A família de José-Augusto França mudou-se de Tomar para Lisboa quando este tinha cinco meses. Começa a sua extensa colaboração na imprensa aos 18 anos, ao escrever crítica de cinema para O Diabo. Em 1945, na sequência da morte do pai, que tinha negócios em Angola, passa um ano em África, mas não se adaptou e regressou a Lisboa, onde publicou um dos primeiros romances críticos do colonialismo, Natureza Morta. É nesta fase que se integra no movimento artístico e intelectual, aquando da criação do Grupo Surrealista de Lisboa, onde se dá com Mário Cesariny, Alexandre O"Neill ou Vespeira, tendo inclusive feito uma incursão na pintura e exposto no primeiro Salão Surrealista, em 1949.