“Roménia sempre deu importância à Educação. E sobretudo a Educação Musical tornou-se uma obsessão”
Foto: Paulo Spranger

“Roménia sempre deu importância à Educação. E sobretudo a Educação Musical tornou-se uma obsessão”

O mundo viu Cristian Macelaru dirigir a Orquestra Nacional de França no Jogos Olímpico de Paris2024 à chuva. Agora esteve em Lisboa a apresentar o Festival Enescu, do qual é o diretor artístico.
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Dirigiu a Orquestra Nacional de França na cerimónia de abertura dos recentes Jogos Olímpicos. Pode explicar como foi viver esse momento?

Nos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, tive a oportunidade de dirigir a Orquestra Nacional de França, da qual sou diretor Musical. Era uma ideia em que vínhamos a trabalhar há alguns anos, mas claro que tudo foi mantido confidencial porque os organizadores queriam que fosse uma surpresa. À medida que a data da cerimónia se aproximava, manteve-se o sigilo o mais possível. Por isso, mesmo eu não sabia como seria a cerimónia. Tinha noção do meu papel, mas, no geral, não fazia ideia. Por isso, foi realmente fantástico dirigir cerca de duas horas de música ao vivo durante a cerimónia. Eu estava mesmo em frente à tribuna, e consegui ver tudo na perfeição. Tinha o melhor lugar. E queria ver tudo a desenrolar-se ao vivo, porque mesmo durante os ensaios, não víamos muitos dos elementos. Portanto, foi de grande intensidade a apresentação, e tanto eu como a orquestra fomos surpreendidos ao ver tudo aquilo a acontecer. E fazer tudo enquanto chovia sobre a orquestra também foi um desafio [risos].

A chuva afetou certamente a forma como atuou a orquestra.

Bem, sim, tudo teve de ser ajustado. Os instrumentos eram diferentes e alguns músicos estavam a usar capas de plástico. Decidi pessoalmente não usar plástico protetor porque estava nos Jogos Olímpicos e pensei: “Não posso parecer que estou a tentar proteger-me.” Então fiquei à chuva durante duas horas. Foi uma experiência e tanto [risos].

Sobre esta Orquestra Nacional Francesa, é uma orquestra multinacional, especialmente estando baseada em Paris, uma das grandes capitais culturais? Afinal, tem um maestro romeno.

Sim. Aquilo que une uma orquestra é o estilo de tocar. E para entrar em qualquer orquestra, em qualquer parte do planeta, é preciso aderir a esse estilo. A Orquestra Nacional Francesa, antes de mais, é a única orquestra em França que manteve a tradição dos instrumentos franceses, porque alguns dos instrumentos, sobretudo os sopros, são diferentes. Assim, mantivemos o fagote francês, que é muito diferente do fagote alemão. Parece o mesmo, mas as chaves são diferentes. O som é diferente. E todos os compositores franceses, Ravel, Debussy, escreveram para o fagote francês. E 99% do mundo toca hoje no fagote alemão. Mantivemos também o estilo francês de tocar clarinete. Também a escola de cordas para tocar música francesa, é muito diferente. O que se ensina em Paris no Conservatório, o estilo de tocar, é muito diferente do estilo alemão, do estilo russo ou do estilo americano. Portanto, é um conceito que, acima de tudo, mantemos na orquestra. E há pessoas de muitas nacionalidades que adotam este conceito e este estilo de tocar, que vêm estudar para França e depois lá permanecem. Temos um clarinete solo fabuloso, um dos meus favoritos no mundo, que se chama Carlos Ferreira, e é português. Também estudou em Paris. E é um dos membros mais valiosos da orquestra. É mundialmente famoso. E toca neste estilo.

Se quisermos ouvir algo 100% autêntico de Ravel, tem de ser a Orquestra Nacional Francesa?

Sim. E os nossos discos completos de Ravel serão lançados em breve, porque este é o 150.º aniversário. E, voltando à ideia da característica internacional de uma orquestra, acho lindíssima, porque representa o que há de mais belo na cultura e nas artes: reunir pessoas de todo o mundo.

Para um maestro romeno trabalhar em Paris é natural? A ideia que tenho é que a França sempre foi uma espécie de modelo para a Roménia. Isso é verdade?

Certamente, na perspetiva romena, a França sempre foi um modelo a seguir, mas não sei se os franceses sabem disto [risos]. A Roménia sempre foi muito francófona. A língua mais falada depois do romeno durante muitos anos foi o francês. Bucareste foi muito planeada a partir de Paris e a alta sociedade da Roménia a língua que falava era o francês.

Se alguém dessa elite romena doutra época quisesse emigrar, Paris era a capital sonhada?

Paris era o único lugar, sim. Mas também é importante compreender a História da Roménia, porque a Roménia que temos hoje tem, na verdade, pouco mais de 100 anos. Assim, quando falamos da elite romena que emigrava para Paris, estamos a falar das regiões da Roménia que eram já Roménia. Portanto, não estamos a falar da Transilvânia e do Banato, que faziam parte do Império Austro-Húngaro. Para essas, seria mais fácil ir para Viena.

Nasceu no Banato, em Timiso-ara. Tem memórias da infância, que coincidiu com os últimos anos do regime comunista?

Sim, muitas. Tinha quase 10 anos quando se deu a revolução na Roménia, em 1989. E lembro-me muito bem do facto de, na década de 1980, a austeridade imposta pelo governo ser muito pesada. Estava tudo num cartão de racionamento. O governo dizia quanta carne, quanto açúcar ou quanta manteiga se podia comprar por semana, para cada pessoa da família. Lembro-me de que para comprar algo tinha que se ficar na fila. Oficialmente, nada podia ser feito, nada funcionava. Estava-se duas horas na fila para comprar pão, três horas para comprar leite. No entanto, as pessoas aprendiam a sentir-se confortáveis com um sistema que operava na sombra. Toda a gente, se precisasse de ir ao dentista, tinha de levar, digamos, uma garrafa de whisky para poder entrar no consultório. Mas como se consegue a garrafa de whisky? Bem, talvez fosse do mecânico de automóveis. E depois, se o dentista viesse a precisar de arranjar o carro, a única forma era trazer-lhe uma garrafa de whisky. Tudo era baseado em trocas, não tinha nada a ver com dinheiro, porque o dinheiro não tinha valor. Não se podia comprar a garrafa de whisky, tinha que se recebê-la de outra pessoa, como pagamento.

As autoridades comunistas combatiam esse sistema alternativo ou eram discretamente cúmplices deles?

Estavam no topo do sistema, porque eram eles quem conseguia trazer aquela possível garrafa whisky de fora do país. E depois geravam todo este ciclo. Esta foi a sociedade em que cresci. E lembro-me dos meus pais, e de todos os que nos rodeavam, estarem sempre a tentar pensar num amanhã diferente, mas, ao mesmo tempo, não faziam a mínima ideia do que poderia ser diferente. Como a Roménia estava completamente fechada, não se podia viajar. Poucas pessoas tinham permissão para viajar, e só por motivos específicos. E muitas das pessoas que saíam da Roménia, por exemplo para um intercâmbio de trabalho, não regressavam.

Cresceu numa família de amantes da música?

Sim. O meu pai e a minha mãe decidiram que a música era mesmo importante para nós. Mas deixe-me fazer aqui um parêntesis para dizer que uma das coisas que a Roménia sempre fez foi dar importância à Educação. E sobretudo a Educação Musical tornou-se uma obsessão. De certa forma, em linha com outros países da Europa de Leste, a Educação Musical e a formação eram de um nível absurdamente alto.

Não precisava de uma garrafa de whisky para poder ter aulas?

Não, era preciso sim ter talento e trabalhar muito. E era muito intensa a aprendizagem. Recordo-me que quando cheguei aos Estados Unidos, aos 17 anos, toda a formação que fizera na Roménia era muito superior a qualquer coisa que fizesse nos Estados Unidos. Mesmo ao nível do mestrado, a teoria musical e a formação musical não eram tão intensas como as que eu tinha feito no 8.º ou 9.º ano na Roménia.

A música era uma aposta do regime comunista, mas também já fazia parte da tradição da Roménia monárquica?

Sim, com certeza. E remonta a George Enescu e a outras pessoas, no final do século XIX, que estabeleceram as bases para um sistema educativo musical realmente excelente.

Referiu Enescu. É o grande nome da música clássica romena?

Na altura, Enescu era mesmo o grande nome. Estamos a falar de alguém que nasceu em 1881. Portanto, que cresceu nas duas últimas décadas do século XIX. E, nessa altura, a Roménia não era um país tão focado neste tipo de arte erudita. Se olharmos para o mapa, há uma grande encruzilhada onde a Roménia fica. Por causa do Danúbio, do Mar Negro e dos Cárpatos sempre se manteve como uma fronteira entre o Norte e o Sul e entre o Leste e o Oeste. Tantos impérios e povos, ao longo de mais de mil anos, vieram e trouxeram as suas influências. Mas o país era, sobretudo, uma sociedade agrária. Não era tanto uma sociedade que florescesse, porque quando as pessoas passam fome, é muito difícil pensarem em arte. Depois, quando se chega a um patamar economicamente estável, investe-se nas artes. É um progresso natural do funcionamento das sociedades, e é por isso que, na década de 1880, quando Enescu nasceu como um talento inacreditável, muito foi possível. E a Roménia, na verdade, onde se destacava era nas tradições e na música folclórica. É o país mais rico que conheço em termos de tradição e produção folclórica. É a arte popular que se faz. Na tecelagem, por exemplo, é a criação dessas belas roupas que são realmente únicas. Na música também. E isso é algo que Bartók descobriu quando começou a viajar na Transilvânia e a documentar toda a música folclórica. Descobriu que cada aldeia da Roménia tinha a sua própria versão da tradição e dos elementos musicais.

E essa música folclórica romena afetou a obra de Enescu?

Enescu vem desse legado. Era extremamente talentoso e com pais ricos. Quando Enescu tinha apenas 5 anos, levaram-no a um professor na cidade. Não sabiam o que fazer com ele. E o professor disse: “Têm de o mandar para Viena imediatamente para que possa estudar.” Então, Enescu foi para Viena muito cedo, com 7, 8 anos. Foi para estudar, e lá conheceu Brahms, que ainda estava presente. E há uma história de Enescu a tocar para Brahms. Já adolescente, Enescu foi para Paris para continuar a estudar, porque Paris era realmente o centro do ensino da música clássica. Foi estudar composição. E estudou com Fauré e Massenet. E os compositores franceses, Ravel, Debussy, respeitavam-no muito.

Portanto, formou-se tanto em Viena como em Paris. Mas manteve sempre a tal ligação à tradição musical romena?

A forma como descrevo a música de Enescu é que manteve a alma romena. Enescu sempre manteve o elemento folclórico na música, mas é uma linguagem harmónica fortemente influenciada pela escola wagneriana dos compositores germânicos, e com este belo toque de orquestração e estilo dos compositores franceses.

É algo único?

Penso que é algo único na História da Música, não apenas na Roménia, porque Enescu absorveu tanto de onde quer que estivesse que criou realmente a sua linguagem musical. Na época, não havia compositores com a qualidade de Enescu na Roménia, nem com a qualidade, nem com a produção, e Enescu foi o primeiro a abrir uma escola de composição na Roménia. Começou a promover a ideia de que podia haver compositores na Roménia, e o país começou a trilhar esse caminho, houve a criação de uma orquestra, e depois o Ateneu foi construído e transformado numa sala de concertos. E é por isso que ele não é apenas respeitado como compositor ou intérprete, mas também como a pessoa que iniciou a Roménia nesse caminho. Ora, tinha essa capacidade, porque, tendo estado no Ocidente, era muito apreciado. Teve acesso a bastante dinheiro por causa da sua carreira, mas também estava muito ligado à família real. Casou com uma senhora de uma família quase da realeza, o que foi uma tragédia para ele, porque quando as coisas começaram a mudar, e, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, acabou por perder tudo, porque estava associado à monarquia. Enescu morreu na pobreza, em Paris, sem poder sequer pagar qualquer tipo de cuidados. A única coisa em que estava interessado era em compor e retribuir ao seu povo. Era muito leal às raízes romenas.

O maestro Cristian Macelaru na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Debaixo de chuva.
O maestro Cristian Macelaru na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Debaixo de chuva.

É diretor do Festival Enescu, que se realiza em agosto e setembro em Bucareste. Associamos muito a Roménia à música clássica. Este é o soft power da Roménia, a música clássica em geral, e o Festival Enescu em particular?

Bem, sim, porque Enescu e o Festival Enescu tornaram-se, desde a revolução de 1989, quando começou o formato atual, talvez a maior marca que a Roménia tem para oferecer ao exterior. E para que uma marca tenha realmente sucesso, é necessário que tenha respeito dentro e fora do país. O Festival Enescu reúne definitivamente estes dois aspetos. Os romenos orgulham-se de três coisas: do Festival Enescu; da geografia da Roménia - cada romeno lhe falará da beleza da Roménia; já esteve na Roménia, sabe que é fantasticamente bonita; e em terceiro lugar, falam do atual boom económico criado pelas TI. Portanto, estas são três coisas de que as pessoas na Roménia se orgulham. Mas o Festival Enescu, sendo o maior embaixador cultural e catalisador da qualidade e excelência romenas, é uma afirmação importante. E é interessante, historicamente, que 1958, o ano da criação do festival, coincidiu com o momento em que a Roménia disse: “Fora com a influência russa.” E foi quando expulsaram o Exército russo. Desde a Segunda Guerra Mundial, havia uma presença russa muito forte.

A Roménia pertencia ao Bloco Soviético, mas queria ser diferente. Lembro-me de ver a Roménia desfilar, em 1984, na abertura dos Jogos de Los Angeles, ignorando o boicote de Moscovo. Não se tratava apenas de uma decisão de Ceausescu, vinha de antes. E o Festival Enescu fazia parte do esforço de manter a distância com Moscovo?

Usaram a ideia de alinhar a Roménia com o Mundo Ocidental, através da cultura. Esse foi um motivo secundário para a criação do festival, em 1958. A primeira razão era promover a música de Enescu, mas viram isso como oportunidade, porque Enescu era muito conhecido fora da Roménia. Mas relembro que o governo romeno não interveio para ajudar Enescu em 1955. O túmulo de Enescu ainda se encontra em Paris. Portanto, houve uma geração de músicos, pensadores e políticos que viram uma oportunidade de fazer algo certo por Enescu, celebrando o seu génio e a sua música, mas também de se alinharem, através da reputação de Enescu, com o Ocidente.

Portanto, este festival foi também um movimento político. Mas tolerado pelo regime.

Viam isso como algo útil. Tudo durante o regime na Roménia tinha de ser feito de uma forma que tivesse um duplo ou triplo significado. E, se pensarmos bem, é semelhante ao regime soviético, porque os compositores soviéticos escreviam algo que, superficialmente, soava patriótico, mas para o mundo exterior era um enorme alarme. Shostakovich foi um mestre nisso.

Como romeno com uma carreira internacional, como olha para o seu país? Houve muitas mudanças nos últimos 40 anos, e hoje estão na União Europeia, também na NATO. A Roménia é uma história de sucesso?

Sim, a resposta curta é sim. Penso que a Roménia, desde 1989, criou uma geração que se concentrou muito em alinhar o país com a parte Ocidental do mundo. É uma das razões pelas quais a adesão à NATO foi tão importante. Porque veja o que está a acontecer hoje. Entrámos para a NATO numa altura em que era aceitável para os russos. Se não, estaríamos na mesma situação que a Ucrânia. E passámos a fazer parte da União Europeia e, agora, também estamos no Espaço Schengen. Mas geograficamente sempre estivemos em desvantagem na Europa, porque estamos realmente na fronteira externa. Encontramo-nos na tal encruzilhada. A Roménia sempre alinhou com o Ocidente, por vezes em nosso prejuízo. Mas fizemo-lo para podermos mostrar a toda a União Europeia, e à Europa, enquanto continente, a nossa lealdade aos valores que partilhamos. Portanto, é uma história de sucesso no sentido em que conseguimos fazer parte desta família europeia mais vasta.

Essa vocação ocidental continua forte entre os romenos?

Se olharmos, em alguns aspetos, na verdade, Portugal e a Roménia são muito semelhantes, estando nos extremos deste continente. E é interessante porque penso que, se olharmos para o que a União Europeia está a tentar alcançar em termos de um conjunto unificado de valores e ideias, esta é, na verdade, de certa forma, a parte mais difícil da missão. Porque está a tentar unir as pessoas, mas elas estão a chegar de diferentes pontos da História. Porque cada sociedade tem um ciclo no seu caminho de avanço e de desenvolvimento. Quando se tenta unir países que estão em jornadas diferentes, e se tenta fazer com que todos façam parte da mesma jornada, isso é muito difícil. Esse é o problema. E onde podemos realmente ser melhores como União é ao mesmo tempo permitirmos a identidade que é dada pela cultura de cada país, e celebrar isso. Sabe, depois do recital organizado em Lisboa pelo Instituto Cultural Romeno, fui a uma Casa de Fado, e foi tão bonito. Também me lembro de ir a Madrid e ouvir flamenco. E quando levo as minhas orquestras para o Festival Enescu, contrato sempre um grupo da Roménia para dar um concerto especial depois da nossa participação no festival, para que os músicos possam ouvir música folclórica romena. Essa é a identidade realmente verdadeira e bela que é única em cada lugar, e é isso que deveríamos celebrar, não porque seja nacionalista, mas porque fala da nossa individualidade. As pessoas, nesta nossa grande União, sentem que estão a perder a sua própria identidade. Muitas pessoas sentem que sua identidade é apagada por fazerem parte de um experiência política tão grande, e é aí que o atrito começa. É aí que as pessoas sentem: “Ah, não me podem impor o que eu faço no meu país.”

Está a explicar alguns eventos políticos recentes na Roménia...

É por isso que, no momento em que alguém perde a sua identidade cultural, tenta substituí-la pelo nacionalismo. Identidade cultural não é nacionalismo. Identidade cultural é o aspeto mais belo do indivíduo, de cada região, até mesmo do mundo.

Há muita curiosidade em Portugal sobre a Roménia por causa da língua latina, porque estão rodeados de povos germânicos, eslavos, magiares. Ser uma espécie de ilha latina faz a diferença para a identidade nacional?

Sim, porque é incrível, para mim, o quanto a forma como pensamos é influenciada pela língua que falamos. Com cada língua que aprendemos, ganhamos uma perspetiva diferente do mundo. Quando falamos uma língua latina que é tão semelhante à de nações irmãs, pensamos sobre conceitos de forma semelhante. Talvez esta seja uma das razões pelas quais nós romenos sempre tentámos criar uma ponte até França, até Itália, até mesmo Portugal. Temos muitas influências, os magiares a Oeste, e a Leste a de alguns vizinhos na gastronomia, mas talvez por causa da língua latina partilhada, tentamos conectar-nos mais com o Ocidente.

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