O meu rock in rio. Tudo à espera dos Muse
Ao meio dia deste sábado, abriram-se as portas do Rock in Rio, pela primeira vez em quatro anos. Algumas pessoas juntavam-se na entrada para garantir o seu lugar na primeira fila do Palco Mundo. Henrique Abrantes, de 21 anos, foi um deles. Diretamente de Viseu, saiu de casa às 7.00 da manhã e foi de carro até Coimbra, onde apanhou o comboio para Lisboa. Às 12.30 já se encontrava em frente do Palco Mundo.
"Vim cedo para ver o Matthew Bellamy a correr de trás para frente a tocar Plug in Baby. Acho que qualquer pessoa fazia isso por ele", afirmou Henrique Abrantes.
Juntou-se a vontade de voltar a ir a um festival ao gosto pelos Muse. Depois de dois anos sem concertos, Henrique decidiu vir pela primeira vez ao Rock in Rio. O seu plano festivaleiro para o dia é simples: aproveitar a primeira fila. Não pretende fazer mais nada durante o dia.
"Acho importante haver amizade, humildade para a gente criar laços com as pessoas que aqui estão. No fundo estão todas aqui pelo mesmo motivo e queremos aproveitar ao máximo este dia, que só acontece uma vez por ano ou uma vez em dez anos", disse.
A família de Carmil, 50 anos, João, 18, e Lionel Pimentel, 53, veio de Coimbra e entraram igualmente cedo para o recinto. O objetivo era aproveitar o dia de Rock in Rio ao máximo para uma experiência completa, desde dos concertos às bancas de brindes.
"Já viemos algumas vezes ao festival e achamos que é um evento que tem uma qualidade enorme a nível musical e a nível da preocupação com o ambiente. E achamos que é um festival em que as famílias podem vir e sentem-se confortáveis", referiu Carmil ao DN.
Os artistas que mais esperam ver eram os Xutos e Pontapés e os Muse. O casal Carmil e Lionel marcou presença no festival pela quarta vez. Estiveram na primeira edição em 2004, em 2018 viram os Muse e em 2011 assistiram ao concerto de Stevie Wonder.
"Temos arranjado sempre companhias e também colegas para virem nos outros anos. Este ano não deu e viemos só nós os três em família. Sempre que temos oportunidade vimos", explicou Lionel.
Timo Mastokangas, de 47 anos, e a mulher guardam os bilhetes desde 2019. Ainda não sabiam os artistas que faziam parte do carta,z mas queriam vir ao Rock in Rio. E em 2018 viram os Muse.
"Este ano somos um grupo de quatro pessoas e os nossos amigos nunca estiveram aqui antes. Nós divertimo-nos muito em 2018 neste festival. Muse são a minha banda favorita, tive muita sorte de voltarem", disse Timo ao DN.
Chegaram da Finlândia há dois e vão ficar em Lisboa uma semana. "Viemos para nos divertirmos e aproveitar a cidade. Já estivemos aqui em Portugal algumas vezes. É uma das nossas cidades favoritas no mundo. "
Pretende aproveitar as atividades do recinto, começando pela roda gigante e com o dia a acabar no último concerto do dia, os Muse.
Isabella Brookbanks, de 35 anos, voou de Manchester até Lisboa com uma amiga unicamente para o festival. Originalmente tinha bilhetes para ver os Foo Fighters, mas aproveitou para ouvir os Muse e celebrar o legado de Taylor Hawkins.
"Já tínhamos comprado os voos e tratado da estadia, e decidimos vir na mesma. Eu estou muito ansiosa para ver Muse. O Matthew Bellamy é lindo e sou uma grande fã. Achamos que foi um bom substituto para subir ao palco no lugar dos Foo Fighters" , explicou.
Isabella veio unicamente para o Rock in Rio e é sua primeira vez no nosso país. Apesar de apenas ficar dois dias em Portugal, vai aproveitar para conhecer um pouco da cidade.
"Eu não sei nada sobre Lisboa ou sobre Portugal. No domingo vamos passar o dia a dar uma volta na cidade e ver todos os sítios bonitos."