Sporting empatou 1-1 em Eindhoven
Sporting empatou 1-1 em EindhovenMAURICE VAN STEEN/EPA

Leão entrou a dormir mas Bragança conseguiu acordá-lo a tempo

PSV foi muito superior na 1.ª parte e os leões só melhoraram depois da entrada do médio. Foi ele o autor do golo do empate que coloca o campeão nacional com 4 pontos.
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O Sporting empatou em casa do PSV Eindhoven 1-1, passando a somar 4 pontos, após duas jornadas da Liga dos Campeões. Rúben Amorim e os seus jogadores certamente já teriam a ideia de que os “passeios no parque” que têm sido os seus jogos no campeonato dificilmente poderão acontecer na Champions, como se comprovou durante boa parte deste desafio.

A grande novidade no onze leonino foi a presença de Geny Catamo no lado esquerdo do ataque, no lugar habitualmente ocupado por Pedro Gonçalves, com Gonçalo Inácio a regressar à titularidade. O PSV começou melhor, fazendo uma pressão alta que incomodava os futebolistas mais recuados do campeão português, que somavam perdas de bola comprometedoras - especialmente Gonçalo Inácio - vendo-se obrigados muitas vezes a lançar longo para um desamparado Gyökeres, muito bem controlado por Flamingo. Este jovem central neerlandês, de 21 anos, terá sido, muito provavelmente, quem melhor se opôs ao temível atacante sueco, desde que este chegou ao Sporting.

Aos 14 minutos, na sequência de mais um mau passe de Inácio, o PSV esteve perto do golo, tendo valido Franco Israel aos leões. Mas, logo a seguir, foi Debast a “meter água”, com um passe disparatado para zona perigosa: Geny Catamo deixou-se antecipar (pediu falta de Schouten), com o médio neerlandês a rematar ainda de fora da área, sem hipóteses para Franco Israel.

O PSV, para além da pressão alta, exagerava nas faltas (somou 12 nos primeiros 25’!), não deixando o Sporting jogar e Rúben Amorim certamente ficou ainda mais apreensivo quando Diomande saiu lesionado aos 30’. Os leões perdiam o seu único central impositivo no confronto físico, ficando o trio de trás composto pelo recém-entrado Quaresma, Gonçalo Inácio e Debast.

Curiosamente, foi a partir da saída de Diomande que o Sporting começou a soltar-se, com Quenda e Trincão a conseguirem dar um ar da sua graça no flanco direito e Nuno Santos a aparecer mais em jogo no lado contrário. Já Gyökeres continuava a ser impecavelmente marcado por Flamingo e os leões só tiveram uma “semi-oportunidade” de golo até ao intervalo, num lance em que Gyökeres chutou contra um adversário.

O segundo tempo começou com duas ocasiões para os visitados ampliarem para 2-0 e aos 52’ Rúben Amorim colocou Daniel Bragança no lugar de um apagadíssimo Geny Catamo, uma decisão que mudou o curso do jogo.

Aos 56’, De Jong, completamente isolado, falhou de forma pouco usual num ponta de lança da sua categoria, tendo respondido o Sporting, finalmente, com um lance de perigo, após combinação entre Quenda e Bragança, mas o remate do médio saiu torto. Os leões estavam no seu melhor momento, conseguindo por fim jogar no meio-campo dos neerlandeses, com Bragança a assumir a batuta. Aos 71’, Eduardo Quaresma, depois de uma das suas habituais arrancadas, surgiu completamente isolado diante de Benítez, mas quando parecia que ia fazer o 1-1… escorregou.
Logo a seguir, houve uma grande defesa de Franco Israel (excelente exibição do guardião leonino), respondendo Quenda com remate a rasar o poste. Aos 81’ Rúben Amorim lançou Maxi Araújo e Harder, em boa hora. Primeiro, o dinamarquês teve tudo para empatar a partida, mas foi o uruguaio a assistir no lance do golo do empate, apontado aos 84’ por Daniel Bragança, o homem que mais merecia.

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