O mundo dos espiões continua bem vivo no novo livro de Terry Hayes, que promete o regresso à saga Peregrino, o seu anterior grande sucesso.
O mundo dos espiões continua bem vivo no novo livro de Terry Hayes, que promete o regresso à saga Peregrino, o seu anterior grande sucesso.

Como uma Lisboa zombie e apocalíptica mudou o espião de Terry Hayes

O protagonista de 'O Ano do Gafanhoto', o cidadão Kane, tornou-se mais humano mas os desafios vêm de um futuro em que o terrorismo islâmico é ainda mais radical.
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O escritor Terry Hayes revela em Lisboa os bastidores do seu mais recente romance de espionagem, O Ano do Gafanhoto, num dia de sol como os do seu país natal, a Austrália, depois de ter vivido em várias cidades do mundo. Para trás fica o sucesso gigantesco do seu primeiro livro, Peregrino, bem como a escrita de argumentos de filmes como Mad Max (2 e 3), entre muitos outros guiões para cinema e séries de televisão. Veio viver para Lisboa em 2019 quase por acaso, mas não esperava que a sua vida sofresse uma mudança inesperada devido à pandemia. De um dia para o outro ficou separado da família por causa do confinamento e encontrou na segunda história que agora chega às livrarias nacionais a forma de ocupar o tempo de solidão. O Covid-19 acabou por moldar em muito o rumo da narrativa de O Ano do Gafanhoto, dando uma outra profundidade emocional aos personagens, mesmo que a luta entre o vilão terrorista e o agente da CIA seja o tema principal.

As 668 páginas desta aventura de espionagem mantêm o registo habitual deste género literário, mas acrescentam uma inesperada antevisão do como o terrorismo islâmico poderá alterar a face do planeta em poucas décadas se o Ocidente, designadamente se a CIA falhar na sua missão. Se os primeiros dois terços de O Ano do Gafanhoto contêm uma luta ininterrupta entre o bem e o mal, recheada de situações que até são bem contemporâneas, no último terço Terry Hayes cria um twist impensável aos olhos de hoje e catapulta a realidade para um desfecho pouco habitual nos romances de espionagem. Um cenário que peca por poder vir a ser credível, ou seja, ninguém o poderá acusar de introduzir alguma ficção científica na história, antes de confrontar o leitor com o que poderá estar para vir num tempo em que o mundo ainda está longe de ter adquirido a paz devida à evolução das sociedades e que as duas principais guerras em curso, a na Ucrânia e em Gaza, não desmentem.

O Ano do Gafanhoto
Terry Hayes
TopSeller
672 páginas
O autor vai apresentar este livro dia 12 de setembro, pelas 18.30, na FNAC/Chiado.

O tempo de O Ano do Gafanhoto não está distante do que vivemos, mesmo que introduza um futuro próximo como cenário possível e em que o horror já não se estranha tanto face ao que se continua a observar diariamente nos noticiários. Em função do twist que cimenta o desfecho deste livro, deve-se confrontar Terry Hayes com uma pergunta radical, a que irá responder num tom sóbrio e totalmente diferente de todas respostas que foi dando, como se fosse uma questão quase proibida: nenhum escritor ou argumentista foi capaz até hoje de “inventar” uma história tão impensável como a dos acontecimentos do dia 11 de Setembro de 2001 em solo norte-americano. Terry Hayes recorda que Tom Clancy tinha antecipado algo semelhante num dos seus livros de espionagem: “Os atentados foram a maior criação terrorista até hoje feita. Houve dois grandes ataques em solo americano: Pearl Harbor e 11 de Setembro. Este foi mais violento para a consciência norte-americana por causa da natureza do ataque. Veio do nada e ninguém se apercebeu. Um dos grandes problemas das agências de informação é de os analistas e agentes não se porem na pessoa do terrorista, assim não terão imaginação nem mística suficientes. Clancy fez isso, pensou como se fosse terrorista.” 

É na capital portuguesa que se põe a escrever o sucessor de Peregrino, uma cidade que se tinha transformado num cenário de um filme de zombies, com as ruas vazias de pessoas e de carros, como se se estivesse à beira do apocalipse. Não foi por acaso que o seu editor britânico após ler o original lhe disse que o livro refletia em muito a experiência do autor durante o confinamento, por ter dado a alguns protagonistas um perfil que até aí nunca existira nos seus livros: “Eu posso ver no texto o período em que estava em confinamento e quando voltou à vida normal.” Segundo o editor, confirma Terry Hayes, “havia as partes mais depressivas, afinal foi para mim o tempo de vida mais esquisito; só sabia dizer bom dia, supermercado e pouco mais em português, e estava completamente isolado. Portanto, é impossível negar esse efeito no livro. Existem escritores que são capazes de separar a sua escrita do mundo em que estão, mas eu não sou desses.”

Terry Hayes não está muito diferente fisicamente da fotografia que decora a badana dos seus dois livros de espionagem, em que o mundo está à beira da destruição, mas descobre-se que vive intensamente o seu passado e que a pandemia alterou em muito o que espera do futuro. As regras do jogo mudaram bastante desde 2019, altura em que a única autorização para sair do seu apartamento em Lisboa era para caminhar até ao supermercado e fazer compras. Nesse tempo de vírus talvez não calçasse os ténis negros com a inscrição For Love que agora usa, nem lhe fosse possível prever que o seu próximo livro daria um passo à frente no registo habitual deste género, ao incluir um lapso temporal (aviso: este texto tem alguns spoilers) que altera em definitivo a estrutura tradicional dos romances de espionagem. Foi em Lisboa que tudo aconteceu, confessa, incógnito entre a multidão de novos residentes estrangeiros.

A escolha de Lisboa como lugar para escrever O Ano do Gafanhoto aconteceu por acaso: “Eu e a minha mulher somos como ciganos pois já vivemos em muitos países”. Foi por causa do cricket, desporto que é quase uma religião na Austrália, que descobriu Portugal: “Os meus filhos queriam ir para uma universidade inglesa que privilegiava o cricket nos seus currículos mas a mim não me interessava viver lá. Ainda pensei em regressar aos Estados Unidos, mas tinha a memória da situação política que se vivia neste país e do desastre causado por Trump! Aí decidimos procurar um outro país e deparámo-nos com a possibilidade de vir viver para Lisboa. De que se dizia ser uma cidade bonita, com boa comida, e, mesmo não sabendo português, achei que não iria ser complicado. Então, fui para a Internet e descobri que muitos expatriados vinham para cá e que não era difícil legalizar a situação. Viajámos até à capital portuguesa e gostámos: praias perto, uma cidade bela, um país com uma história fascinante e pessoas amáveis. Em dois dias ficou decidido o nosso destino e que poderia escrever aqui o meu novo livro. Só não esperava que logo a seguir o país entrasse em confinamento e que a Austrália fizesse o mesmo, ou seja, fiquei sozinho em Lisboa, sem mulher e filhos me poderem visitar durante dois anos e meio.”

Daí que do confinamento saia um romance em muito diferente do anterior. Terry Hayes dá exemplos de como a realidade influencia a escrita: “Podemos ver isso nas letras de Bob Dylan, quando se nota o seu estado emocional conforme os tempos e o que acontece na sua vida. Ele é um poeta e absorve as sensações dos tempos que vive. Ou no Bruce Springsteen, que nunca deixou de estar influenciado pelo espírito de Nova Jérsia. Eu comecei O Ano do Gafanhoto na Austrália, e o livro reflete esse otimismo; depois, em Lisboa, como tudo mudou no mundo devido à pandemia, comecei a escrever com muito otimismo mas o confinamento alterou tudo. Só quando as vacinas apareceram e vimos uma luz ao fim do túnel é que a vida voltou ao normal. Daí que quando regresso ao passado e leio o livro, seja obrigado a dizer: «Sim, é verdade, está aqui refletido toda a tragédia porque passámos.»”

É o caso de um dos capítulos, que se passa no futuro, e no qual existe um domínio do mal sobre um novo mundo pós-vírus que tem origem na Rússia e em minerais vindos do espaço, uma ação que tem a ver com uma nova forma de terrorismo islâmico, centrado numa Nova Iorque pós-apocalipse: “Esta parte faz com que eu não veja este livro apenas como um romance de espionagem, mas de uma aventura épica que nos poderá acontecer.” É aqui que revela porque mudou a sua escrita: “Acho que os romances de espionagem estão a ficar um género old fashioned. Sempre tive a intenção de colocar num livro um salto temporal por querer arriscar e transportar os leitores para um outro estágio neste registo. Queria que os leitores fossem comigo e acreditassem que o futuro pode ser diferente. Os mais jovens já têm outra perspetiva da narrativa histórica, contudo os mais velhos precisam de ser mais ousados. Pode-se dizer que se compararmos o Peregrino e O Ano do Gafanhoto já não é tudo a preto e branco. Até poderia descrever o Gafanhoto como sendo em tecnicolor!”

Por isso o mais recente livro de Terry Hayes está distante do registo habitual do romance de espionagem. Se foi apenas devido ao confinamento ou, como desvenda, já era uma aposta anterior é a grande questão. Que responde assim: “Neste momento estou a escrever uma sequela do Peregrino, que deverá ser uma futura trilogia, e encontrei o grande plot que ambicionava. Se não tentarmos ultrapassar os pastiches deste género que se continuam a escrever, se não se introduzirem novos elementos, se não fizermos questão de fazer com que o leitor siga connosco de uma forma confiante na história, então a pergunta que resta é o que estou a fazer?”

Peregrino
Terry Hayes
TopSeller
659 páginas

Terry Hayes submete de seguida uma interrogação no que respeita à sua atividade como escritor: “Dean Koontz já escreveu mais de uma centena de livros e esse número impressiona, oferece-lhe sucesso e um enorme retorno financeiro, mas por outro lado temos J.R.R. Tolkien, que só escreveu dois livros: O Senhor dos Anéis e Hobbit. Quem é que eu preferia ser: Koontz ou Tolkien? Cada autor pode fazer a sua escolha em função de como se vê a si próprio, do seu talento e imaginação. No meu caso, a minha ambição é fazer qualquer coisa que seja diferente e de que me orgulhe em vez de apenas exercer uma profissão, portanto, quando terminei o Peregrino estava perante a escolha de um desafio que me levasse a um extremo. Não teria feito a sequela sem ter uma boa história que possibilitasse o crescimento do protagonista. Agora, já posso dizer que na continuação há uma mudança importante: ele apaixona-se e fica entusiasmado por conseguir amar. Ou seja, agora posso acordar todas as manhãs e prosseguir a sua escrita.” 

São muitos os leitores que aguardavam pela continuação da saga Peregrino, que teve edição portuguesa em 2015. A confirmação de que Terry Hayes está a escrever um segundo volume do que poderá vir a ser uma trilogia levanta uma pergunta: porque escreveu O Ano do Gafanhoto entretanto? Terry Hayes explica: “Se a razão fosse o dinheiro, teria sido essa a decisão. Mas eu estava cansado daquele protagonista sempre em ação e queria construir um que tivesse família. Portanto, o Gafanhoto foi uma reação ao Peregrino.” Até onde irá a série Peregrino? Terry Hayes faz depender de conseguir ter novas e boas ideias e também de se sentir entusiasmado: “Se isso não acontecer, então será um projeto que não irá para a frente. Mas acredito que chegue ao terceiro volume e que aí lhe permitirei encontrar paz”.

Não falta competição no género do romance de espionagem, com heróis firmados e com muitas continuações, como é o caso de 007 e de Jason Bourne, por exemplo, ou de séries de televisão que exploram o mesmo assunto, como Segurança Nacional (Homeland). Chegará o Peregrino a este nível de competição? “Sim” é a resposta de Terry Hayes: “Podem apostar que não teria começado esta série se não acreditasse que era capaz de dar início a essa competição. Sei que os leitores ficarão muito satisfeitos com uma continuação, no entanto há que ter em conta o meu próprio prazer em o fazer. Sempre dei início às minhas jornadas com a pergunta: até onde quero chegar? Porque para mim escrever não é um emprego, nunca foi e nunca será, mas um privilégio.” Dá exemplos de outros escritores para justificar a sua atitude: “Truman Capote sempre disse que se Deus escolhe alguém para lhe dar talento, também lhe dá um chicote para a autoflagelação, ou seja, cada um deve chicotear-se a si próprio para fazer o melhor possível, se não o melhor pelo menos que o tente fazer da forma mais perfeita que seja possível. Por isso, o que me acontece não é entrar em competição com todos esses escritores mas comigo.”  

Kane, o protagonista de O Ano do Gafanhoto não é o espião tradicional, antes uma espécie de super-homem que tem de enfrentar múltiplos desafios para cumprir os objetivos do argumento de Terry Hayes. Muitos mais do que no romance anterior e o escritor não nega essa realidade: “Claro que seria difícil sobreviver a tudo o que lhe acontece, no entanto é preciso não esquecer que é ficção e, se no Peregrino o protagonista era mais intelectual e tinha por missão impedir um terrorista de fazer o que pretendia de forma muito inteligente, neste caso do Gafanhoto a minha intenção era infligir sofrimentos vários no protagonista a cada três páginas e tornar a narrativa num desafio e coloca-lo em situações quase impossíveis de superar. A razão é simples, se não obrigar o leitor a virar as páginas para saber o que vai acontecer a seguir, então falhei. Muitas vezes acho que exagerei, mas fazia parte do perfil que queria para o agente Kane. Creio que esta mudança faz parte do prazer na leitura que se deve oferecer aos leitores, que já têm muitos livros deste género num tom amolecido.”

Quanto a ter penetrado num cenário futurista e inesperado neste género, o de uma viagem de submarino até ao futuro, Terry Hayes não fica incomodado com a questão: “Até poderia considerá-la como um elogio, mas era a narrativa correta e deu-me várias vantagens. Primeiro, todos os governos do mundo estão à procura de novas tecnologias na guerra que superem as das outras potências e por isso decidi conceder ao protagonista uma inovação: armamento invisível. É o caso de um submarino que ninguém vê porque ele esteve na Marinha e nesta arma, porque era um militar racional e que acreditava num código; aí decidi confrontá-lo com todas as suas crenças e dar-lhe um vislumbre do futuro. Este desafio que lhe é feito coloca em causa tudo aquilo em que acredita e conhece, e vai acrescentar um lado místico que inexistia na sua vida. A viagem ao futuro irá fazê-lo duvidar das regras que regulamenta toda a espionagem das várias agências, além de que ninguém acredita no seu relato. O regresso ao presente com um conhecimento que nenhuma agência possui, no entanto dá-lhe uma responsabilidade que mais ninguém terá. Mesmo que exista uma questão do foro pessoal também, a que traz ao protagonista uma componente emocional que até agora não tinha dado aos meus protagonistas.” Em poucas palavras, Terry Hayes resume a sua intenção: “O que aconteceu foi que em vez de apresentar um final mais normal e tradicional para um livro, ofereço aos leitores um fim excecional.”

Em relação às tecnologias que introduz no livro, são várias e muito pouco convencionais. Justifica: “Tenho de projetar no futuro o que existe atualmente e de forma que os leitores acreditem. Dou um exemplo: os pilotos que até há pouco operavam os drones eram muito importantes nos cenários de guerra e agora estão a ser despedidos. Eu conheci um piloto destes que me disse estar no desemprego porque estas funções foram substituídas pela Inteligência Artificial. A razão é simples, agora não é preciso abater um drone mas dezenas deles ao mesmo tempo, algo que o ser humano é incapaz de fazer: «Já não somos necessários nem capazes de fazer o trabalho», disse-me. Justifica mais um pouco: “O que tenho de fazer é projetar no futuro a evolução dos armamentos sem deixar de serem reconhecíveis ao leitor atual.” É o caso de um míssil invisível que penetra no espaço aéreo iraniano e que altera a narrativa de O Ano do Gafanhoto: “Os leitores têm de ir além do presente, do que estão a observar nos campos de guerra da Ucrânia, por exemplo. É isso que tento fazer.”

A leitura de O Ano do Gafanhoto é muito cinematográfica, situação a que não será alheia a experiência como argumentista de cinema de Terry Hayes. Diz: “O truque é uma descrição económica do que está a acontecer na história. Ou seja, quem não se lembra de alguns momentos num filme que ficaram impressos na nossa memória para sempre? É isso que tento recriar no livro, em momentos especiais como no caso de um míssil que entra pelo Irão adentro e ninguém o vê. Mas o leitor não se esquece de um pormenor que lá pus: uma criança que está a brincar num balouço e não vê a morte a chegar. Aliás, ninguém vê um míssil quando é atingido por ele, basta pensar no que está a acontecer em Gaza. Ninguém tem tempo de se aperceber de que vai ser morto. Dou um exemplo: tento pensar como será no futuro uma bomba que já hoje existe, a Bomba Ninja, e dou-lhe outro poder ainda mais devastador, o de uma fragmentação que ainda não existe, e batizo-a de Bomba Sushi. O que marca o leitor, no caso dos filmes, não é o que acontece na sua cabeça mas o que se passa no ecrã e não é capaz de esquecer. Como Luke Skywalker estar num pequeno jato e ser capaz de desfazer a gigantesca Estrela da Morte com o seu disparo. Nos livros, tem de ser igual, pois o que fica na memória do leitor não é só o que se passa nas páginas mas um detalhe que o impressionou durante a narrativa.”

O escritor Terry Hayes no seu apartamento em Lisboa.

Há uma outra explicação para essa visão cinematográfica que tem na escrita dos seus livros: “Há um momento em que o meu agente vê duas crianças crucificadas. Têm a agonia espelhada no rosto, estão cobertas de pó, e o protagonista fica face a um dilema moral: salva-as ou salva-se a ele? É um momento particularmente horrível, que só pude escrever porque uma vez tive uma conversa com o ator Mel Gibson quando se estava a preparar para fazer aquele seu filme sobre a crucificação de Cristo. Ele contou-me a sensação de quem está nesta situação de uma forma muito gráfica, bem como o que acontece ao corpo dessa pessoa: «Não é uma execução, mas uma morte por tortura». Se ele não me tivesse contado de uma forma muito pormenorizada como se preparava para esse filme, eu nunca teria conseguido escrever esta cena.”  

Terry Hayes refere também uma outra condição para o sucesso de um livro: o vilão. Descreve o poder de quem contracena com o herói: “Nenhum filme, nenhum livro, será alguma vez melhor do que outro que tenha um bom vilão. Porque o vilão força o herói a ser superior. No caso de O Ano do Gafanhoto, tenho o Al-Tundra, que é cruel e inteligente, com um passado de sofrimento que o impele para o mal. O realizador Steven Spielberg dizia que nos seus filmes não havia pessoas más, apenas pessoas com maus propósitos. Foi isso que eu compreendi, porque nenhum livro consegue ser bom se o autor começa por caracterizar um personagem como mau e se esquecer de explicar como se tornou assim. Aí é que o personagem se torna interessante, daí que construa o meu vilão dessa forma, explicando a razão da sua crueldade através do seu passado em criança. É preciso que o leitor saiba o porquê de o personagem se ter transformado no que é. Um vilão necessita de muita atenção no processo de criação porque irá valorizar em muito o herói.”

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