Classe de Di María na maior goleada do Benfica ao FC Porto na nova Luz
FOTOS DE GERARDO SANTOS

Classe de Di María na maior goleada do Benfica ao FC Porto na nova Luz

Equipa de Bruno Lage venceu, por 4-1, na 11.ª jornada da I Liga e colocou em evidência fragilidades da equipa portista.
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Classe de Ángel Di María, numa vitória (4-1) com números vistos pela última vez há 60 anos. Mais precisamente desde o dia 13 de dezembro de 1964, que as águias não marcavam quatro golos aos dragões. Foi mesmo a primeira goleada do Benfica ao FC Porto em 26 anos e a primeira no novo Estádio da Luz. A última vez tinha acontecido em 1998, quando as águias venceram, por 3-0. Com este triunfo, o Benfica reforçou o 3.º lugar do campeonato liderado pelo Sporting, com 25 pontos e apenas a dois do 2.º, o FC Porto, e sendo que têm ainda em atraso o encontro da 8.º jornada, com o Nacional.

Nenhum treinador desejaria o que aconteceu no outro jogo - vitória memorável do Sporting, na despedida de Amorim -, mas tiveram de lidar com um atraso na classificação ainda maior. Quase siameses na progressão da carreira, Bruno Lage e Vítor Bruno fizeram apenas uma mudança significativa no onze titular. O benfiquista devolveu o equilíbrio à equipa com Florentino (nem se deu pela presença dele, mas esteve lá e fez toda a diferença) e o portista apostou em Galeno em vez de Pepê e não seria bem sucedido.

Com lotação esgotada e o ambiente espetacular no Estádio da Luz, o Benfica entrou melhor no jogo da jornada 11 da I Liga, mesmo que a maior parte dos adeptos presentes não tenham conseguido ver nada até aos cinco minutos, dado o fumo criado pelo uso de material pirotécnico, que obrigou à interrupção do encontro por alguns instantes. Galeno foi o primeiro a ver a baliza, mas o remate desenhado em arco saiu ligeiramente por cima da baliza de Trubin, que teve muito menos trabalho do que Diogo Costa durante todo o encontro. 

O guarda-redes dos dragões  esteve na mira de Di María e Orkun Kökçü, mas seria batido pela primeira vez pelo improvável Álvaro Carreras. Depois de sofrer um toque que o deixou queixoso e levou alguns adeptos a temer uma saída precoce do jogo, o lateral colocou os encarnados em vantagem com um golo que saiu de um passe longo de Tomás Araújo. 

Como seria de esperar o golo galvanizou a equipa encarnada e intranquilizou os azuis e brancos, que viram os reflexos do seu número 1 colocados à prova uma e outra vez, antes de Pavlidis testar a sua sorte... Azar para o grego, a bola bateu no poste.

O FC Porto tinha mais posse de bola, mas sentia dificuldades em toda a linha. Mas um erro inacreditável de Otamendi deu uma ajudinha antes do intervalo. O capitão não conseguiu o corte e a bola foi ter com Samu Aghehowa, que se limitou a encostar para a baliza deserta mesmo antes do intervalo. Foi o oitavo golo do jovem avançado espanhol na I Liga em outros tantos remates! Uma rara eficácia de 100%. 

Num Clássico com sete estreias -Pavlidis, Aktürkoglu no Benfica e Tiago Djaló, Francisco Moura, Nehuén Pérez, Martim Fernandes e Samu Aghehowa no FC Porto - a primeira parte foi interessante, com poucas paragens e quase nenhuma picardia desnecessária (28 minutos de tempo útil de jogo), o que só engrandeceu o Clássico dos clássicos do futebol português. 

O Benfica regressou dos balneários por cima e construiu uma vantagem confortável sem que o FC Porto o conseguisse impedisse. Fredrik Aursnes conduziu o contra-ataque e ofereceu a Di María a oportunidade de brilhar com uma finalização cheia de classe... fazendo a bola passar por cima de Diogo Costa no 2-1 para os encarnados. O 3-1 surgiu de um lance similar ... em que Nehuén Pérez introduziu a bola dentro da própria baliza ao tentar impedir que Pavlidis marcasse. 

Apesar de ter a vantagem do seu lado, o Benfica continua bastante superior ao FC Porto e Otamendi teve a sua vingança. Subiu à área portista, sacou um penálti para o amigo Di María fazer o 4-1 e sair ovacionado. Impressionante a falta de oportunidades por parte dos dragões, que estiveram muito abaixo - fez apenas três remates à baliza - e interrompem o melhor início de campeonato das últimas sete épocas. 

isaura.almeida@dn.pt

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