Fernando Santos entre a calma e a garantia: "Portugal quer ser primeiro"

Portugal venceu o Uruguai (2-0) na segunda jornada do grupo H e apurou-se para os oitavos de final.
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Portugal apurou-se para os oitavos de final do Mundial 2022 ao vencer o Uruguai (2-0), mas Fernando Santos acabou o jogo a pedir calma. Porquê? "É que depois levantamos muito alto, é melhor ter calma. Foi uma vitória merecida, a equipa cumpriu com o que disse. Tivemos um ou outro período menos bom, mas a primeira fase já está. Estamos apurados, agora é continuar a trabalhar para melhorar o que é preciso melhorar", disse o técnico no final do jogo à RTP.

Reconhecendo "muito mérito" ao triunfo português, o selecionador não quis saber dessa "coisa do brilhantismo". Para Santos, o "importante era manter a equipa sólida". E isso foi mais ou menos bem conseguida: "Mostrámos claramente uma unidade fortíssima, quer na qualidade de jogo quer no vínculo entre eles. É assim que se conseguem coisas positivas. Vamos trabalhar sempre assim, queremos dar uma alegria ao povo português e a nós próprios."

Para o selecionador nacional, Portugal foi superior e não se assustou com a entrada impulsiva do Uruguai: "Eles entraram ali muito agressivos, a tentar assustar-nos, mas penso que não havia necessidade de terem feito isso naqueles primeiros minutos. A equipa reagiu muito bem, com muita confiança e sobriedade. Disse aos jogadores ao intervalo que tínhamos de pegar no nosso jogo, trocando, jogando, aparecendo com confiança. Este é o nosso jogo e precisávamos de pegar. Houve algum cansaço, podiam ter entrado outros, mas são 26 e podem jogar todos. O importante é que ganhámos e ganhámos bem."

Fernando Santos explicou ainda a escolha de William para jogar ao lado de Rúben Neves: "Temos jogadores com muita rotatividade, o João [Cancelo], o próprio Ronaldo, o Bernardo, o Bruno... e o William é muito cerebral, a bola corre rápido com um dois toques, um dois toques. Também podia ter tomado outra opção. Era preciso que a bola rodasse com alguma simplicidade e o William tem isso. Além disso, também temos outras questões que são importantes na análise às bolas paradas."

Quanto ao último jogo, com a Coreia do Sul de Paulo Bento, vai fazer poupanças ou o lançar a melhor equipa para segurar o primeiro lugar, de forma a evitar o Brasil? Fernando Santos diz que "nem sequer" pensou nisso: "Acabou o jogo, estamos qualificados. Amanhã vou pensar nessas coisas com calma." Já na sala de Imprensa disse que "Portugal quer ser primeiro", independentemente de quem possa encontrar ou evitar.

Sobre Nuno Mendes disse que não é médico e que há que esperar para ver.

Bruno Fernandes bisou. Inicialmente o primeiro golo português foi atribuído a Cristiano Ronaldo, mas que a FIFA deu-o ao médio do Manchester United. À RTP3, Bruno disse que a ideia era apenas cruzar para CR7. "Eu festejei como se tivesse sido golo do Cristiano. Pareceu-me que ele tinha tocado na bola, o meu objetivo era fazer um cruzamento para ele. Independentemente disso, estamos felizes pela vitória, marque um ou marque outro. Sabemos que o Cristiano é um avançado que procura golos e é mais significativo para os ponta-de lança, assim como para o Gonçalo, o André, o Rafael e o João, mas o mais importante é o objetivo conseguido que é estar na próxima fase", disse o camisola 8 de Portugal.

Ronaldo reagiu no Instagram. "Estamos nos oitavos do Mundial! Grande trabalho, equipa! Frente a um adversário de grande mérito, fizemos valer a nossa força e a nossa qualidade. Vamos em frente! Estamos na luta e o nosso sonho continua bem vivo! Força, Portugal!", escreveu o capitão.

Já Diogo Costa elogiou a equipa no jogo com o Uruguai e admitiu que o primeiro lugar é o objetivo: "Claro que sim, mas o mais importante é que passámos esta fase. Se pudermos passar em primeiro, melhor, mas o que interessa é este principal objetivo, que era passar."

O guarda-redes falou ainda sobre o lance do jogo com o Gana que ia valendo o empate final aos ganeses. "Foi um erro que cometi, felizmente não deu golo. Felizmente também não preciso que ninguém me diga nada, eu aprendo comigo mesmo. A confiança vem com o trabalho todos os dias e não só pelos jogos", atirou o guardião português.

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