'Sónar 2025': tecnologia, arte e música estão de regresso ao Parque Eduardo VII
A arte, tecnologia e eletrónica estão de volta ao Parque Eduardo VII e ao Pavilhão Carlos Lopes com o festival Sónar Lisboa 2025, de 11 a 13 de abril. Entre as novidades divulgadas ontem em conferência de imprensa, Paulo Amaral, diretor do Sónar Lisboa, destaca em conversa com o DN o alargamento do recinto do festival e a localização da praça de alimentação no parque.
Relativamente à programação, a organização tenta não repetir os mesmos artistas todas as edições. “Há tanta coisa boa a acontecer no mundo que a nossa equipa de programação vai buscar todos os nomes. Não só nomes novos, mas também nomes que ainda não são muito conhecidos”, explica.
O cartaz conta com 46 artistas nacionais e internacionais do mundo da eletrónica que irão atuar nos três palcos do festival: SonarClub by Heineken no interior do Pavilhão Carlos Lopes, e SonarVillage e SonarPark, os dois palcos exteriores. Alguns dos destaques da programação musical são Underworld, Nina Kraviz, Richie Hawtin, Clementaum, entre outros.
Dexter é um dos artistas portugueses que está programado atuar no dia 12 de abril juntamente com a DJ Caring no palco SonarClub by Heineken. Ao DN, o artista refere que é a sua estreia no palco do festival, mas sempre admirou o evento: “Comecei a ir ao Sónar em 1995, em Barcelona, e fui durante muitos anos. Em Lisboa esta será a minha primeira vez como artista, mas como raver, como clubber, será a minha segunda vez”.
Sobre a sua atuação no festival, revela que juntamente com a DJ Caring estão a preparar uma atuação dinâmica. “A atuação vai ser apenas uma hora. Por isso, vamos tentar que seja uma coisa mais dinâmica possível. Vamos tocar um tema cada um e tentar que seja uma coisa que passe por vários géneros”, diz o artista, acrescentando que tem expectativas altas para esta edição.
O festival está dividido entre Sónar by Day e no Sónar by Night, com concertos a começar às 13.30. “Há música própria tanto para o dia como para a noite. Por exemplo, durante o dia aqui no Sonar há palcos no exterior e a música também é pensada para isso. As pessoas estão sentadas na relva e a relaxar antes de se aventurarem por outras batidas mais aceleradas. Nos espetáculos à noite há a um aspeto visual e tecnológico que é apresentado pelos artistas”, acrescenta Paulo Amaral.
Ao mesmo tempo que decorrem os concertos, existe uma programação paralela intitulada Sónar+ que irá acontecer na Casa do Lago do Parque Eduardo VII. Esta conta com três masterclasses dos artistas digitais Boldtron, da dupla de artistas visuais Hamill Industries e da curadora Kaitlyn Davies.
Os irmãos Boldtron explicam ao DN que o seu workshop irá focar-se no uso de Inteligência Artificial como ferramenta. “Queremos quebrar barreiras da Inteligência Artificial. Queremos que as pessoas percebam como podem usar isto para o seu benefício”.
Os artistas Boldtron colaboram com o Sónar Barcelona há alguns anos. “Somos de Barcelona, mas vivemos em Lisboa há dois anos e meio. A organização convidou-nos para participar nesta edição”, afirmam os artistas, acrescentando que gostaram muito das duas últimas edições do festival em Lisboa. “ O Sónar em Barcelona é enorme , com milhares e milhares de pessoas. E aqui é mais acessível a muitos níveis. Esta vai ser uma boa oportunidade para nos conectar com algumas pessoas”.
Aos festivaleiros, Pedro Amaral deixa uma sugestão: experimentar ouvir novos artistas. “Há tanta coisa boa para ver nos três palcos, façam escolhas, arrisquem coisas novas. É ótimo sair de um festival e descobrir coisas que não conhecíamos. É para isso que os festivais servem, para educar um pouco as pessoas a procurarem coisas que não conheciam antes”.
O público português no festivaltem vindo a a aumentar ao longo destes quatro anos, sendo 40% portugueses e 60% estrangeiros. “O número de pessoas que estão a vir ao festival pela primeira vez também tem aumentado. Temos muito público de Espanha, de Inglaterra, de França, de Alemanha, de Holanda. Público vindo da Ásia está a começar a aparecer no festival, nomeadamente pessoas do Japão”, diz o diretor do festival.
O preço dos bilhetes varia entre 45 e 219 euros.