Os 50 anos de rádio de Fernando Alves: "Os dias eufóricos da rádio"

O dia 1 está quase apagado na memória dele. Nítido é o outro primeiro dia, anterior,o dia em que entra no edifício da rádio pela primeira vez, (ali ao lado da cervejaria TANTAN, onde comia amendoins e se bebiam as primeiras minis) para fazer o programa do jornal de parede do liceu de Benguela, " Vento Novo". O miúdo a quem já sopravam a alcunha do Crónicas (ele explica), haveria de nos soprar muitos ventos pela janela da rádio, 50 anos de ventos, na voz inconfundível do jornalista Fernando Alves.
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A magia começa no parapeito duma janela, a ver as mãos dos sonoplastas a fazer palavras de sons.

Nesse outro dia, o dia 1 de Julho de 1970, apresentou discos pedidos. Não se lembra de nenhum. A fita tem de ser puxada atrás, para percebermos o encanto e o espanto dele com a telefonia. Mas no dia 1 de Julho do ano de 1970, tinha ainda 15 anos, o Crónicas começou a ganhar salário, a ter horário, e tarefas para cumprir. Entrou para a tribo, na rádio Clube de Benguela.

Até hoje são 18262500 dias, à acreditar na soma feita pela máquina de conversão do Google, tantos números quantas as letras do nome Fernando, e são os 50 anos que nos levam à conversa, contaminada, mas pouco, pela pandemia que vivemos. A não ser pela "gratidão", que deixa no ar, à direcção interina da TSF, e pela " crueldade" do lay-off que nos tocou. Palavras de uma certa desordem, como são as palavras de que ele mais gosta.

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