Horta "tira" três objetivos ao FC Porto e Sporting cumpre no Bessa

Dragões perderam em Braga (1-0), após 58 jogos invictos no campeonato. "Não há festas antecipadas", avisou Sérgio Conceição. O ainda campeão venceu o Boavista (3-0).
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Com um golo apenas, Ricardo Horta roubou várias possibilidades ao FC Porto. O golo 100 da carreira do avançado bracarense deu o triunfo ao Sp. Braga (1-0), ditou a primeira derrota dos dragões no campeonato (tirando assim a Sérgio Conceição a hipótese de terminar sem derrotas, como aconteceu com Villas-Boas e Vítor Pereira), colocou fim ao ciclo de 58 jogos sem perder (recorde que a equipa portista queria aumentar) e eliminou, desde logo, e ainda antes de o Sporting entrar em campo, a possibilidade de o FC Porto festejar o título no dia 25 de Abril.

Com esta vitória sobre os portistas, os bracarenses chegaram aos 59 pontos, assegurando definitivamente o quarto lugar da I Liga, enquanto o FC Porto lidera com 82 pontos, mais seis do que o Sporting, que fechou a 31.ª jornada com um triunfo em casa do Boavista (3-0). Com três jornadas (e nove pontos em disputa) por jogar, os leões estão agora a um ponto de garantir o segundo lugar, uma vez que têm mais oito pontos que o Benfica.

No próximo sábado, os dragões recebem o Vizela com a certeza de que não poderão fazer a festa nesse dia. Mesmo ganhando, terão de esperar por um deslize do Sporting, domingo, em Alvalade, frente ao Gil Vicente. Se ambos vencerem no próximo fim de semana, a entrega do título fica adiada.

Na Pedreira, os dragões criaram perigo logo aos três minutos, mas Castro foi providencial a antecipar-se a Taremi, após passe de Evanilson da direita, anulando um lance de golo iminente dos portistas. Aos poucos o Sp. Braga equilibrou um jogo muito físico e com poucas oportunidades. Paulo Oliveira quase fez autogolo - Matheus impediu-o com rápidos reflexos - e Castro, ao segundo poste, pôs a defesa portista em sentido antes da meia hora de jogo.

Mesmo com menos posse de bola, o Sp. Braga criou duas grandes ocasiões para marcar nos últimos minutos da primeira parte, por Ricardo Horta, que atirou à barra (41') e por Abel Ruiz (44'). O segundo tempo foi morno, mas teve golo. Ricardo Horta fez o golo decisivo aos 54 minutos. Depois só deu Porto, mas Taremi (74' e 90'+1'), Galeno (79') e Otávio (90'+3') não conseguiram o empate desejado.

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"Não há festas antecipadas. Não há que levantar a cabeça. Há que baixá-la e pensar naquilo que se fez ou não se fez. É o meu sentimento e tem de ser o sentimento dos jogadores. Isto ainda não acabou e temos três finais pela frente", avisou Sérgio Conceição, lembrando que na reta final há sempre "uma ou outra situação armadilhada e que fica difícil de controlar", como as nomeações dos árbitros para os jogos decisivos. O treinador do FC Porto criticou a arbitragem de Hugo Miguel, tal como Pepe e Luís Gonçalves. O diretor portista voltou a protagonizar cenas lamentáveis no final do jogo, tendo sido impedido de se dirigir ao árbitro.

No Bessa, quando entrou em campo, o campeão Sporting já sabia que ia continuar a ostentar esse estatuto, pelo menos por mais uma semana. Dentro das quatro linhas, a equipa de Rúben Amorim fez o que lhe competia e venceu o Boavista, com golos de Matheus Nunes, Marcus Edwards (às três tabelas) e Tabata (grande penalidade).

O jogo ficou ainda marcado por um golo anulado a Gonçalo Inácio. Apesar disso, o defesa central viu o seu nome escrito na ficha de jogo por ter visto o primeiro cartão amarelo no campeonato... e o segundo em 42 jogos esta época, sendo que o outro foi com o Besiktas.

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isaura.almeida@dn.pt

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