Um dos cérebros doados ao Banco Português de Cérebros
Um dos cérebros doados ao Banco Português de CérebrosRui Oliveira / Arquivo Global Imagens

Dezenas de cérebros doados à ciência vão estar em exposição na Universidade do Porto

Ao longo de três salas temáticas, “Histórias para salvar” percorre doenças neurológicas, o trabalho do Banco Português de Cérebros e a arte que se inspira nas ciências médicas.
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Uma imersão no estudo do cérebro humano e nas patologias neurológicas, combinando ciência e arte. É assim que a Universidade do Porto apresenta a exposição "Histórias para Salvar – 10 Anos do Banco Português de Cérebros", que é inaugurada nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, na Casa Comum da Reitoria.

Composta por três salas temáticas, a exposição apresenta dezenas de cérebros doados ao Banco Português de Cérebros (BPC) para investigação, acompanhados por textos, vídeos e obras de arte. Segundo a vice-reitora da Universidade do Porto, Fátima Vieira, citada em comunicado, "esta é uma experiência educativa, reflexiva e artística sobre doenças neurológicas que destaca a importância do trabalho desenvolvido pelo BPC".

A primeira sala foca-se nas doenças que afetam o cérebro, como Alzheimer, AVC, Epilepsia, Parkinson e Demência Frontotemporal, abordando o histórico e os avanços no diagnóstico e tratamento dessas condições.

A segunda sala é dedicada ao Banco Português de Cérebros, criado em 2014, que conta atualmente com 140 cérebros doados para estudo. Além de informações sobre o funcionamento do Banco, serão exibidos instrumentos utilizados na recolha e análise do tecido cerebral, cedidos pelo Museu do Hospital de Santo António.

O percurso culmina na terceira sala e na Galeria II, onde a arte contemporânea interpreta o cérebro e as suas complexidades. As instalações de Maria Beatitude exploram a memória e identidade, enquanto Cristina Mateus trabalha com imagens para refletir sobre as doenças neurológicas. "A dimensão artística da exposição aproxima a sociedade civil da ciência e da cultura, tendo o cérebro como tema unificador", destaca Ricardo Taipa, coordenador de investigação da exposição e diretor do Banco Português de Cérebros.

“Nesta exposição o discurso científico e o discurso artístico são colocados lado a lado para a exploração e discussão da complexidade do cérebro e das doenças que o afetam e impactam a vida dos indivíduos e das suas famílias”, afirma Fátima Vieira. “São três salas onde se apresentam dados científicos e avanços médicos, mas também uma interpretação artística, pessoal e sensível de temas que envolvem o cérebro, a memória e a doença, proporcionando ao público uma compreensão mais profunda e humanizada deste tema”.

A exposição estará aberta até 3 de maio, de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h30, e aos sábados, das 15h00 às 18h00. A entrada é gratuita.

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