Palácio de Mafra.
Palácio de Mafra.André Luís Alves / Global Imagens

Três dias dedicados à música europeia em Mafra

As Jornadas de Mafra arrancaram hoje com programação até quinta-feira que conta com conversas, ateliers, atuações e um documentário.
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Durante três dias Mafra vai dedicar-se à música europeia com as Jornadas de Mafra sobre o lema Música Agora! Musica Nostra ! Music Now !.

O evento é organizado pelo projeto Centro Europeu da Música em parceria com o Município de Mafra, a Europa Nostra, o European Heritage Hub, a Terrafoundation, a associação Divino Sospiro e o Centro Nacional de Cultura. As atividades terão lugar no Palácio Nacional de Mafra, Palácio dos Marqueses, Casa da Música Francisco Alves Gato, Auditório Beatriz Costa. “Hoje é um momento extremamente difícil para a Europa e a música é fundamental. É um elo que existe e uma linguagem universal de união, de fraternidade, de alegria”, afirma ao DN Jorge Chaminé, presidente do Centro Europeu da Música.

As Jornadas de Mafra contam com o patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e de Emmanuel Macron, presidente francês. 

O primeiro dia será dedicado ao momento musical Via Scarlatti, que pretende homenagear Domenico Scarlatti com conversas, ateliers criativos e uma atuação no auditório Francisco Alves Gato com os pianistas Shani Diluka, Isabel Dobarro e Pedro Emanuel Pereira. 

O segundo dia do evento, quarta-feira, irá contar com a presença de eurodeputados e representantes de instituições da União Europeia, incluindo o comissário europeu Glenn Micallef e a Ministra da Cultura portuguesa, Dalila Rodrigues, para conversas sobre a “centralidade da música como bem comum europeu”. Nesse dia, a programação contará ainda com a atuação de Divino Sospiro sob a direção de Massimo Mazzeo, com a participação especial da pianista Shani Diluka e da música iraniana Shadi Fathi. “É muito importante para nós que Shadi Fatih vá atuar, devido ao combate quotidiano no Irão das mulheres”, sublinha Jorge Chaminé. “A música permite constantemente isso, estabelecer pontes, estabelecer pontes para todos e não alimentar o que hoje me parece muito grave na sociedade, que é a divisão, a falta de escuta, a falta de diálogo”, acrescenta. 

No último dia do evento, a programação conta com um encontro da Rede de Casas e Museus de Músicos Europeus. Está ainda marcada a projeção do documentário Une Saga Culturelle, de Nadège de Peganow. 

O evento terá também uma vertente pedagógica com atividades com a Escola José Saramago, em Mafra. “Hoje temos que olhar para a música como um utensílio de união, de fraternidade, porque, infelizmente, estamos num momento extremamente difícil, não só na Europa, mas no mundo inteiro, em que as pessoas já não sabem escutar”, acrescenta. 

O evento ia contar com participantes de outros países que não conseguiram vir por causa do apagão desta segunda-feira. Jorge Chaminé explica que “s apagão foi extremamente grave para nós, porque muitas das pessoas perderam a possibilidade de estarem presentes”.

O Centro Europeu da Música é um projeto que Jorge Chaminé criou há 25 anos na Europa. “Estou muito contente de que o meu país, onde nasci, Portugal, faça parte deste projeto”, conta o músico português.

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