Esta vai ser a maior (e mais verde) Feira do Livro de Lisboa
A Feira do Livro de Lisboa vai atingir este ano o número recorde de 328 pavilhões, numa edição - a 89ª - que se apresenta mais sustentável e inclusiva. São 25 os novos participantes perfazendo um total de 138; são 32 novos pavilhões somando um total de 328; e há mais 10 marcas editoriais, num total de 636 editoras e chancelas.
Ao todo, a Feira aumenta em dois mil metros quadrados, essencialmente nos espaços verdes, tendo crescido para o lado de quem sobe o Parque Eduardo VII num espaço que será dedicado aos novos participantes. Entre os quais estão a livraria Ler Devagar, a Fundação EDP, o Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia (MAAT), a Fundação Serralves e o Museu Coleção Berardo.
Outra novidade é o aumento das "praças editoriais", ou seja, locais com pavilhões do mesmo grupo editorial, à semelhança do que já acontece com a Presença, a 2020, a Leya e a Porto Editora, e que este ano passam a ser também usadas pela Relógio d'Água e pela Almedina.
Segundo o secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Bruno Pacheco, "serão quatro os adjetivos que qualificam esta Feira do Livro: mais, melhor, mais verde e mais familiar". Isto porque o mote vai ser uma feira "mais verde" e em defesa da sustentabilidade ambiental. Exemplo disso é a expansão, para além do espaço dedicado aos novos participantes, para a zona do relvado central, de onde foi removido o gradeamento e onde vão ser criadas "zonas 'lounge'" com espreguiçadeiras. Esta iniciativa pretende responder "ao desafio lançado no ano passado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, no sentido de a Feira do Livro de Lisboa explorar o parque na sua plenitude", disse.
Entre as novidades sustentáveis para o planeta está também a disponibilização de sacos de papel reutilizáveis, numa parceria com a The Navigator Company, que vai distribuir 60 mil sacos de papel.
Na restauração, os utensílios descartáveis vão ser biodegradáveis, e em todo o percurso entre os corredores, os mil metros quadrados de alcatifa que era colocada no chão, nas anteriores edições, foram substituídos por piso reciclável, a ser usado nas próximas edições -- como o que existe nos parques infantis -, feito a partir de 1800 pneus reciclados.
Foi estabelecida uma parceria com a Universidade Nova de Lisboa que irá fazer uma avaliação das medidas ambientais.
As famílias e as crianças voltam a ser um dos principais focos da feira, tendo sido criado uma zona onde podem "ter experiências sensoriais que se têm ao ler um bom livro". No que respeita à restauração, a oferta será mais diversificada, com oito novas opções numa total de 42 disponíveis. Outra novidade é a existência de pontos para carregamento de telemóvel e WI-FI gratuito nas principais praças do recinto.
A Hora H funciona de segunda a quinta-feira, na última hora da feira, ou seja, entre as 21:00 e as 22:00, mantendo-se, assim, a antecipação da hora de fecho, das 23:00 para as 22:00, decidida na edição anterior.
De regresso estará igualmente a iniciativa "Doe os seus livros", em que os visitantes podem doar livros novos ou usados, que serão entregues a crianças e jovens de várias instituições de solidariedade social, disse Bruno Pacheco, revelando que no ano passado foram distribuídos 30 mil livros.
Em 2018, a Feira do Livro de Lisboa registou um total de 492 mil visitantes.