Exclusivo "Como viver e filmar sem desviar a atenção do sofrimento?"
Grande acontecimento do cinema português, Pathos Ethos Logos, de Joaquim Pinto/Nuno Leonel, chega amanhã às salas: é um objecto monumental, à beira do inclassificável, ligando passado, presente e futuro, reflectindo sobre "a banalidade que acompanhou as maiores atrocidades".
Revelado no Festival de Locarno de 2021, Pathos Ethos Logos, de Joaquim Pinto / Nuno Leonel, resiste a qualquer tentativa de descrição. Desde logo, porque as suas três partes somam mais de dez horas (641 minutos, para sermos exatos). Depois, porque através das suas personagens e histórias cruzadas deparamos com sinais muito concretos do nosso presente, sempre pontuados por uma vibrante dimensão espiritual. Os três filmes - que existem como três partes de um só filme - estarão a partir de amanhã no cinema Ideal, em Lisboa (para depois começarem a circular por todo o país), levando-nos a questionar o que é, o que pode ser, o cinema aqui e agora. Os realizadores responderam, por escrito, às perguntas do DN.
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