Estoril vence Benfica e marca encontro com Sp. Braga na final
Nuno Brites / Global Imagens

Estoril vence Benfica e marca encontro com Sp. Braga na final

Triunfo nos penáltis, após empate nos 90 minutos, permite aos canarinhos lutar pelo primeiro troféu. Rafik Guitane foi o homem do jogo e Bernardo Vital o herói nos penáltis.
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Histórico. O Estoril Praia apurou-se pela primeira vez para a final da Taça da Liga, depois de vencer o Benfica (5-4 no desempate por penáltis, após 1-1 nos 90 minutos). Os canarinhos já tinham eliminado o FC Porto na fase de grupos e são agora a 11.ª equipa a disputar uma final da prova que coroa o campeão de inverno. 

No ano do 85.º aniversário, o Estoril vai assim lutar pelo primeiro troféu do seu historial, no sábado, no Municipal de Leiria (19.45), diante do Sp. Braga. E o treinador da equipa estorilista quer “desfrutar da responsabilidade de estar numa final”. Desde 2016, quando o Moreirense ergueu a Taça da Liga, que um dos três grandes não falhava a disputa pelo troféu. 

Hoje, no Estádio de Leiria, a exemplo dos bons desempenhos que teve esta época diante do FC Porto, o Estoril entrou bem na partida, a condicionar a saída a jogar do Benfica. Di María tentou explorar o jogo interior e em velocidade, arma da qual também dispunham os canarinhos Koba Koindredi (de saída para o Sporting) e Rodrigo Gomes. Foi o jovem leão emprestado que serviu Rafik Guitane para o primeiro golo do jogo, aos 16 minutos. Uma boa jogada do Estoril Praia pela esquerda, com Heriberto Tavares e Rodrigo Gomes a combinarem e Guitane a ajeitar a bola para o pé esquerdo, batendo Trubin ao primeiro poste. 

Logo depois, Rafa desperdiçou um lance que podia valer o empate. Após uma boa triangulação entre Kokçu e Aursnes, o internacional português, completamente sozinho e em zona frontal, rematou fraco e permitiu a defesa de Dani Figueira. A equipa encarnada foi ganhando o controlo da partida. Mas por muito que os homens da frente tentassem, a melhor oportunidade de golo do Benfica até ao fim da primeira parte foi um cabeçeamento de António Silva (24’). 

Faltava apurar a finalização para chegar ao empate e Roger Schmidt mostrava perder a paciência com isso mesmo - até viu um cartão amarelo. O segundo tempo manteve a mesma lógica de desperdício. Até que o capitão Otamendi colocou ordem na casa e fez o empate. O defesa central foi à área para finalizar de primeira, após um passe de João Mário... que Musa deixou passar por baixo das pernas para a bola ir ao encontro do defesa central argentino. 

Até final, as bolas perdidas foram alimentando alguns lances perigosos. Rafa ia batendo Figueiras num desses lances, aos 68 minutos, antes de Roger Schmidt mudar o ponta de lança - Petar Musa deu lugar a Marcos Leonardo. Só que o reforço brasileiro falhou a reviravolta no marcador ao não concluir da melhor forma uma grande jogada coletiva a menos de 20 minutos para o fim do jogo. Tiago Gouveia avançou pela esquerda, deu para Rafa Silva, que combinou com Di María e este assistiu Marcos Leonardo... que atirou ao lado.

Schmidt ainda estreou Álvaro Carreras (o 13.º espanhol a jogar no Benfica) e quase evitava o desempate por grandes penalidades, mas Ángel Di María acertou no poste! Seria o prenúncio do que viria depois. Na Taça da Liga não há prolongamento e, por isso, as equipas seguiram logo para a marcação das grandes penalidades. Onde o Estoril acertou mais vezes na baliza e viu a eficácia premiada com uma inédita presença numa final, através do último pontapé de Bernardo Vital.

isaura.almeida@dn.pt

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