Morreu Lyle Mays, teclista que ganhou 11 Grammy com o Pat Metheny Group

O teclista que foi co-fundador do Pat Metheny Group morreu aos 66 anos, de doença. Foi um músico que recebeu inúmeras distinções e ainda se dedicava à programação informática e à arquitetura.
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Lyle Mays, um teclista de jazz cujo trabalho musical, principalmente como elemento fundador do Pat Metheny Group, mereceu 11 prémios Grammy, morreu na segunda-feira em Los Angeles. Tinha 66 anos.

O músico sucumbiu após uma "longa batalha contra uma doença recorrente", segundo anunciou o site de Pat Metheny.

"Lyle foi um dos melhores músicos que já conheci", escreveu Metheny. "Ao longo de mais de 30 anos, todos os momentos que partilhamos na música foram especiais. Desde as primeiras notas que tocamos juntos, tivemos um vínculo imediato. A ampla inteligência e sabedoria musical diziam quem ele era em todos os aspetos. Sentirei a sua falta com todo o meu coração", lê-se na mensagem de Pat Metheny.

"Lyle era um músico e uma pessoa brilhante, e um génio em todos os sentidos da palavra", disse a sobrinha, a compositora e vocalista Aubrey Johnson. "Era o meu querido tio, mentor e amigo, e as palavras não podem expressar a profundidade da minha dor."

Natural de Wausaukee, Wisconsin, Mays via a mãe e o pai tocar piano e violão e, quando era jovem, iniciou-se no órgão. Foi co-fundador do grupo com o guitarrista Pat Metheny na década de 1970, onde foi intérprete, compositor e autor de arranjos. O estilo de fusão inovador do grupo incorporou tudo, desde rock e jazz contemporâneo até world music.

A banda recebeu inúmeras distinções por performances de jazz, ganhou Grammys, e prémios de melhor álbum de jazz contemporâneo, incluindo o prémio de 2005 de "The Way Up". Mas o grupo também recebeu um prémio em 1998 de melhor interpretação instrumental de rock de "The Roots of Coincidence".

Mays também participou em álbuns de artistas de jazz, rock e pop, incluindo Joni Mitchell, Rickie Lee Jones e o grupo Earth, Wind & Fire.

Ainda ajudou a compor a banda sonora de vários filmes, incluindo "The Falcon and The Snowman", de 1985.

Lyle Mays, que apreciava os aspetos técnicos e analíticos do seu ofício, bem como a parte do improviso, era também um programador de computador autodidata e arquiteto que projetou uma casa para um familiar.

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