este ano a Dorna, empresa proprietária dos direitos comerciais do MotoGP, que este ano decidiu fazer uma recontagem estatística dos títulos e só contabilizar os da categoria rainha. Mas seja qual foi a contabilidade usada, Marc Márquez pode sempre igualar aquele que é considerado o melhor de sempre, seja com sete triunfos no MotoGP, seja com os nove títulos mundiais. É que Marquez tem seis títulos no MotoGP, além de um no Moto2 e outro nos 125cc, enquanto Rossi tem sete no MotoGP, um nos 125cc e outro nos 250cc.

“A questão foi discutida com Marc e ele compreende perfeitamente o nosso ponto de vista [valorizar mais o MotoGP]. Marc Márquez será sete vezes, Valentino Rossi será sete vezes, Mick Doohan será cinco vezes. Giacomo Agostini é, em primeiro lugar, oito vezes campeão de MotoGP, mas, claro, é um campeão total de 15 vezes, mas ninguém lhe vai tirar os outros dois títulos”, explicou a Dorna, que já vendeu a exploração do MotoGP à Liberty Media, grupo proprietário da Fórmula 1.

Um luta de irmãos

Fustigado por várias lesões, o hexacampeão mundial Marc Márquez regressou às vitórias em grandes prémios, após 1043 dias sem vencer, por isso, segundo ele, este título terá “um peso diferente”, depois de “superar o maior desafio da carreira, a lesão sofrida em 2020”. Foi na abertura do campeonato quando, na sequência de uma queda, em Jerez, fraturou o úmero do braço direito, e teve de passar por quatro cirurgias, para voltar às pistas apenas um ano depois.

Esta época, um dos segredos da sua boa forma física (e do irmão) é o apoio do fisiologista português Emiliano Ventura na preparação física e otimização de rendimento desde o final de 2024. Os irmãos Márquez de Cervera (na Catalunha) dominaram o Mundial deste ano. Para ser campeão, Marc terá de terminar o fim de semana com uma vantagem de pelo menos 185 pontos sobre… o irmão Álex, o seu único rival na luta pelo título, quando ainda faltam cinco grandes prémios para o final do campeonato.

Atualmente, a diferença entre os dois é de 182 pontos, o que significa que, durante a corrida sprint (sábado) e o Grande Prémio de Motegi, terá de conquistar mais três pontos do que o irmão para poder festejar. Se o conseguir será a quarta vez que se sagra campeão mundial no Japão, depois de o ter feito em 2014, 2016 e 2018, quando competia pela Honda, a dona do icónico circuito de Motegi.

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MotoGP. Um dos segredos da boa forma dos irmãos Márquez é... um fisiologista português

Miguel Oliveira promete novidades para breve

Miguel Oliveira está “entusiasmado” com a oportunidade de correr em Motegi com as cores da Yamaha. O piloto português foi 9.º classificado nas duas provas anteriores, em Barcelona e São Marino, mas no Japão será difícil repetir a melhor posição da época. “O objetivo é lutar entre o 12.º e 10.º lugar. Um top 10 seria ótimo”, disse o piloto português, revelando ainda que “em breve saberão as novidades” sobre o seu futuro, depois da Yamaha ter anunciado que não conta com ele para 2026.

Sair do MotoGP depois de nove épocas na elite do motociclismo é o cenário mais provável para Miguel Oliveira que, desde a estreia, em 2019, venceu cinco corridas, incluindo o Grande Prémio de Portugal em 2020. Este ano a corrida de Portimão realiza-se de 7 a 9 de novembro.

isaura.almeida@dn.pt

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