Quem visitar o Palácio Nacional de Sintra vai conhecer 14 vidas que passaram por aquele espaço ao longo dos séculos num projeto audiovisual que a Parques de Sintra descreve como inovador e cujo objetivo é oferecer "uma narrativa histórica plural, inclusiva, acessível e dialogante com a realidade atual". Explica a empresa que gere o Palácio Nacional de Sintra que muitas pessoas viveram e trabalharam no Palácio, "mas muitas delas, devido ao seu género, grupo social ou etnia foram apagadas pela passagem do tempo".O projeto audiovisual, "apoiado por um rigoroso trabalho de investigação histórica", sublinha a empresa, traz de volta estas vidas esquecidas através dos atores e atrizes Lígia Roque, Inês Curado, Paula Lobo Antunes, Valerie Braddell, Carla Chambel, Isabel Medina, Cleo Malulo, Jorge Silva, Martinho Silva, José Leite, Paulo Filipe Monteiro, Cátia Ribeiro, Sérgio Silva e Ricardo Monteiro.Através de 14 filmes ao longo do percurso expositivo, os visitantes ficam a conhecer a vida das rainhas D. Leonor Teles, D. Isabel de Aragão, D. Filipa de Lencastre, D. Catarina de Áustria, D. Luísa de Gusmão e D. Maria I, que foram "excluídas da história deste monumento durante o século passado", e que agora têm uma sala dedicada a elas. Na Sala das Rainhas elas estão representadas em quadros à escala humana que interagem com o visitante - "a respetiva monarca ganha vida e começa a falar". . Mas os visitantes também entram em contacto com figuras que não costumam aparecer nos livros de história. "O Almoxarife vangloria-se das recompensas obtidas pela sua boa gestão do Paço, o Embaixador partilha a sua experiência de assistir a uma audiência do rei, o Serviçal relembra o dia do seu batismo, o Cozinheiro confessa as suas aventuras amorosas e o Mestre de D. Sebastião revela as suas memórias de quando ensinou aquele rei a ler e escrever", explica a Parques de Sintra. Suportes interativos semelhantes a tablets fornecem informação sobre todos os personagens em português e inglês. . "O contacto com as histórias reais de pessoas que viveram no Palácio, com os seus sentimentos e desafios, permite uma melhor compreensão dos contextos sociais e políticos em que viveram, bem como das funções que desempenharam", sublinha a Parques de Sintra, para quem este projeto, que foi apresentado ontem ao final da tarde, vem "revolucionar a museografia do Palácio". .Para esta nova museografia a Parques de Sintra colaborou com a Realizasom, responsável pelas soluções tecnológicas, e com a LoboMau Produções, que produziu os conteúdos.O projeto foi financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência e pelo Next Generation EU, no âmbito da agenda ATT - Acelerar e transformar o turismo. .A espada de D. Dinis e outros desafios do laboratório de conservação e restauro do Estado