Como será a cerimónia dos Óscares, no dia 25 de abril, no Dolby Theatre vazio? Não é uma pergunta de ficção científica, mas uma possibilidade muito real. Será mesmo uma questão central num evento fulcral de todas as temporadas cinematográficas, desta vez com um cineasta, Steven Soderbergh, envolvido na respetiva produção..Para já, vamos conhecer as nomeações - segunda-feira, às 13h30, hora portuguesa, com apresentação do casal Priyanka Chopra/Nick Jonas -, este ano necessariamente marcadas pelo fator pandemia. Que é como quem diz: perante a diminuição drástica das estreias nas salas escuras, haverá títulos produzidos e difundidos pelas plataformas de "streaming" que, mais do que nunca, terão especial protagonismo..Daí este inventário de alguns filmes que têm vindo a destacar-se na temporada de prémios, na certeza de que, de uma maneira ou de outra, o seu impacto irá refletir-se nas nomeações. Esta 93ª edição dos Óscares envolve, afinal, uma reconfiguração do mapa industrial e simbólico do cinema, começando por um claro reforço das presenças femininas, sendo Chloé Zhao, a realizadora chinesa de Nomadland, a sua figura de maior evidência. Sem esquecer, claro, a presença de entidades "virtuais" como a Netflix, jogando trunfos fortes como Os 7 de Chicago ou Mank..A tradição garante que as escolhas das "guilds" profissionais, sobretudo de atores e realizadores, conterão também indicadores importantes para interpretar a lógica dos Óscares. Seja como for, na segunda-feira, os mais de oito mil membros votantes da Academia de Hollywood terão as listas de nomeações para fazerem as suas escolhas finais. Com encontro marcado no Dolby Theatre... ou talvez não..* Globos de Ouro (filme/drama e realização); American Film Institute (no top 10 do ano); Festival de Veneza (Leão de Ouro).Afinal de contas, por muito que esteja a ser uma corrida aos prémios atípica, parece haver um favorito destacado, neste caso Nomadland, a obra de Chloé Zhao que, entretanto, já está a ser boicotada na China pelos censores. O filme narra um ano na vida de Fern (Frances McDormand), uma viúva de 57 anos que, depois de perder tudo na crise económica, se lança numa vida nómada na sua caravana, arranjado trabalhos temporários em diversos estados americanos. Um "road-movie" triste e circular capaz de cruzar atores reais (além de McDormand há ainda esse grande David Strathairn) e verdadeiros nómadas, dando-se voz aos heróis invisíveis de uma América dos desfavorecidos. Zhao filma tudo com um recato ético notável. Poderá ser também o filme mais nomeado. RPT.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=dolL_ExbLks.* Globo de Ouro (argumento); American Film Institute (no top 10 do ano).Se há um candidato que ameaça o favoritismo de Nomadland é o drama de tribunal de Aaron Sorkin, Os 7 de Chicago. Depois do Roma de Alfonso Cuarón, em 2019, este parece ser o novo trunfo da Netflix. Um filme de veia política - ou não fosse escrito e realizado pelo criador de Os Homens do Presidente - que retrata o julgamento dos sete réus acusados pelo Governo dos Estados Unidos de conspiração e incitação à violência nos protestos contra a Guerra do Vietname aquando da Convenção Nacional Democrata de 1968. Cinema liberal com um argumento já premiado, e Sacha Baron Cohen num registo dramático que lhe deverá valer a nomeação para melhor ator secundário. Podia ser dele a frase que se ouve a certa altura: "Isto são os Óscares das manifestações e é uma honra estar nomeado." INL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=NZboUmqrpts.* Globo de Ouro (filme de língua estrangeira); Festival de Sundance (Grande Prémio do Júri); American Film Institute (no top 10 do ano).Eis o filme coreano que, depois de Parasitas, está a ganhar dimensão nas apostas para os Óscares. Apesar de ter arrecadado um Globo de Ouro na categoria de filme estrangeiro, a probabilidade é que esta história de uma família coreana à procura de uma vida melhor num pedaço de terra fértil do Arkansas seja um dos nomeados na classe de melhor filme, desde logo porque se trata de uma produção da Plan B de Brad Pitt (que, nessa qualidade, já experimentou o sabor da vitória com 12 Anos Escravo, de Steve McQueen). Muito diferente de Parasitas, Minari é um filme do reino da delicadeza, mas igualmente um dos mais aclamados pela crítica. O realizador, Lee Isaac Chung, e o ator principal, Steven Yeun, são também candidatos seguros às nomeações. INL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=0KcEVLcGvH0.* Globo de Ouro (actor/drama); American Film Institute (no top 10 do ano).O Globo de Ouro para Chadwick Boseman (falecido em 2020, contava 43 anos) corresponde a uma consagração póstuma que se poderá repetir nos Óscares e em diversos prémios da temporada. Celebrizado pelo seu protagonismo em Black Panther (2018), Boseman lidera um elenco em que Viola Davis, intérprete de Ma Rainey, lendária cantora de blues, parece ter também nomeação garantida na categoria de melhor actriz. Na base do filme está a peça de August Wilson, autor de Vedações que, em 2016, foi adaptada ao cinema por Denzel Washigton, na dupla qualidade de actor e realizador; foi com esse filme que Viola Davis, como actriz secundária, ganhou um Óscar. Washington surge agora na ficha de Ma Rainey como um dos produtores. JL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=JzXB1xhAV30.* American Film Institute (no top 10 do ano).As seis nomeações nos Globos de Ouro saldaram-se por zero vitórias, deixando a sensação amarga de que este pode ser um daqueles objectos de prestígio que, estranhamente, não consegue impor-se na temporada dos prémios. O que, entenda-se, não impede que haja nele a magia cinéfila de um retrato íntimo de Mank, isto é, Herman J. Mankiewicz, argumentista do lendário O Mundo a Seus Pés (1941), de Orson Welles. Mais do que isso, estamos perante um dos trunfos mais fortes da Netflix na sua renovada procura dos Óscares principais. Seja como for, não será arriscado supor que Gary Oldman (no papel de Mank) e Amanda Seyfried não faltarão nas categorias de interpretação, bem como Erik Messerschmidt, enquanto responsável pela fotografia. JL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=xXSGyORMhFc.* Prémios Goya (filme estrangeiro).Deverá ser uma das primeiras estreias nas salas a partir de 19 de abril, o dia da liberdade do cinema no período de desconfinamento. Uma adaptação da peça de Florian Zeller sobre um idoso a contas com sintomas ferozes do Alzheimer e a sua relação com a filha, estranhos que podem ser cunhados e uma enfermeira, mas sobretudo todos os fantasmas que cabem na nossa cabeça. Com diferenças substanciais da peça, esta adaptação ao cinema é um "tour-de-force" para nos colocar no inferno que é estar na cabeça de um doente de Alzheimer. Zeller. que se estreia aqui no cinema, não faz teatro com câmara, consegue um jogo de cinema tão desconcertante como inquietante. Tem fortes hipóteses para ser nomeado para melhor filme e Anthony Hopkins e Olivia Colman estão garantidos. RPT Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=tpizC5pdcH8.* National Board of Review (filme, realizador, elenco); American Film Institute (no top 10 do ano).Tem sido a grande omissão desta temporada de prémios, mas é uma "surpresa" esperada nas nomeações para melhor filme. Estreia Netflix anterior a Os 7 de Chicago, este título de Spike Lee também vive dos fantasmas da guerra do Vietname, no caso, retratando a aventura de quatro veteranos dessa guerra, com a particularidade de serem todos afro-americanos. Delroy Lindo e o seu brilhante monólogo de homem atormentado deverá ter aqui a devida atenção, e Chadwick Boseman, com uma das suas últimas interpretações de maior força simbólica, pode baralhar a escolha em relação à performance em Ma Rainey: A Rainha dos Blues. Num ano marcado pelo discurso da inclusão, paira ainda a sombra de One Night in Miami..., de Regina King, com elenco afro-americano e mulher realizadora. INL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=G09ToYJwXss.* Globos de Ouro (filme de animação, música); American Film Institute (no top 10 do ano); National Board of Review (filme de animação).Eis uma tradição que se confirma: integrados no império Disney, os estúdios Pixar voltam a surgir na linha da frente das produções de desenhos animados, disputando sempre o prémio para melhor longa-metragem de animação. Desta vez com um suplemento temático que está longe de ser secundário: a saga do professor de música que ambiciona integrar um grupo de jazz envolve uma radiosa celebração da cultura musical afro-americana. Outro trunfo maior do filme está, precisamente, na sua banda sonora, da autoria da dupla Trentz Reznor/Atticus Ross, dos Nine Inch Nails, associados a Jon Batiste, pianista que conhecemos sobretudo através de The Late Show, de Stephen Colbert. Reznor/Ross assinam também a música de Mank. JL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=VF1bWnO9Vso.* Prémios do Cinema Europeu (filme, argumento, realizador, actor); Césares (filme estrangeiro).Talvez seja utópico pensar na continuação da surpresa nos BAFTA, onde este tocante filme dinamarquês surpreendeu com multi-nomeações, e torcer pela inclusão de Mads Mikkelsen nos melhores atores, ele que é absolutamente perfeito como professor em crise de meia-idade e com um grave problema de álcool. Mas Druk, no original, é justamente apontado como o filme a derrotar na categoria de Óscar internacional. Desde o Festival de San Sebastian que este filme de Thomas Vinterberg tem coleccionado uma coleção de amor pelos "festivaleiros", tendo anteriormente recebido o selo de seleção Cannes 2020. Uma notável celebração à vida e um elogio sem lugares comuns ao lugar do professor. Uma espécie de O Clube dos Poetas Mortos para os dias de hoje. RPT.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=3eaiw71A9Fw.dnot@dn.pt
Como será a cerimónia dos Óscares, no dia 25 de abril, no Dolby Theatre vazio? Não é uma pergunta de ficção científica, mas uma possibilidade muito real. Será mesmo uma questão central num evento fulcral de todas as temporadas cinematográficas, desta vez com um cineasta, Steven Soderbergh, envolvido na respetiva produção..Para já, vamos conhecer as nomeações - segunda-feira, às 13h30, hora portuguesa, com apresentação do casal Priyanka Chopra/Nick Jonas -, este ano necessariamente marcadas pelo fator pandemia. Que é como quem diz: perante a diminuição drástica das estreias nas salas escuras, haverá títulos produzidos e difundidos pelas plataformas de "streaming" que, mais do que nunca, terão especial protagonismo..Daí este inventário de alguns filmes que têm vindo a destacar-se na temporada de prémios, na certeza de que, de uma maneira ou de outra, o seu impacto irá refletir-se nas nomeações. Esta 93ª edição dos Óscares envolve, afinal, uma reconfiguração do mapa industrial e simbólico do cinema, começando por um claro reforço das presenças femininas, sendo Chloé Zhao, a realizadora chinesa de Nomadland, a sua figura de maior evidência. Sem esquecer, claro, a presença de entidades "virtuais" como a Netflix, jogando trunfos fortes como Os 7 de Chicago ou Mank..A tradição garante que as escolhas das "guilds" profissionais, sobretudo de atores e realizadores, conterão também indicadores importantes para interpretar a lógica dos Óscares. Seja como for, na segunda-feira, os mais de oito mil membros votantes da Academia de Hollywood terão as listas de nomeações para fazerem as suas escolhas finais. Com encontro marcado no Dolby Theatre... ou talvez não..* Globos de Ouro (filme/drama e realização); American Film Institute (no top 10 do ano); Festival de Veneza (Leão de Ouro).Afinal de contas, por muito que esteja a ser uma corrida aos prémios atípica, parece haver um favorito destacado, neste caso Nomadland, a obra de Chloé Zhao que, entretanto, já está a ser boicotada na China pelos censores. O filme narra um ano na vida de Fern (Frances McDormand), uma viúva de 57 anos que, depois de perder tudo na crise económica, se lança numa vida nómada na sua caravana, arranjado trabalhos temporários em diversos estados americanos. Um "road-movie" triste e circular capaz de cruzar atores reais (além de McDormand há ainda esse grande David Strathairn) e verdadeiros nómadas, dando-se voz aos heróis invisíveis de uma América dos desfavorecidos. Zhao filma tudo com um recato ético notável. Poderá ser também o filme mais nomeado. RPT.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=dolL_ExbLks.* Globo de Ouro (argumento); American Film Institute (no top 10 do ano).Se há um candidato que ameaça o favoritismo de Nomadland é o drama de tribunal de Aaron Sorkin, Os 7 de Chicago. Depois do Roma de Alfonso Cuarón, em 2019, este parece ser o novo trunfo da Netflix. Um filme de veia política - ou não fosse escrito e realizado pelo criador de Os Homens do Presidente - que retrata o julgamento dos sete réus acusados pelo Governo dos Estados Unidos de conspiração e incitação à violência nos protestos contra a Guerra do Vietname aquando da Convenção Nacional Democrata de 1968. Cinema liberal com um argumento já premiado, e Sacha Baron Cohen num registo dramático que lhe deverá valer a nomeação para melhor ator secundário. Podia ser dele a frase que se ouve a certa altura: "Isto são os Óscares das manifestações e é uma honra estar nomeado." INL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=NZboUmqrpts.* Globo de Ouro (filme de língua estrangeira); Festival de Sundance (Grande Prémio do Júri); American Film Institute (no top 10 do ano).Eis o filme coreano que, depois de Parasitas, está a ganhar dimensão nas apostas para os Óscares. Apesar de ter arrecadado um Globo de Ouro na categoria de filme estrangeiro, a probabilidade é que esta história de uma família coreana à procura de uma vida melhor num pedaço de terra fértil do Arkansas seja um dos nomeados na classe de melhor filme, desde logo porque se trata de uma produção da Plan B de Brad Pitt (que, nessa qualidade, já experimentou o sabor da vitória com 12 Anos Escravo, de Steve McQueen). Muito diferente de Parasitas, Minari é um filme do reino da delicadeza, mas igualmente um dos mais aclamados pela crítica. O realizador, Lee Isaac Chung, e o ator principal, Steven Yeun, são também candidatos seguros às nomeações. INL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=0KcEVLcGvH0.* Globo de Ouro (actor/drama); American Film Institute (no top 10 do ano).O Globo de Ouro para Chadwick Boseman (falecido em 2020, contava 43 anos) corresponde a uma consagração póstuma que se poderá repetir nos Óscares e em diversos prémios da temporada. Celebrizado pelo seu protagonismo em Black Panther (2018), Boseman lidera um elenco em que Viola Davis, intérprete de Ma Rainey, lendária cantora de blues, parece ter também nomeação garantida na categoria de melhor actriz. Na base do filme está a peça de August Wilson, autor de Vedações que, em 2016, foi adaptada ao cinema por Denzel Washigton, na dupla qualidade de actor e realizador; foi com esse filme que Viola Davis, como actriz secundária, ganhou um Óscar. Washington surge agora na ficha de Ma Rainey como um dos produtores. JL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=JzXB1xhAV30.* American Film Institute (no top 10 do ano).As seis nomeações nos Globos de Ouro saldaram-se por zero vitórias, deixando a sensação amarga de que este pode ser um daqueles objectos de prestígio que, estranhamente, não consegue impor-se na temporada dos prémios. O que, entenda-se, não impede que haja nele a magia cinéfila de um retrato íntimo de Mank, isto é, Herman J. Mankiewicz, argumentista do lendário O Mundo a Seus Pés (1941), de Orson Welles. Mais do que isso, estamos perante um dos trunfos mais fortes da Netflix na sua renovada procura dos Óscares principais. Seja como for, não será arriscado supor que Gary Oldman (no papel de Mank) e Amanda Seyfried não faltarão nas categorias de interpretação, bem como Erik Messerschmidt, enquanto responsável pela fotografia. JL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=xXSGyORMhFc.* Prémios Goya (filme estrangeiro).Deverá ser uma das primeiras estreias nas salas a partir de 19 de abril, o dia da liberdade do cinema no período de desconfinamento. Uma adaptação da peça de Florian Zeller sobre um idoso a contas com sintomas ferozes do Alzheimer e a sua relação com a filha, estranhos que podem ser cunhados e uma enfermeira, mas sobretudo todos os fantasmas que cabem na nossa cabeça. Com diferenças substanciais da peça, esta adaptação ao cinema é um "tour-de-force" para nos colocar no inferno que é estar na cabeça de um doente de Alzheimer. Zeller. que se estreia aqui no cinema, não faz teatro com câmara, consegue um jogo de cinema tão desconcertante como inquietante. Tem fortes hipóteses para ser nomeado para melhor filme e Anthony Hopkins e Olivia Colman estão garantidos. RPT Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=tpizC5pdcH8.* National Board of Review (filme, realizador, elenco); American Film Institute (no top 10 do ano).Tem sido a grande omissão desta temporada de prémios, mas é uma "surpresa" esperada nas nomeações para melhor filme. Estreia Netflix anterior a Os 7 de Chicago, este título de Spike Lee também vive dos fantasmas da guerra do Vietname, no caso, retratando a aventura de quatro veteranos dessa guerra, com a particularidade de serem todos afro-americanos. Delroy Lindo e o seu brilhante monólogo de homem atormentado deverá ter aqui a devida atenção, e Chadwick Boseman, com uma das suas últimas interpretações de maior força simbólica, pode baralhar a escolha em relação à performance em Ma Rainey: A Rainha dos Blues. Num ano marcado pelo discurso da inclusão, paira ainda a sombra de One Night in Miami..., de Regina King, com elenco afro-americano e mulher realizadora. INL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=G09ToYJwXss.* Globos de Ouro (filme de animação, música); American Film Institute (no top 10 do ano); National Board of Review (filme de animação).Eis uma tradição que se confirma: integrados no império Disney, os estúdios Pixar voltam a surgir na linha da frente das produções de desenhos animados, disputando sempre o prémio para melhor longa-metragem de animação. Desta vez com um suplemento temático que está longe de ser secundário: a saga do professor de música que ambiciona integrar um grupo de jazz envolve uma radiosa celebração da cultura musical afro-americana. Outro trunfo maior do filme está, precisamente, na sua banda sonora, da autoria da dupla Trentz Reznor/Atticus Ross, dos Nine Inch Nails, associados a Jon Batiste, pianista que conhecemos sobretudo através de The Late Show, de Stephen Colbert. Reznor/Ross assinam também a música de Mank. JL.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=VF1bWnO9Vso.* Prémios do Cinema Europeu (filme, argumento, realizador, actor); Césares (filme estrangeiro).Talvez seja utópico pensar na continuação da surpresa nos BAFTA, onde este tocante filme dinamarquês surpreendeu com multi-nomeações, e torcer pela inclusão de Mads Mikkelsen nos melhores atores, ele que é absolutamente perfeito como professor em crise de meia-idade e com um grave problema de álcool. Mas Druk, no original, é justamente apontado como o filme a derrotar na categoria de Óscar internacional. Desde o Festival de San Sebastian que este filme de Thomas Vinterberg tem coleccionado uma coleção de amor pelos "festivaleiros", tendo anteriormente recebido o selo de seleção Cannes 2020. Uma notável celebração à vida e um elogio sem lugares comuns ao lugar do professor. Uma espécie de O Clube dos Poetas Mortos para os dias de hoje. RPT.Veja o trailer:.YouTubeyoutubehttps://www.youtube.com/watch?v=3eaiw71A9Fw.dnot@dn.pt